Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

E ao 7º dia Ele descansou ao 8º dia rezamos para que tenham comido chau-chau

2021 entrou, bruto e frio, a pés juntos, faz pensar que 2020 não foi mais que um piqueno teaser de 2021. 

Entrámos em 2021 isolados daqueles que mais gostamos (entramos isolados alguns, porque houve uns pacóvios que acharam que eram super heróis e vai daí andaram todos a mamar na mesma garrafa de Baileys  e a cantar "eh meu amigo Charlie" nas cavalitas uns dos outros e, quiçá, a soprar na mesma vuvuzela, cheia de salivas e pedaços de passas), bem, dizia eu, entrámos nós no ano mais desejado a pedir saúde e que o bicho vá prós confins do inferno e que morra em sofrimento, entre um copo de espumante e um ou outro pinhão, ninguém sabia o que jantavam os chineses. Essa é a verdadeira questão: o que jantaram naquele país do sol nascente? Em 2019 foram morcegos e deu a merda que deu, vai que em 2020 foi uma suricata? Ou foram arrojados e atacaram sem medos um veado-de-penacho? Parece que aqueles caninos de vampiro já estão a fazer mossa.

Carlos do Carmo, o nosso ternurinhas, deixa-nos assim, sem um último fado, fica a voz e o legado musical.

Mais uma ferradela daquele canino e pumbas Cutileiro, João Cutileiro, vai fazer companhia a Carmo, o artista que desafiou o regime com uma belíssima estátua de D. Sebastião e que nos deixa para sempre um fálico no parque Eduardo VII.

E este frio, minhas criaturas lindas?  2021 faz aquele sorriso sacana e espeta logo com temperaturas gélidas, uma pessoa vai à rua apanhar cocós e fica com estalactites nas unhas, a ponta do nariz não cai porque temos a máscara, não fosse esse novo acessório de moda e passava o tempo a apanhar o nariz do passeio, cada vez que me baixasse para apanhar um cocó do Marty. Se isto não é entrar a pés juntos, então não sei.

Ah e tal é o tempo dele, é verdade, estamos em pleno inverno mas podia chegar suavemente, e não assim apunhalar pelas costas.

Uma pessoa tem pés finos e feios, logo o sapato é fino, se calças dois pares de meias já não enfias os pés em lado nenhum a não ser dentro das botas da neve. Depois acontece o impensável que é começares a pensar em pijamas de flanela, isto é, o fim de qualquer relação, só a palavra flanela é arrepiante.

E não  me venham com puritanismo, que com este frio não existem amassos para ninguém, é tudo uma lenda, se é lenda para vocês, é bom que deitem fora os vossos pijamas de flanela, algodão está perfeito.

Quando uma pessoa pensa, ok está frio, é o tempo dele, morreram duas pessoas da cultura portuguesa, estavam doentes, não somos internos, o que acontece? mais de 10 mil casos em dia de Epifania do Senhor.

Ficamos a pensar então mas... não pode ser... como???

Aconteceu, se estou surpreendida? Nem um pouco. Somos um povo de abéculas e ai de vós se não fossem todos a correr passar o Natal à terrinha e andar em família a dar tudo num bacalhau. Gozaram com o  bigodes da Casa Real da DGS, mas o homem tinha razão, a simbologia da compota, era isso mesmo, chegar, entregar o presente ou enviar pelos CTT, (se bem que estes não são de fiar, mas isto é outro tema) e vir embora, mas não, andou tudo em altas jantaradas a empanturrar esse fígado de fritos de canela, andar de casa em casa, tinha de dar merda. Foram passar um natal a com a família e como presente muitos de vós levaram o bichinho de cornichos verdes, outros trouxeram o mesmo bichinho.

Entram os debates políticos, aquela coisa mórbida em que ficamos a olhar para Tv e daquelas bocas sai tudo menos ideias, o Celinho está com tudo e o 4º pastorinho, doravante conhecido como bicha peluda achar que é o rei desta conga toda, a Gomes que aderiu à moda do broche na lapela, ai filha esquece Dra. Graça Freitas só há uma, ou seja, uma desgraça.

Mas pensamos no fundo, bem lá no fundo, vai ser melhor, vai melhorar até que o piqueno rabugento gadelhudo aparece na sala e dizer liga para a CNN e os teus olhos saem das orbitas oculares e pensas fodeu de vez, invasão do capitólio, símbolo da democracia do EUA, por grunhos das cavernas que se julgam cowboys, caçadores de coyotes. Não, filhinhos, isto não vai melhorar, 2021 vai ser duro, a estupidez vai proliferar, é ter esperança que não se reproduzam.

Reza a bíblia que ao 7º dia o Senhor descansou, ao 8º dia do ano da graça 2021,o mundo está em suspenso e reza para que os chineses tenham comido Arroz Chau-Chau.

É pá, comam raízes, sejam veganos, que já ninguém vos aguenta, cada vez que arrotam um animal do demónio



quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Balanço do ano, se é que, se pode chamar ano

Fazer um balanço deste ano é fácil, foi um ano que começou em janeiro acabou a 13 Março2020.

É isto. Mas como sou muito picuinhas nestas coisas, vou descrever assim a modos que por alto o que se passou nos outros meses, a que carinhosamente chamo meses do demónio.

Neste meses do demónio em que ficámos meses confinados em casa muito se fez, como por exemplo comida. Sim, adoro cozinhar, mas em casa e com mais tempo acabei por me dedicar de alma ao meu fogão e aperfeiçoei algumas técnicas.


Lixei as mão de tanto álcool gel usar, que deixei de ter palmas das mãos para passar a ter lixas.

Cantei parabéns via zoom e vídeo chamadas, larguei lágrima de emoção e tristeza sozinha.

Não festejei os 70 anos da minha mãe, não abracei, ela não é dada, mas meses mais tarde encontramo-nos nas compras e entre nabiças e batatas demos um abraço de mascara nas fuças. 

Adiei viagens marcadas, espetáculos, festas e jantares com amigos, adiar não é cancelar, é verdade, mas nestes meses com tantos adiamentos senti que estava adiar a vida e momentos que não vão voltar. Se olharmos para trás estes pequenos momentos nunca mais vão voltar e são estes momentos que também nos fazem seguir em frente.

Adiei as minhas corridas, desde março que não corro, sinto falta desse convívio, do bater dos pés no alcatrão.

Não passei as férias com os meus amigos, não houve festas de família.

Adiei abraços.

Apaixonei-me por um rabinho lindo com a ponta branca e consegui convencer os dois moços e assim ganhei uma alegria nova em casa, o meu cão o meu Marty, este pequeno pónei, doido, teimoso, mas que nos dá muitas alegrias.


Tive susnset maravilhosos todas as sextas com os amigos virtuais, foram momentos únicos de partilha, de piadas, gargalhadas parvas. 

Arranjámos o nosso cantinho no Alentejo e passei lá uns dias de férias bons, longe da confusão. 

Voltei ao escritório, foi uma lufada, em trabalho misto, ora uns dias em teletrabalho, ora uns dias no escritório. O teletrabalho é bom, sim é, mas é tão bomm poder sair de manhã ir para o gabinete, trabalhar. Faz falta estar com outras pessoas. 

Confinamos novamente, as coisas pioram bastante em termos de números de infetados.

O miúdo vem para casa em isolamento profilático, sem dramas pois anda sempre de máscara e não teve qualquer contacto com a colega doente, mas esteve os 14 dias em casa tal como a turma toda, entretanto entrou em férias escolares.

Chega o Natal, época que adoro, uns dias frios e tristes, sem a família, em vez dos habituais 14 ficámos 3 e um patudo, foi diferente mas faltaram as avós, o barulho das conversas cruzadas, os risos dos miúdos.

O que mais senti falta este ano foram os abraços, sem duvida que somos feitos de afetos, eu então sou muito expressiva e os abraços são a forma de transmitir tudo o que sentimos sem precisar de falar. Por isso o que mais senti falta foi dos Abraços que ficaram por dar.

Amanhã é o ultimo dia do ano, dia que por excelência é de festa, de alegria, dia em que estou com os meus amigos, amanhã vai ser o último dia deste ano do demónio, não vai ser aquelaaaa festa, não sinto vontade de festejar, mas vou sorrir ao novo ano,  ele chega envolvido em esperança com a nova vacina e essa luz ao fundo do túnel, ainda que ténue, já se avista e com ela vêm os tão desejados e amados abraços, as tão desejadas viagens, os tão desejados beijos e jantares com amigos.

O poder estar com as pessoas sem medos, será que vamos conseguir?

Muito se vai escrever sobre este ano, uma coisa é certa vivemos uma pandemia e menos de um ano depois estamos a presenciar a evolução da ciência, com a criação de várias vacinas.


Por isso aqui fica o balanço possível, nem tudo foi mau, tivemos de nos adaptar e assim foi, criámos novos hábitos, reaprendemos a viver noutro contexto.

Continuem a fintar o bicho, porque até ao verão temos de continuar no mesmo registo, mas pensem vamos voltar abraçar, a viajar, a viver.


Que 2021 chegue enrolado em abraços, sorrisos e alegria e saudinha da boa é o meu desejo.

Quanto ao Covid, olha filhinho por mim vais de C.. canoa , canoa enfiado dentro de uma zaragota. 


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

2021 está a espreitar

E assim, num abrir e fechar de olhos, estamos a dias de entrar em 2021. 

Pela vossa rica saudinha vejam lá o que vão fazer, lembrem-se da trampa que deu os vossos pedidos, por isso tudo o que tenham feito na passagem anterior, esqueçam.

Nada de cuecas azuis, então se for aquele azul bebé, é de fugir, imaginem tirar as calças e pumbas um boxer ou uma cueca de algodão azul bebe, korror parece a cueca dos avós.

Passas, logo 12, esqueçam são muito doces e ficam bem é num arroz árabe, enfardem figos, mas 14, um por cada mês e os outros pelo subsidio de férias e outro pelo de Natal. Ou então pinhões, mas como para comprar 100g de pinhão temos de vender um rim, metade do fígado e quiça um pulmão, comam só 7 dessas pepitas de ouro, o valor calórico é igual a comerem as 14 e se é para ser, então que seja com tudo.

"Ah e tal vou arranjar o cabelo para o Réveillon" esqueçam lá isso, se não vejamos:

1- Há recolher obrigatório, logo ás 23h tem de estar tudo em casa.

2- No poupar é que está o ganho, se é para ficar em casa qualquer escova alisa um cabelo rebelde.

3- Para quê passar uma eternidade no cabeleireiro se ninguém vai reparar? Pois nas chamadas zoom mal se nota o cabelo, depois os amigos às 21h já vão estar todos bêbedos, nem vão reparar o quanto bonita estás.

Entrar com  o pé direito, démodé meu amores, é entrar com os dois pés ao mesmo tempo, alias é entrar com o corpo todo em 2021, não deixar nada para trás nem tão pouco entrar às mijinhas, que é coisa para não correr bem. 

Brindar ao novo ano, ora aqui está algo importante, se há coisa que este bicho envolto em pandemia nos veio ensinar foi que nunca é cedo para beber, uma vez que estamos sempre em casa, por isso trocar o tradicional espumante por gin, whisky, etc.. assim como assim a maioria de vós nem vai dar conta que o ano mudou, tal vai ser o grau de alcoolemia que vão ter, vejam o lado bom disto do confinamento não têm de pegar do carro bêbados e andar na estrada a fazer pontaria ao passeios.

Portanto a ideia é fazer tudo aquilo que não é suposto fazer, para ver se a coisa este ano se dá.

Por norma festejamos com amigos em grandes farras, este anos vamos ter de estar sozinhos.

Há sempre as passas, o champanhe, épha este ano vamos dar tudo em figos, também são secos, não me venham agora com esquisitices, e outra bebida qualquer.

O tão tradicional bater de tacho e panelas à janela, este ano troquem isso por uma ida ao vidrão despejar as garrafas vazias, também faz barulho.

O Fogo de artificio, esse vem na TV e é se querem, também vai estar frio e a chover, e a ideia é não apanharem um resfriado, depois ficam com febre e lá vai uma zaragota para despistar possível bicho do demo.

Agora sejam boas pessoas, façam lá a coisa bem feita que aqui a menina quer voltar a Abraçar, estar com os amigos. Além de que tenho um almoço de leitão adiado para 2021 e as férias na neve 


Váaa 2021 bonzinho, pior que 2020 não deve ser. 





segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Quando o bacalhau quer....cebola, azeite e forno

 Somos latinos e, como tal, gostamos de beber bem, mas principalmente adoramos um bom petisco. Quem nunca comeu uma boa punheta de bacalhau, bem regada com azeite que atire a primeira espinha.

Ora, todos estamos bem cientes, que a nossa costa é rica em bacalhau e vai daí desde os primórdios que o pescamos, salgamos e melhor que tudo cozinhamos e comemos.

Como somos um país cheio de cozinheiros, em cada tugão existe um especialista, de pano à cintura e colher de pau na mão, ou não tivéssemos derrotado os desgraçados de espanhóis com uma padeira com a sua pá de pão. 

Resolvemos batizar o fiel amigo de mil e uma maneiras, existem para todos os gostos, se não vejamos:

Bacalhau à Zé do Pipo, querem nome mais tuga? Foi inventado pelo zé taberneiro, mais conhecido por Pipo, que olhou para o fiel amigo e disse vou enfiar-te no pipo.

Temos também o bacalhau à Narcisa, nitidamente nome dado pela tia freira, que o confecionou pela primeira vez, num final de tarde, para os lambões dos sobrinhos que vinham da praia do Moledo.

O tão famoso Bacalhau à Gomes de Sá, como todos sabemos o senhor Gomes era um conhecido professor de química, que resolveu fazer uma experiencia refugando cebola e batatas numa aula para demostrar o potencial da acidez do azeite e um aluno virou-se para outro e disse, "oh Sá traz de lá o bacalhau que o Gomes, está de avental" e assim nasce o bacalhau à Gomes de Sá.

E o Bacalhau à Brás? Quem nunca depenicou nas batatas fritas do bacalhau da avó não teve infância. Este bacalhau criado em 1620 pelo Brás, o sapateiro de Monsanto, que à falta azeite juntou ovos e palha ao bacalhau. Mais tarde com o fim da crise e da fome alterou-se a palha pela batata palha. O sapateiro Brás é um antepassado do atual comentador de um tal canal de televisão. Como se vê o gosto por comer palha passou de geração em geração, abençoadinhos!

O Bacalhau Espiritual, como o próprio nome indica, foi inventado no mosteiro de Franciscanos, enquanto andavam na apanha do medronho, só assim se justifica o nome deste prato, ficaram iluminados pelos vapores do fruto, e na hora de preparar mais uma refeição silenciosa pumbas, entre uma reza e outra ao Senhor, sai um bacalhau envolto em cenoura ralada.

Bem meus amores existem mil e uma formas de cozer o bacalhau, não vou desfiar todas aqui, embora devesse, só para vos fazer ler durante o próximo confinamento. Como sou uma pessoa sensata fico por aqui e termino com a historia do Bacalhau com Natas, no fundo quem deu o nome foi o leiteiro da aldeia da Sertã, enquanto ordenhava vacas lembrou-se de usar as natas para dar um toque diferente ao prato. Assim regou a travessa com as natas, fazendo com que o bacalhau ficasse envolto num manto branco, numa alusão clara à orvalhada que tinha caído naquela manhã. Só seculos mais tarde é que estes pratos foram revistos, mantendo os ingredientes principais, mas juntado toques pessoais à coisa.

No fundo o Zé Tuga arranjou forma de ter como prato principal um peixe, que não existe nas nossas águas, pescado a milhas de distancia, se isto não é do mais chique existe, então não sei...qual comer entrecosto ou javali nãa , bacalhau da Noruega meus filhinhos, Noruega, nada de chicharros ou chaputa pescada ao largo de Sesimbra.  

Influencer é isto 


Ps : consegui fugir a polemica do bolinho ou pastel de bacalhau 




terça-feira, 15 de setembro de 2020

E tudo a laranja levou....

 Reza a historia que estávamos no ano da graça 2019, e que do país do sol nascente, terra de Mao, e de uma escadas que se vem do espaço (sempre tiveram a mania estes) surge um bicho sem olhos mas com muitas rastas ( aposto que fuma charros), que deram o nome de coronaVirus, corona de mãe, vírus de pai, que,com ele carrega uma doença, uma tal de Covid-19. Como não é de estranhar rapidamente se transforma num regabofe e surge um pandemia, que nos confina em Março.

Ora é nesta altura em que ficamos em casa,  a vida diária torna-se um BB(big brother) ou um BS(Big sister) Ou um BF(big seca)  sempre melhor que um BS(Big sogra) por isso não se queixem, que estiveram em casa a engordar que nem lontra enquanto trabalhavam. Aqui surge a ideia de eleger o rabo a património da UNESCO, não é um rabo qualquer. 

Vejamos como começa esta bela historia : estamos na época alta da pandemia, altura em todos batiam palmas a janela, outros eram padeiros, faziam massa mãe, trabalhavam de pijama, enfim.. o diabo,aqui a Je, ainda tinha esperança em ir comer leitão a Tocha com um grupo de doidivanas e respectivas famílias, pelo nosso querido mês de agosto, tal não foi possível, lá esta e tudo uma laranja levou. Esta grupeta de gente muito divertida começou a juntar-se na rede do demónio, onde do meio de tanto disparate acabamos por nos cruzar com gente muito boa, assim o João, o Ricardo, o Luís, o Paulo, a Liliana, a Manuela, e eu, lá combinamos um leitão, como surgiu a ideia já nem me lembro,sei que começou a ganhar forma, e no meio de tanto confinamento, pão, vinho a janelas e varandas lá íamos alimentando esta  o bicho para ficar bem gordinho.

Mais tarde e em boa hora, junta-se a Anabela e é aqui que a eleição do Rabo  a património da UNESCO começa a ganhar contornos dignos de um livro.

Um dos interveniente resolveu ter como foto um rabazoilo de porquinho Pepa, com aquele nozinho super fofuxo, ora para um grupo, que se uniu para combinar uma tertúlia de leitão, é a foto ideal. Vai da conversa puxa conversa, um dia diz algo do género" não há rabo melhor" estava dado o mote, para que estas mentes começassem a funcionar em cadeia, logo surgiu a ideia de eleger o rabo a património da UNESCO, em que nós somos a curadoras do mesmo, ele perdeu direito ao seu Rabo, nós decidimos sobre esta espécie preciosa e  rara, pois como património que é, tem de ser preservado. Vai dai ninguém toca, ninguém mexe, porque ver é com os olhinhos e não com os deditos.

Como temos tido muitos visitantes, e alguns pedido extras, estamos seriamente a pensar em colocar o dito numa redoma de acrílico , agora até está na moda devido ao covid, deixamos um buraquinho para introduzirem uma nota de boa aventurança

No fundo aquilo que estamos a fazer aqui é empreendedorismo , agarramos em algo bom e transformamos em algo maravilhoso, ao ponto de o elegermos a património, o próximo passo será a beatificação.

Nunca será antes do nosso leitão, que eu não vou abrir mão do meu porquinho tostado, como uma laranja na boca, enquanto assisto ao magnifico por do sol, ouço o Ricardo a tocar, o Paulo a cantar, nem tão pouco, de poder estar pessoalmente com este queridos, abraçar, e rir, que tantas gargalhadas nos arrancaram.


( qualquer semelhança com a realidade é fruto de da vossa mente que deve estar confinada algum tempo)



quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Cães de loiça quem nunca

 Sempre disse que a moda sou eu que a faço, e a verdade é que nem me tenho saído mal, nunca gostei de andar em carneirada.

Agora que todos deliram com o vitange, já eu vos dava de bandeira com relíquias dos meus avós.

São recordações que para muitos são o "ai korror, que feio", para as influecers da vida, são piquenos pedaços de uma vida passageira sem luz, porque hoje é a cueca da avó que é super bem e chique, como amanhã é uma napa reduzida enfiada nos entre folhos.

Quem não se recorda do naperon em cima do aparador da sala? Onde pousava elegantemente um relógio de madeira, que dava as horas sempre com um estrondoso badalo? Ou o quadro de natureza morta, quem nunca viu um quadro com uma cesta de fruta na parede com cores mortiças, onde predominavam os verdes escuros e vermelhos secos não sabe o que é viver no limiar do medo.

Aqueles almoços intermináveis de família, em que a loiça era toda ela rosa, com os motivos de charretes e árvores, a lembrar aquelas quintas inglesas, da fábrica da loiça de Sacavém, aqueles copos de pé alto com pétalas desenhadas no vidro. E sempre que o telefone tocava, aquele piqueno grande trambolho preto, já sabíamos que alguém se tinha atrasado para o almoço do cozido, como assim atrasados para almoçar cozido da avó...??? enfim tios…. 

Aquilo que outrora foi "fatela"(palavra muito anos 80, é assim sou idosa), hoje está na vanguarda da moda e a preços exorbitantes. Porquê? Porque alguém disse a esses influencers que a coisa afinal se dava mas tinha de ser caro para ser chique, minhas riquezas as casas das nossas avós e mães são todas elas um relicário de coisas boas, antigas e sempre actuais. Se não basta ver os cães de loiça? Onde enfiar um canidio de loiça? Em qualquer canto do quarto junto a uma mesinha adornado com uma Senhorinha, é óptimo para pendurar bikinis, depois de um dia de praia ou colares.

As travessas de servir o cozido ficam bem em qualquer mesa, com tolha aos quadrados de piquenique, que estão a ganhar mofo nas arcas das avós, mas como influencer da vida que são, vão  ao El corte Ingles compram por 70 euros e dizem que são do mais vintage que há, made in china  covid, enquanto a velhinha toalha está impecável mesmo com quase 100 anos de existência e foi feita numa qualquer fabrica de Barcelos com tecido 100% algodão, jaz solitária enquanto suspira sua "cabra saloia".

Nunca reneguem as arcas que as avós tem em casa, são tesouros.

Por isso digo a moda sou eu que a faço e sempre usei as toalhas bordadas pela minha mãe e pelas minhas tias avós, sempre gostei e usei as loiças do Bordalo, sou doida por cestas de vime, das caldas, e da sua loiça também , sempre muito educativa ao nível do intelecto.

Não há nada como uma sacola de pano para ir ao mercado, se a tudo isto juntarmos um pouco do moderno que existe temos uma junção explosiva de bom gosto com cheirinho a boas recordações. 

Esqueçam cabide de pé para pendurar roupa, são feios, frios,  usem os cães de loiça, não há nada mais fofuxo que um cão de loiça.

Diga não ao vintage saloio, a roçar a berjerice, do made in china, quando se olharmos para dentro temos o vintage mai lindo de sempre, os nossos . 

Quem não tem ide a Barcelos , às Caldas, ou a Viana, quiça Évora ou Reguengos, que lá encontram coisas bem giraças, e deixe Vila Real Santo António para os espanhóis, sempre tiveram péssimo gosto. 




sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Só faltou Bola de Berlim


Reza a história que corria o ano 2020, tinha acabado de chegar da Serra Nevada, final de Fevereiro e fazíamos planos para as férias. Em Maio íamos à Alemanha comer salsichas, acabei por comer cozido à portuguesa cá em casa, por sinal bem bom, e no fundo é quase igual.


Falava dos planos, ora a ideia era levar os fatos de banho até Cabanas de Tavira para apanharem um ar diferente, acabei por ir bater com os ossos ao Alentejo. Três semanas que tinham tudo para correr menos bem e que acabaram por ser as minhas Cabanas de Tavira.

A casa era dos avós do Miguel e resolvemos transformar num cantinho mimoso, comprámos coisas essenciais, para podermos passar tantos dias ali, isto é bebidas, está dado o mote para que tudo corresse menos mal.

Eis que está tudo alinhavado para umas ferias a 4, sim o meu patudo também foi obviamente.

Deitar-me à meia noite com o estupor do galo a cantar, o animal andava desvairado, teve a dois passos de acabar na panela, a sorte dele foi eu não descobrir onde era o loft dele. Era à meia noite, às duas da manhã, às quatro, enfim o bicho estava possuído pelo demo, até as cinco da tarde ele cantava. 

Quem nunca acordou às 7 da manhã com a buzina da carrinha do peixe? ou do pão do Ciborro? o máximo que conseguem é ter alguém a berrar da praia olha a bolinha quentinha do sol.

Enquanto vocês andam a lambuzarem-se (seus lambões) com bolas de Berlim de Nutela, Alfarroba e afins na praia, aqui a menina recebe ovos de coderniz dos vizinhos, tomates e couves, chorem agora de inveja. sabem lá o que é estrelar um ovinho daqueles para o Brunch do meio dia, após unas horitas a dar um tom dourado à pele.


Este ano mais um elemento se juntou a família, o furação Marty, el Rey. Pois querem férias sossegadas, monótonas, sem um pingo de emoção, no género viver no limite ou no fio da navalha, não adoptem um cão louco, ou melhor não tenham cães ponto, deixem-se ficar nessa vidinha.


 Ele era buracos debaixo das laranjeiras, terra para o quintal dos vizinhos era mato, e sim temos muro, mas o que é isso para um rei? vai tudo à frente. Foi um tal de inspeccionar a qualidade do tomatal, tal foi a quantidade de tomates que esta besta comia por dia, que pensei em mudar-lhe o nome para compal , passo a publicidade do mesmo, que ainda por cima não me pagam um centavo.

Parecia um furação F5, sempre que se abria a porta do quintal a nuvem de pó que aquele pequeno pónei levantava do ar, estava capaz de fechar o espaços aéreo a nível europeu.

Como podem ver foi uma animação, principalmente quando a fera acha que pode por as patas em cima da mesa e roubar uma salsicha acabada de grelhar, que falta de noção do patudo... 


Houve também aqueles momentos que pensamos, são meios mortiços , estamos sentados a ler um livro ao sol, a beber aquela bebida fresca e quando dás por ela o teu cão está a comer o marcador do teu livro. Ou simplesmente estamos a beber um café nas chávenas que foram da nossa avó, têm mais de 100 anos, e olha em frente e tens o patudo no quintal do vizinho aliviar a bexiga, quase que me salta a centenária chávena da mão, soltei um impropério cabeludo e lá salto o muro para ir buscar o explorador.



O meu pequeno ermita, aparecia para almoçar, jantar, lá muito de vez enquando ia até a piscina, das 18 h as 20 h ,loucura de vida atarefada do moço, veio estafado...

No fundo este covid do demónio tirou-me muita coisa, entre elas o convívio com quem mais amo e gosto, tirou-me os sonhos, mas jamais me tirou o sorriso e alegria, do pouco se fez muito. E como não sou garota para baixar braços, matei saudades com videoconferências e transformei uma pequena casa algures no Alentejo, um lugar único, cheio de magia, numa pequena ilha paradisíaca, só faltou mesmo a bola de Berlim.








sábado, 8 de agosto de 2020

Quando a escolha pende em usar ou não gel

 

Em período de férias surge mais um webinar do demo, roupinha fofinha de ciclista.

Ora todos sabemos que nem só de selim vive o atleta, existe toda uma parafernália de roupas pomposas a escolher. Entre camisolas de alças à macho, tipo anos 70, à simples camisola com fecho até á testa.

Depois temos os chapéus ou bonés, os óculos, ciclista que seja ciclista tem de usar o belo do oclé  fashion, de preferência com aquela cor amarelo-torrado ou um azulão, a ideia é mesmo não ir contra um camião carregado de tomates, devido ao encadeamento. Não esquecer as luvas, sim por mais Adónis que sejam, mentalizem que vão atrombar e as luvas vão ser a vossa tábua de salvação para não ficarem com as mãos tipo chagas

Depois temos a parte da calcita, ora toda a vida de um ciclista se rege pela proteção dos entre folhos. Assunto delicado devido à zona ser adepta de criar assaduras, de fazer chorar um qualquer búfalo das savanas africanas.

Como podem ver, todo o tema se prende, não com a camisola, mas sim com a calça ideal para andar quilómetros com um espigão enfiado entre o rabo e os tubos seminíferos (ide ao Google ver o significado)

Aqui existe a lycra (Lycra e gajo na mesma frase… Enfim é o que temos) com esponja, acreditem é muito giro (na realidade não é), mas ao fim de 100 metros vocês já estão a pensar cortar pulsos.

Se deixarem de ser preguiçosos e andarem um pouco mais à frente nas lojas, vem que existe um calção, cuja proteção das assaduras e do vosso rabo real, é um pouco mais dura é feito de um material sintético, não faço ideia do que seja feito, apenas gostei das cores, ide ver, não posso fazer a papinha toda, vocês também tem de fazer alguma coisa.

Por fim, e no meu entender o melhor de todos é a lycra com forro em gel, lá está algo muito másculo, este gel tem memoria, e adapta-se a vossa forma, isto é ao vosso rabo e, meus queridos os vosso entre folhos vão agradecer. Este calção vai fazer com que parece estarem sentados a guiar um panamera, e não uma bicicleta, com um cestinho no guiador, sim porque nesta era da tecnologia, a malta tem de levar telemóvel, pau de selfie, umas sandes de presunto pata negra, com queijo da serra, e uma cevada.

Obviamente que está escolha é com vossemecês, podem sempre escolher não usar de todo e ficam livres de tamanho drama. 

A seguir há que escolher o espigão, vulgo selim, aconselho que estes também sejam de gel, porque meus amores, andar novo vão ter, assaduras também, daquelas que têm de barrar com halibut às colheradas.

Não julguem isto sexista,porque não é, nós as moças, também andamos em cima do selim, a diferença é que somos muito mais praticas na escolha da farpela, em que tudo tem de bater com tudo 

Por isso boas escolhas, só vos vai ficar mais fashion, porque bonitos lamento nem todos foram bafejados por Deus nosso Senhor.


Um agradecimento ao Rebeubeu pelas sugestões.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

O Fio dental que não serve, para limpar dentes, mas pode ser util ao dente...

Surgiu uma duvida sobre o famoso fio dental,vai dai, eu como sou uma criatura muito pró activa, resolvi, na hora, fazer um webinar da coisa.
Ora isto do fio dental não é tema fácil, pode gerar alguma confusão e kiça uma piquena polémica. Como não sou dada a virar o cabelo a um desafio, vesti uma lantejoula, calcei um salto 7cm e aqui estou para desmistificar o próprio do fio.

Aqui entenda-se fio dental, não é o dos dentes, mas serve para usar no dente (mas isso é outro tema outro webinar )

Existem por este mundo, repleto de covid, variadíssimas cuecas, todas com a mesma função, todos sabem que função é,  logo não me alongo,  até porque o tema é a própria da cueca e não a funcionalidade. ...

Comecemos então pelas cuecas da avó 
Aqui este pedaço de pano, do tamanho de uma toalha de mesa,  servia para tapar tudooo, aqueles rabos monstros das avós e todo o tufo envolvente. Hoje em dia as lojas fizeram uma roupagem, onde se apresentam um cuecão que vem ate ao suvaco e aparece recortado na zona traseira, tecido com uma rendas, cetim, não me convenceu de qualquer das forma. Ainda existem as verdadeiras cuecas da avó,  mas por Deus, deixem isso para as vossas sogras.

Seguimos pela asa delta, cueca inspiradas naqueles pequenos objectos voadores em que vamos todos esticados. Ora este pequeno pedaço de tecido deixa as nádegas semi desnudas, dá aquele ar elegante a qualquer rabo, no entanto rapaz, em vocês não é aconselhável,  mas cada um sabe de si.

Há também a cuecas slip, uma cueca curta, ao nível do baixo ventre (tendo em conta, que já não estamos na idade das trevas, logo já não existem adeptos de tufos). Este slip também é conhecido por amparar o rabinho. Não é tão sexy, como a asa delta, mas se optarem pelo modelos de renda ou seda, tem potêncial para levantar poeira,

Temos também o boxer, cueca em forma de calção, mais decotada na zona traseiras, aqui meus queridos arrisco tudo nas rendas no cos e o resto seda. Esta cuecas foram criadas para brilhar, num qualquer rabinho, bem um qualquer também não, convenhamos que um pele e osso, sem chicha este tipo de pano não cai tão bem, como por exemplo cai uma asa delta.


Chegamos finalmente ao tal fio, ora de dominado pelo nome Fio Dental, devido a ter tido a sua inspiração no já famoso fio dental, que é usado para limpar a dentuça, devido a sua fina espessura, consegue entrar entre os dentinhos, ora a nossa cueca fio dental,  também ele tem um fio em forma de V, sendo que o v fica na parte de cima do rabo, apoiado na pele, e o fio entre as nádegas. Esta peça de lingerie tem um pequeno tecido na frente, por norma adornado com pequenos apontamentos de renda ou bordado inglês. Eu acho,  na minha modesta opinião que uma renda de bilros ou kiça um bordado de Arraiolos dava um ar elegância a esse pequeno pedaço de roupa,  que tantas vezes é mal interpretado.
Esta cueca é muito importante, em certos momentos, nomeadamente aqueles jantares ou festas em que os vestidos contornam o corpo.
É também muito frequente ser usado como biniki, acho bem,  se é para bronzear então que seja em condições. Como já se devem ter apercebido esta cueca, deixa as nádegas à vista.
Não se julge que este tipo de lingerie é só para as mulheres, longe disso,  também existe em versão masculina, aqui a renda é substituída por padrões másculos como camuflados, ou tigress dando ilusão de caçador de javalis.

No fundo o que realmente interessa aqui,  não é o tipo de cueca que se usa,  mas saber altura em que se usa, e tirar todo o partido de todo o potencial desta lingerie,que inspira e faz suspirar seres desde a pré história.







segunda-feira, 13 de julho de 2020

Afinal não eram Lulinhas

Vai que fui ás compras, sim uma pessoa tem de comer e vai daí inicia toda uma aventura até ao supermercado.
Ele é máscara, álcool gel, creme hidratante das mãos, quase que fico tentada a levar um escafandro para ver se o fdp do vírus não se aproxima.
Sacola de pano ao ombro, sim uma pena, é chique e ecológica, reutiliza sacos e até tem sacos de pano giríssimos e lá vou eu. São gincanas, atrás de gincanas, para me desviar das pessoas que teimam atravessar-se à minha frente com os carrinhos e cestinhos e raio os parta....
Queria lulas e lá fui à ala dos congelados e tirei dois sacos de Lulinhas pequenas da marca Bico do mar, feliz e encantada compro cerveja, vinho , queijo e tenho as compras feitas depois de pagar rumo a casa.

Pois aqui começa o drama, o Marty, a minha fera pequena apanha-me de costas e zás quando dou por ela está a degustar um queijo da serra da estrela, a lamber a beiçola e bigodes, queijo esse que era para o petisco do fim de tarde... Bem comeu o queijo, mas os chouriços assados e presunto nem lhe tocou, lida criatura de 4 patas, foi na nossa vez de nos lambuzarmos todos.

Voltamos às benditas lulas, após descongelarem, vai que começo a lavar e a água ficou preta, pensei "credo, não costuma ficar assim" mas continuava na minha, um verdadeiro calhau com olhos. Após umas 4 lavagens começo a separar os olhos, tentáculos para alguns, olhinhos para mim, e eis que se fez luz, qual Arcanjos e Anjos descidos na minha cozinha entoando trompetes, as lulinhas afinal eram chocos, raios e coriscos, saíram impropérios da minha boca e fui ver os sacos, pensando que para variar me tinha enganado, mas não, dizia mesmo Lulinhas pequenas, ora lulas ou lulinhas não são chocos ou choquinhos, carai, mas também o que é que eu estava à espera de uma marca cujo o nome começa por Bico??? isto tinha tudo para não correr bem, falo em termos gastronómicos.
Entretanto já toda eu estou numa luta com os chocos e a tinta, toda a minha cozinha é um grafite de fazer chorar qualquer grunho que teima em pintar os eléctricos da carris, tal é a minha arte.
Entra o pequeno selvagem e diz:
- Eish oh mãe o que é que aconteceu?
- Fui eu que comprei lulinhas e afinal são chocos e com tinta, e agora é este espectáculo que vês.
- Epá os homens estão a dar tudo na tatuagem e já largam a tinta, e saiu a rir à gargalhada. 

Aqui homens era referência aos chocos.

Ao fim de algum tempo ganhei a luta aos maganos, tirei-lhes a tinta toda e panela com eles, no meio de alhinho e chalotas cortadas, ganhei a luta é um facto, mas tive toda uma bancada para limpar.

As minha lulinhas, afinal eram machos alfas,  



quarta-feira, 24 de junho de 2020

Marty , El rei

Envolto numa tarde de nevoeiro, eis que surge montado no seu cavalo branco, El Rei Dom Sebastião, o mesmo quer dizer o meu cão Marty, ele próprio, um cavalo de 4 meses, não veio a cavalo, não dá pela graça Sebastião, porque cá em casa ninguém gostou do nome.

A Fera (como é carinhosamente apelidada por mim) chegou do canil, num dia de vento e sol, é um 4 patas alucinado, deve ter sido por isso que me apaixonei por ele, existia ali uma ligação já com esta família tresloucada, não fazia ideia que ia ser um cão grande, mas assim parece, o meu pequeno cavalo vai crescer, pelo seu apetite voraz por elementos da natureza vulgo relva, paus, pedra, folhas e até árvores, tudo indica que tenho um vegan em casa

 Agora que tenho mais um membro na família , dou-me conta que existe toda uma parafernália de coisas para o patudo, mas o que me impressiona mesmo é a comunidade canina, é todo um novo mundo, ora eu já tinha o grupo da comunidades runner, onde tenho imensos amigos com A grande, tenho a comunidade do leitão, que aguardamos dias sem covid para por em prática essa arte de ferrar o dente no bicho de pele tostada e laranja na boca. E agora tenho a comunidade canina, onde o centro das atenções são mesmo os patudos, não deixa de ser giro os encontros às 7 da manhã. Aqui choro a bom chorar, eu era menina de gostar do quentinho da minha almofada, agora tenho a vida virada de pernas para o ar e acordo às 6.30 da manhã para ir apanhar cocós...

Como se isto não fosse o suficiente, temos a roupa, sim filhinhos, a roupa, que isto de vestir um corsário branco para depois ir passear o pequeno nunca podia resultar bem e quem diz branco, diz de vestido, ora onde é que raio levo os saquinhos do cocó? as chaves de casa, o álcool gel? os biscoitos para lhe dar como prémio por fazer o xixi e os cocós na árvore?

Sim, que isto de passear patudos em tempos pandémicos tem arte. Agora consigo entender, ou melhor tentar, o porquê de certas pessoas passearem os seus patudos de pijama, na rua, em pantufas. Jamais me apanharão nessa ratoeira, posso ir de jeans, mas sempre com um toque de elegância. 

 

Por isso, neste momento tenho a roupa de runner, de trail runner, de paddel, roupa de praia, e a gora roupa de passear o cão, fdx. Melhor outfitt é sem dúvida uns jeans e um top, juntamos umas sapatilhas e siga, não esquecer a máscara, obviamente.

Hoje fomos ao veterinário, vesti um macacão com bolsos, não foi uma má escolha, mas se os bolsos fossem mais profundos tinha sido melhor, mas vá escapou. Como podem ver isto não está a ser fácil, a par de ensinar a Fera a andar ao meu lado e não a puxar por mim como se eu fosse um boneco de trapos, explicar que o xixi é na árvore e não na roda da minha bicicleta, que os cocós também é na rua e não entre resguardos, tenho esta coisa de ter de me preocupar com a roupa que tem de ter bolsos.... se isto não é o fim do mundo então não sei.


 

 

No meio disto tenho uns vestidos lindos por estrear e só volto ao escritório a 17 agosto, vou continuar em tele trabalho, depois vou de férias e quando voltar então sim volto ao meu lugar físico, peço que o tempo se mantenha assim bom, para ainda ter tempo de estrear os meus vestidos. Sim, que isto de andar a trabalhar em casa pode ser muito bom, mas eu gosto de usar as minhas roupinhas.

 

 

 



Isto nem para coser meias esta bom...

A pessoa tenta colocar uma linha na agulha, e já não passa sem por os óculos, e pensa porra, não esta mesmo de feição. Sendo assim vamos lá ...