Chegou assim à bruta, sem aviso, não veio envolvido numa manhã de nevoeiro, nem montado num cavalo branco ou num unicórnio com uma crina em forma de arco íris.
Não o gajo, não é D. Sebastião, que esse já é pó algures em Ceuta, não é o Corona que esse já anda por aí à muito e à solta, filho de uma pata quis vir ver in loco o nosso turismo, eu sabia que tanta publicidade lá fora tinha tudo para dar merda...
Quem chegou e entrou por mim a dentro à bruta, sem pedir licença, foi o Ponto de Rebuçado, este é aquele ponto que tem de ser feito em lume brando até conseguir atingir a perfeição, pois bem aqui já passou a perfeição, toda eu já sou nerves.
Por falar em nerves, alguém sabe se no estado de emergência devido à pandemia é permitido enfiar um bom par de tabefes no estafermo do miúdo?
Tudo isto é um teste ao limite da pessoa, se não vejamos, estamos em isolamento ah e tal podemos fazer outras coisas. Não, não podemos porque não temos tempo para nada e quando temos está na hora de ir dormir.
Depois é toda uma logística de trabalho, acreditem é um esforço sobre humano ter de partilhar escritórios improvisados, estou seriamente em pensar mudar o meu para o wc, com o cheiro a croissant que vem das condutas devido à padaria que tenho aqui em baixo, é quase como recordar aqueles tempos em que ia estudar para as esplanadas de Lisboa, nomeadamente do Helsínquia, vá podem espumar de raiva, é assim filhos não se pode ter tudo, eu estou fechada num apartamento sem jardim, mas todo o meu WC cheira a Croissant fresco acabado de sair do forno, ah pois é...
Tenho aqui um adolescente capaz de me levar a ter um ataque de nervos, tal filme icónico do Mestre Almodôvar, a diferença é que não estou de saltos altos, mas de pantufas, pantufas senhores, se isto não é o meu fim, então não sei.
É tudo mãe onde estão os meus óculos de natação, óculos? mas vais fazer o quê? Os 10 x 10 estafetas com o teu pai no poliban?
Mãe chega aqui, acabei de tocar um solo na guitarra, mãe onde está o fiambre? mãe sabes a que horas o Zé dá explicação? Ora cum catene, mas eu agora tenho de ser agente deste miúdo??
Olha o fiambre é provável que esteja dentro do frigorífico, frigorífico é esse utensílio grande que está no fundo da cozinha e tem uma porta, podes abrir sem temer, não sai de lá o adamastor...
O dia e hora da explicação está marcada no calendário do teu email, ide ver, que esses dedos servem para mais que estarem todo o santo dia de volta da consola de jogos.
O atingir o ponto de ebulição quando ontem fui fazer palmiers, entre um email e outro lá ia vendo a coisa, de repente vai que a Internet resolveu ir ao w.c e um email importante voltou par atrás, não gravou o processo e eu já irritada tive de fazer tudo de novo, a coisa estava a dar luta e não estava dar-se, resumido os piquenos palmiers outrora lindos e estaladiços, ficaram mais negros que uma mina de carvão. Tive um ataque de raiva, meninos baixou em mim o demónio, toda eu era uma gota de raiva, Belzebu refugiou-se na rua sem máscara, deve ter pensado antes um covide pelo chifre a dentro que esta mulher em ponto de rebuçado. Foi tudo para o lixo, acho que até o pc esteve para seguir esse caminho, e fui lavar uma parede que reparei tinha uns riscos, se isto não é o principio do fim , então não sei...
No meio disto o Miguel foi fazer novos palmiers para eu ficar mais calma, não resultou, fiquem já a saber, o homem além de gestor e IT Manager, deu em padeiro, ele é pão, ele é focaccia enfim...
Não feliz com toda esta altercação, que assim de deu, e não houve uma alminha que pergunta-se "então Catarina pode ser? uns dias em casa fechadinha, sem piar?" nada, ninguém se deu a esse trabalho. Hoje de manhã, acabadainha de sentar para trabalhar tocam abusivamente nas campainhas do prédio, ouvimos portas a bater, barulho de sirenes, o Miguel vai ver à janela tipo velha, e tá o circo montado lá em baixo, ele é bombeiros, escadas magirus, ele é agentes da policia, INEM.
Diz o Miguel:
- Queira Deus queira que não tenhamos de sair daqui agora com tudo isto.
Salto logo em direcção ao quarto, arranco o pequeno estafermo da cama, digo para vestir rápido uma roupa, ouço logo "O que aconteceu? posso tomar banho?", respondo "NÃO, veste uma camisola"
Calço as sapatilhas contaminadas, envergo a máscara nas fuças e lá saio eu para a rua, para saber o que se passa. Chego ao hall do prédio e parece que entrei em zona de guerra das estrelas, os médicos do INEM pareciam acabados de sair de um cenário apocalíptico, pensei porra o bicho do demónio entrou no prédio, mas afinal tanto alarido e o agente da PSP disse só que o senhor do 1º frente estava deitado no chão, sem se conseguir levantar.
Também, raio do homem com 91 anos que nunca está sossegado em casa, anda sempre no laréu... Subo novamente no elevador sem tocar em nada, chego ao patamar do andar, e toca a despir as calças, tirar as sapatilha, passar álcool nas solas, sossegar os demais, voltar ao quarto e vestir outras calças. Eis que reparo raios esqueci de atar o cabelo...
Se tudo isto não é para um gajo espetar com os ossos todos mais dentadura num Spa, numas termas ou quiçá numa atol da Polinésia francesa? afim de recuperar um pouco a sanidade... e enfiar o ponto de rebuçado no estado tão liquido mas tão liquido, que nunca mais ia querer ser caramelo.
No meio de todo este cenário tenho de ler influencers a queixarem-se de não terem tempo para elas porque têm de dar atenção aos filhos de 20 meses e a citar tudo o que é marca e agradecer, porque sem elas estavam perdidas... como me disseram as cuidadoras informais com filhos riram-se nessa altura.... de valor era a Lindor oferecer fraldas a estes cuidadores que tanto fazem anonimamente.
Noção, senhores noção!
Ficam aqui pequenos laivos de pura parvoíce, embrulhado em queijo amanteigado com, presunto em lascas de Figos pingo de mel. Pelo prazer de escrever Pode acontecer "Conversas de um Cão" no intervalo, dos laivos de parvoíce, não em figos com queijo mas embrulhados em biscoitos e bacon
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terça-feira, 7 de abril de 2020
sexta-feira, 3 de abril de 2020
Existe um A.C e um D.C, e não é de Cristo que falo
Em tempos remotos, longínquos, numa historia recente, perdida nas memórias de cada um de nós, era uma vida que passava e nem dávamos por ela, era uma correria entres duches matinais, um despachateeee, todo o santo dia, que eu tenho que me maquilhar, depois de estar tudo pronto e bonitinhos para sair, era mais uma "Mas o que foi agora?" ou "Tens noção que entras às 8.15 e estamos atrasados? e tu ainda estas por te calçar", " Importas-te de vestir o casaco, agarrar a tua mochila que o Gui está a nossa espera", o Gui é o meu sobrinho que levo ao liceu.
Nunca pensei ter saudades de acordar e ainda com olho meio fechado começar logo a ouvir um tal Pedro Teixeira da Mota, o puto até tem graça , mas deusamlibre logo pela fresca, tipo as 7h00?? Era de querer ficar em posição fetal, a chorar ...
As filas de transito não, disto não tenho saudades, o chegar ao trabalho, aquele piqueno ritual de ir fazer o meu chá, os meus almoços animados com os colegas, aquele ranger de dentes porque é segunda feira, ou o vernáculo que sai à velocidade do som, porque começou a chover e estamos de saia e sapato salto alto de nobuck e não com uma galocha. Após aquelas horas que nunca mais passavam, o chegar a casa ir correr o ouvir o relato diário e as aventuras do pequeno estafermo.
E ás sextas, as urras ao dia de soltar a franga, dia em que raramente cozinhava, este era aquele dia em que saía com os amigos, íamos comer algo, beber umas cervejas ao musa, ou aterrávamos o rabo no ferroviário, ás vezes íamos dançar à Primorosa.
Tudo isto faz parte dos livros de memórias, representam tempos áureos de uma sociedade que não dormia, memórias envoltas num nevoeiro, com cheiro bolorento dos alfarrabistas, vulgo no mês passado, mas neste relógio orgânico do corona parece ter séculos. Isto foi a era glamourosa do A.C
abreviatura simplificada para o Antes do Corona
O que temos agora?
Um dia após dia, em que após o banho é indiferente se se veste uma camisola de malha ou uma swearter, em que estás de pantufas todo o santo dia, eu não, porra há limites, em que entre um telefonema de trabalho e outro limpamos vidros, olho de lado e reviro os olhos à criatura que se passeia de pijama pela casa.
Dei por mim após o duche a encher a máquina com roupa para lavar, e a pensar tenho de passar aquelas camisas, juro que eram só 3, 3 camisas e eu a pensar tenho de passar aquilo, para quê mulher?? O guarda fato está cheio de camisas passadas, tu detestas passar a ferro, e aqui odeias passar camisas... como vêem isto é demência, e todas as nossas prioridades estão trocadas.
Agora faço almoços, jantares e até aguento na fila do mini mercado, deixou de ser importante se estou ou não maquilhada, o importante é conseguir comprar presunto.
É toda uma logística do demónio, cada vez que saio para ir as compras (relembro que faço compras para duas casas) calço os sapatos contaminados, fora de casa, ele é tapar o cabelo, pôr mascara nas ventas, óculos escuros, convém dar aquele ar chiquerrimo, ele é luvas, só falta vestir um escafandro e estamos prontos para enfrentar o vírus filho da mãe, faço as compras, levo a casa da sogra, nem entro, é um olá ao longe.
Venho para casa e aqui começa uma verdadeira operação fabril, ele é tirar os sapatos na rua, borrifar com álcool, deixar o saco com as compras dentro de uma caixa estrategicamente colocada pelo Miguel, despir a roupa toda na rua, isto é zona comum do andar, ficam os meus NB casaco e calças, sim, fico em cueca mas salto rapidamente para o meu hall de entrada, depois o vizinho do esquerdo já tem 75 anos e a vizinha do direito está na casa dos 74, não há perigo algum de crescimento de algo estranho, o resto da roupa é tirado dentro de casa e vai tudo para lavar, ala para a banheira novamente, lava, esfrega, volta a lavar a esfregar ele é champô, sabão azul e branco, mascara do cabelo, isto é dar tudo na morte do bicho, que após o duche o cabrão do bicho se tivesse em algum fio de cabelo agora jaz no ralo.
Enquanto isto já o Visconde Miguel está a limpar as compras todas com álcool, antes de as guardar nos respectivos sítios, passo pelo covil do miúdo e digo olá obtenho como resposta "já tomaste banho?" isto é de revirar os olhos até ao coxis mais perto, neste caso o meu....
As reuniões de trabalho são outra aventura, ora a vista é para um quadro ou para a porta, acho vou desenhar um unicórnio cheio de purpurinas na porta na próxima, que isto tem de ser animado...
Isto é só uma pontinha do véu do DC, vulgo Depois do Covid
Aguardo loucamente pelo dia de soltura, acho que vai ser uma algo surreal, estou capaz de dizer que era miúda para subir ao topo do Marques de Pombal e limpar-lhe as narinas ... Mas acho que vou simplesmente molhar os pés no mar e comer leitão A Tocha.
Nunca pensei ter saudades de acordar e ainda com olho meio fechado começar logo a ouvir um tal Pedro Teixeira da Mota, o puto até tem graça , mas deusamlibre logo pela fresca, tipo as 7h00?? Era de querer ficar em posição fetal, a chorar ...
As filas de transito não, disto não tenho saudades, o chegar ao trabalho, aquele piqueno ritual de ir fazer o meu chá, os meus almoços animados com os colegas, aquele ranger de dentes porque é segunda feira, ou o vernáculo que sai à velocidade do som, porque começou a chover e estamos de saia e sapato salto alto de nobuck e não com uma galocha. Após aquelas horas que nunca mais passavam, o chegar a casa ir correr o ouvir o relato diário e as aventuras do pequeno estafermo.
E ás sextas, as urras ao dia de soltar a franga, dia em que raramente cozinhava, este era aquele dia em que saía com os amigos, íamos comer algo, beber umas cervejas ao musa, ou aterrávamos o rabo no ferroviário, ás vezes íamos dançar à Primorosa.
Tudo isto faz parte dos livros de memórias, representam tempos áureos de uma sociedade que não dormia, memórias envoltas num nevoeiro, com cheiro bolorento dos alfarrabistas, vulgo no mês passado, mas neste relógio orgânico do corona parece ter séculos. Isto foi a era glamourosa do A.C
abreviatura simplificada para o Antes do Corona
O que temos agora?
Um dia após dia, em que após o banho é indiferente se se veste uma camisola de malha ou uma swearter, em que estás de pantufas todo o santo dia, eu não, porra há limites, em que entre um telefonema de trabalho e outro limpamos vidros, olho de lado e reviro os olhos à criatura que se passeia de pijama pela casa.
Dei por mim após o duche a encher a máquina com roupa para lavar, e a pensar tenho de passar aquelas camisas, juro que eram só 3, 3 camisas e eu a pensar tenho de passar aquilo, para quê mulher?? O guarda fato está cheio de camisas passadas, tu detestas passar a ferro, e aqui odeias passar camisas... como vêem isto é demência, e todas as nossas prioridades estão trocadas.
Agora faço almoços, jantares e até aguento na fila do mini mercado, deixou de ser importante se estou ou não maquilhada, o importante é conseguir comprar presunto.
É toda uma logística do demónio, cada vez que saio para ir as compras (relembro que faço compras para duas casas) calço os sapatos contaminados, fora de casa, ele é tapar o cabelo, pôr mascara nas ventas, óculos escuros, convém dar aquele ar chiquerrimo, ele é luvas, só falta vestir um escafandro e estamos prontos para enfrentar o vírus filho da mãe, faço as compras, levo a casa da sogra, nem entro, é um olá ao longe.
Venho para casa e aqui começa uma verdadeira operação fabril, ele é tirar os sapatos na rua, borrifar com álcool, deixar o saco com as compras dentro de uma caixa estrategicamente colocada pelo Miguel, despir a roupa toda na rua, isto é zona comum do andar, ficam os meus NB casaco e calças, sim, fico em cueca mas salto rapidamente para o meu hall de entrada, depois o vizinho do esquerdo já tem 75 anos e a vizinha do direito está na casa dos 74, não há perigo algum de crescimento de algo estranho, o resto da roupa é tirado dentro de casa e vai tudo para lavar, ala para a banheira novamente, lava, esfrega, volta a lavar a esfregar ele é champô, sabão azul e branco, mascara do cabelo, isto é dar tudo na morte do bicho, que após o duche o cabrão do bicho se tivesse em algum fio de cabelo agora jaz no ralo.
Enquanto isto já o Visconde Miguel está a limpar as compras todas com álcool, antes de as guardar nos respectivos sítios, passo pelo covil do miúdo e digo olá obtenho como resposta "já tomaste banho?" isto é de revirar os olhos até ao coxis mais perto, neste caso o meu....
As reuniões de trabalho são outra aventura, ora a vista é para um quadro ou para a porta, acho vou desenhar um unicórnio cheio de purpurinas na porta na próxima, que isto tem de ser animado...
Isto é só uma pontinha do véu do DC, vulgo Depois do Covid
Aguardo loucamente pelo dia de soltura, acho que vai ser uma algo surreal, estou capaz de dizer que era miúda para subir ao topo do Marques de Pombal e limpar-lhe as narinas ... Mas acho que vou simplesmente molhar os pés no mar e comer leitão A Tocha.
quarta-feira, 1 de abril de 2020
O pecado da gula , está trancado na minha dispensa em isolamento forçado
Isto de estar em isolamento social, em plena época de quaresma, está a tornar-se uma tarefa inglória, uma verdadeira luta de titãs, em que neste momento a renúncia quaresmal está a levar uma verdadeira coça e não vejo forma de isto abrandar.
Ora os ensinamentos dizem que que existem 7 pecados, aos quais nunca, jamais em tempo algum te deves aproximar :
Soberba ❌
Luxuria❌
Ira❌
Inveja❌
Preguiça❌
Avareza❌
Gula✅✅✅✅
Aqui confesso eu a Deus todo poderoso e a vós irmãos que eu pequei e por minha culpa, minha tão grande culpa... que usei e abusei do avental e toca de enfiar as mãos na massa...
Olhando a realidade de um confinamento forçado, o que temos nós? hum? Trabalho e um big brother diário. Ora, esmiuçando bem a situação em tempos ditos antigos e remotos, vulgo há um mês atrás, eu saía para trabalhar, o pequeno estafermo ia para o liceu e sim levava comida, que a criança é chique e detesta a comida da cantina, então toca de pôr a mãe a fazer comida caseira (não sei como se safa nos acampamentos dos escuteiros, acho que qualquer massa com atum sabe a bife wellington), óbvio que cozinhava, mas confesso que não era atacada por desejos. Nestes tempos estranhos em que se confunde o pequeno escritório montado na sala, com as conference calls nas cozinhas, tendo como companhia os tachos, porque tenho um a ter video-conferencias, outro na tele escola, perco o olhar pelas prateleiras e rapidamente estou com um olho nos ingredientes e outro nos processos, muito me espanta como é que no meio de uma questão eu ainda não soltei um " ah porra são 4 ovos e 100 de açúcar", não percam fé minha gente, isto com tempo chega lá e aí sim será o meu fim...
Com o aproximar da Páscoa a coisa tende a ficar estranha, este ano não vamos a Espanha com os pagões, alcunha carinhosa dos meus amigos, não vamos ter o cabrito na mesa, o folar, o ninho de ovos, a mesa cheia de família à volta, este ano não vai haver via sacra nas ruas, mas antevejo uma via sacra dura em termos de dieta e colesterol aqui deste corpinho.
Vai dai, resolvi dar largas à imaginação e fazer uma Crumble de maçã, ficou em falta a bola de gelado de nata em tempos de covid, não se pode ter tudo, mas o sabor estava lá e caramba, quase que verti uma lágrima.
Não contente com isto, estava com uma vontade de comer favas, isto chega a primavera e as favas é já uma tradição, ficou a faltar a carne de porco mas todo sabor estava nas bichas, rjinhas como gosto, a farinheira era horrível, como digo o sabor estava lá e sem poder ir ao meu talho tive que me contentar com o que tinha à mão, aposto que a Milocas do meu coração onde quer que esteja esboçou um sorriso.
Ora, como podem ver é toda uma renuncia quaresmal que vai por agua abaixo em direcção ao rio Tejo mesmo aqui à porta, acho que isto nem indo de joelhos até Santiago Compostela me safa.... melhores dias virão e Deus, nosso senhor, vai ter de me fazer uma moratória.
Entretanto, a minha casa de banho também não ajuda, já não basta uma pessoa ter de atender o telefone na dita, tenho a minha a cheirar a croissant frescos várias horas por dia, nada como ter uma pastelaria com fabrico próprio mesmo à minha beira, é todo um exercício matinal a tentar adivinhar de é brioche ou francês, isto consome-me.
Não feliz com esta parafernália de gordices, aqui a vossa amiga resolveu dar tudo nos Petit Gateau do demónio, é realmente um doce que gosto muito, aquele piqueno bolo de chocolate, em que ao tocar suavemente se vai abrindo para nós, como se de um sorriso se tratasse e escorre aquele chocolate por cima do morango estrategicamente colocado no prato. Não, meus amores, não estou a descrever nenhuma cena de um filme erótico, se bem que a sensação de cada colher é basicamente orgásmica.
Como podem ver se isto não é património da UNESCO, então andam todos errados, todo este bolinho transborda elegância e charme. Juro que senti umas piquenas borboletas no meu estômago, quando estes meninos saíram do forno, assim tão lindinhos, prontos a serem comidos. Foram feitos de raiz, e foi a primeira vez que os fiz e como saíram tão bem, isto sim é dar tudo em ganhar uma ancas de luxo e recuperar as minhas bochechas, entretanto perdidas no meio de alguma limpeza diária.
Das duas uma, o filho da mãe do corona vai à vidinha dele, lá nos quintos dos infernos ou eu termino este isolamento pronta par abrir a"Chéz kiki, doces e afins"
Perante toda esta descrição de pandemónio em forma de gula, tranquei o próprio do pecado na dispensa numa quarentena, forçada que vai ter mais dias que a própria quaresma.
Ora os ensinamentos dizem que que existem 7 pecados, aos quais nunca, jamais em tempo algum te deves aproximar :
Soberba ❌
Luxuria❌
Ira❌
Inveja❌
Preguiça❌
Avareza❌
Gula✅✅✅✅
Aqui confesso eu a Deus todo poderoso e a vós irmãos que eu pequei e por minha culpa, minha tão grande culpa... que usei e abusei do avental e toca de enfiar as mãos na massa...
Olhando a realidade de um confinamento forçado, o que temos nós? hum? Trabalho e um big brother diário. Ora, esmiuçando bem a situação em tempos ditos antigos e remotos, vulgo há um mês atrás, eu saía para trabalhar, o pequeno estafermo ia para o liceu e sim levava comida, que a criança é chique e detesta a comida da cantina, então toca de pôr a mãe a fazer comida caseira (não sei como se safa nos acampamentos dos escuteiros, acho que qualquer massa com atum sabe a bife wellington), óbvio que cozinhava, mas confesso que não era atacada por desejos. Nestes tempos estranhos em que se confunde o pequeno escritório montado na sala, com as conference calls nas cozinhas, tendo como companhia os tachos, porque tenho um a ter video-conferencias, outro na tele escola, perco o olhar pelas prateleiras e rapidamente estou com um olho nos ingredientes e outro nos processos, muito me espanta como é que no meio de uma questão eu ainda não soltei um " ah porra são 4 ovos e 100 de açúcar", não percam fé minha gente, isto com tempo chega lá e aí sim será o meu fim...
Com o aproximar da Páscoa a coisa tende a ficar estranha, este ano não vamos a Espanha com os pagões, alcunha carinhosa dos meus amigos, não vamos ter o cabrito na mesa, o folar, o ninho de ovos, a mesa cheia de família à volta, este ano não vai haver via sacra nas ruas, mas antevejo uma via sacra dura em termos de dieta e colesterol aqui deste corpinho.
Vai dai, resolvi dar largas à imaginação e fazer uma Crumble de maçã, ficou em falta a bola de gelado de nata em tempos de covid, não se pode ter tudo, mas o sabor estava lá e caramba, quase que verti uma lágrima.
Não contente com isto, estava com uma vontade de comer favas, isto chega a primavera e as favas é já uma tradição, ficou a faltar a carne de porco mas todo sabor estava nas bichas, rjinhas como gosto, a farinheira era horrível, como digo o sabor estava lá e sem poder ir ao meu talho tive que me contentar com o que tinha à mão, aposto que a Milocas do meu coração onde quer que esteja esboçou um sorriso.
Ora, como podem ver é toda uma renuncia quaresmal que vai por agua abaixo em direcção ao rio Tejo mesmo aqui à porta, acho que isto nem indo de joelhos até Santiago Compostela me safa.... melhores dias virão e Deus, nosso senhor, vai ter de me fazer uma moratória.
Entretanto, a minha casa de banho também não ajuda, já não basta uma pessoa ter de atender o telefone na dita, tenho a minha a cheirar a croissant frescos várias horas por dia, nada como ter uma pastelaria com fabrico próprio mesmo à minha beira, é todo um exercício matinal a tentar adivinhar de é brioche ou francês, isto consome-me.
Não feliz com esta parafernália de gordices, aqui a vossa amiga resolveu dar tudo nos Petit Gateau do demónio, é realmente um doce que gosto muito, aquele piqueno bolo de chocolate, em que ao tocar suavemente se vai abrindo para nós, como se de um sorriso se tratasse e escorre aquele chocolate por cima do morango estrategicamente colocado no prato. Não, meus amores, não estou a descrever nenhuma cena de um filme erótico, se bem que a sensação de cada colher é basicamente orgásmica.
Como podem ver se isto não é património da UNESCO, então andam todos errados, todo este bolinho transborda elegância e charme. Juro que senti umas piquenas borboletas no meu estômago, quando estes meninos saíram do forno, assim tão lindinhos, prontos a serem comidos. Foram feitos de raiz, e foi a primeira vez que os fiz e como saíram tão bem, isto sim é dar tudo em ganhar uma ancas de luxo e recuperar as minhas bochechas, entretanto perdidas no meio de alguma limpeza diária.
Das duas uma, o filho da mãe do corona vai à vidinha dele, lá nos quintos dos infernos ou eu termino este isolamento pronta par abrir a"Chéz kiki, doces e afins"
Perante toda esta descrição de pandemónio em forma de gula, tranquei o próprio do pecado na dispensa numa quarentena, forçada que vai ter mais dias que a própria quaresma.
segunda-feira, 30 de março de 2020
Simplesmente café,que de simples nada tem
Entre um pensamento e outro ouço :
- ki queres café?
- Pode ser, simples- respondo eu
Ora café e simplicidade é coisa que não pode coexistir, ou não houvesse há muito uma verdadeira regionalização no que toca ao café, pedir um café nos dias de hoje requer toda uma ginástica linguista, uma perícia matemática.
Se não vejamos:
- Quero um café por favor, aqui arriscamos logo um olhar irado do manejador de maquinas de café.
- Simples? - como se houvesse outro.
- Curto? - como assim? a ideia é saborear e não molhar os lábios?
- Cheio? - cheio não é nada elegante, credo coisa mais horrenda.
- Com cheirinho?- para mim o único cheiro é o do grão de café, é coisa para me por a salivar qual cão de Pavlov.
- Pingado? - ora vamos lá ver, aqui já eu estou a hiperventilar, a única coisa que pinga são as gotas da chuva.
- Duplo? - oh amigo se você não serve rapidamente o meu café acho que nem o triplo o salva
- Chávena fria? - como assim fria?? é servir numa chávena, com colher (mania tem esta malta de não dar colher só porque não uso açúcar, irra eu gosto de mexer o café, tal como gosto de comer pastel de nata com colher, ou Petit Gâteau com morangos, de deixar o chocolate liquido inundar o fruto, ou um simples Crumble de maça com gelado de nata).
- Chávena escaldada? - pára tudo, chávena escalada?? oh gente do demónio, mas vocês gostam de queimar as beiças?
Só aqui dá para teremos um colapso e dizer "olhe esqueça lá isso e de-me só uma queijada de leite.
Mas não é tudo, temos os vários nomes para este liquido escuro, que sai do grão torrado:
Café, o verdadeiro.
Bica, não passa de um café lisboeta.
Cimbalino, todo este café vem envolvido em molho de francesinha e som dos sinos dos Clérigos.
Expresso, é aquele café que todo ele transborda de crónicas.
Americano, aquele café que vem directo do rodéo;
Capuccino, acompanho com leite e chantilly, uma desgraça nunca vem só, e um mama mia.
Árabe, café envolvido em especiarias, acho que nesta altura juntar erva não era mau pensado.
Machiato, café com chantilly por favor, chantilly é nos morangos.
Carioca, aquele café que vem com sabor a samba.
Ora se isto não é toda uma arte de mexer no manipulo, então não sei..
Café é café simples, é apanhar o grão, torrar o grão, moer o dito e voliá juntar água quente, nada mais simples.
Por isso é um café por favor
- Simples?
- Mauuuu.
- ki queres café?
- Pode ser, simples- respondo eu
Ora café e simplicidade é coisa que não pode coexistir, ou não houvesse há muito uma verdadeira regionalização no que toca ao café, pedir um café nos dias de hoje requer toda uma ginástica linguista, uma perícia matemática.
Se não vejamos:
- Quero um café por favor, aqui arriscamos logo um olhar irado do manejador de maquinas de café.
- Simples? - como se houvesse outro.
- Curto? - como assim? a ideia é saborear e não molhar os lábios?
- Cheio? - cheio não é nada elegante, credo coisa mais horrenda.
- Com cheirinho?- para mim o único cheiro é o do grão de café, é coisa para me por a salivar qual cão de Pavlov.
- Pingado? - ora vamos lá ver, aqui já eu estou a hiperventilar, a única coisa que pinga são as gotas da chuva.
- Duplo? - oh amigo se você não serve rapidamente o meu café acho que nem o triplo o salva
- Chávena fria? - como assim fria?? é servir numa chávena, com colher (mania tem esta malta de não dar colher só porque não uso açúcar, irra eu gosto de mexer o café, tal como gosto de comer pastel de nata com colher, ou Petit Gâteau com morangos, de deixar o chocolate liquido inundar o fruto, ou um simples Crumble de maça com gelado de nata).
- Chávena escaldada? - pára tudo, chávena escalada?? oh gente do demónio, mas vocês gostam de queimar as beiças?
Só aqui dá para teremos um colapso e dizer "olhe esqueça lá isso e de-me só uma queijada de leite.
Mas não é tudo, temos os vários nomes para este liquido escuro, que sai do grão torrado:
Café, o verdadeiro.
Bica, não passa de um café lisboeta.
Cimbalino, todo este café vem envolvido em molho de francesinha e som dos sinos dos Clérigos.
Expresso, é aquele café que todo ele transborda de crónicas.
Americano, aquele café que vem directo do rodéo;
Capuccino, acompanho com leite e chantilly, uma desgraça nunca vem só, e um mama mia.
Árabe, café envolvido em especiarias, acho que nesta altura juntar erva não era mau pensado.
Machiato, café com chantilly por favor, chantilly é nos morangos.
Carioca, aquele café que vem com sabor a samba.
Ora se isto não é toda uma arte de mexer no manipulo, então não sei..
Café é café simples, é apanhar o grão, torrar o grão, moer o dito e voliá juntar água quente, nada mais simples.
Por isso é um café por favor
- Simples?
- Mauuuu.
domingo, 29 de março de 2020
Aprendizagem
Nestes dias estranhos que passam a voar tenho, por um lado aprendido, por outro reforcei o que jamais vou abrir mão, venha covids , venha o papa, venha um meteoro, sim só falta mesmo cair um calhau do tamanho do oceano pacifico do céu.
Aprendi que consigo viver sem brincos, logo eu que me sentia nua sem eles.
Aprendi que consigo viver sem batom nos lábios, nunca saía de casa sem uma cor nestas beiças.
Aprendi que consigo viver sem correr, não esta a ser fácil mas a coisa dá-se.
Aprendi que entre fazer bacalhau à bras e sopa conseguimos atender uma meia dúzia de chamadas telefónicas e que os guardanapos são óptimos para anotar recados.
Aprendi que, afinal, o quarto não é assim tão pequeno e lá consegui montar um mini ginásio, e agora temos uma escala em Excel com horários de utilização que a coisa estava a ficar muito anárquica.
Aprendi que consigo viver com o café da maquina cá de casa, coitada nunca trabalhou tanto na vida tadinha já me deve estar a rogar pela pele
Descobri que o Miguel é um lunático com este bicho, que quase me levou a loucura nas ultimas semanas.
Descobri que prefiro ter a sala cheia de livros, calculadoras, a PS4 a bombar, do que uma sala sem a presença do selvagem, que deu em ermita e aprendeu aos 17 anos que o quarto não é só para dormir
Dei por mim a fazer mini croissant, bolinhos de chá para o lanche, até o pão tentei fazer (ficou um horror, mas em torrada safou-se).
Continuo despegada dos valores monetários, neste campo continuo igual a mim mesma, para mim a maior riqueza que podemos ter é a amizade, a bondade, a piada e alegria e o amor que damos aos outros, a maior riqueza é poder fazer alguém sorrir, sabendo que esse sorriso lhe vai iluminar o dia.
Aprendi que consigo viver sem saltos altos, em casa não dá jeito e para ir ali à mercearia também não vale a pena.
Descobri que os velhotes têm bicho carpinteiros nos pés, irra raio de pessoas que deviam ter juízo, mas alçam o rabo cedo da cama e lá andam todos as compras... ide pra casa criaturas.
Uma coisa é certa há coisas que jamais vou abdicar pois sem elas, deixo de ser eu.
Não abdico do meu sorriso, ou não fosse a minha imagem de marca.
Não abdico da minha alegria, sempre positiva (não ao vírus carai, mas na vida).
Não abdico do meu sol, é ele a minha fonte de energia, nos dia de hoje meto a cabeça de fora da janela.
Não abdico do meu mar, aquele som que tantas vezes me inspira, o poder chapinhar naquelas ondas.
Não abdico dos meus Amigos, porque os Amigos são a família do nosso coração, são os nossos braços, que nos pegam ao colo, são as nossas pernas que correm por nós, são o nosso coração.
Mas acima de tudo Não abdico da VIDA, só temos esta e temos de a viver com todo a alegria.
Aprendi que consigo viver sem brincos, logo eu que me sentia nua sem eles.
Aprendi que consigo viver sem batom nos lábios, nunca saía de casa sem uma cor nestas beiças.
Aprendi que consigo viver sem correr, não esta a ser fácil mas a coisa dá-se.
Aprendi que entre fazer bacalhau à bras e sopa conseguimos atender uma meia dúzia de chamadas telefónicas e que os guardanapos são óptimos para anotar recados.
Aprendi que, afinal, o quarto não é assim tão pequeno e lá consegui montar um mini ginásio, e agora temos uma escala em Excel com horários de utilização que a coisa estava a ficar muito anárquica.
Aprendi que consigo viver com o café da maquina cá de casa, coitada nunca trabalhou tanto na vida tadinha já me deve estar a rogar pela pele
Descobri que o Miguel é um lunático com este bicho, que quase me levou a loucura nas ultimas semanas.
Descobri que prefiro ter a sala cheia de livros, calculadoras, a PS4 a bombar, do que uma sala sem a presença do selvagem, que deu em ermita e aprendeu aos 17 anos que o quarto não é só para dormir
Dei por mim a fazer mini croissant, bolinhos de chá para o lanche, até o pão tentei fazer (ficou um horror, mas em torrada safou-se).
Continuo despegada dos valores monetários, neste campo continuo igual a mim mesma, para mim a maior riqueza que podemos ter é a amizade, a bondade, a piada e alegria e o amor que damos aos outros, a maior riqueza é poder fazer alguém sorrir, sabendo que esse sorriso lhe vai iluminar o dia.
Aprendi que consigo viver sem saltos altos, em casa não dá jeito e para ir ali à mercearia também não vale a pena.
Descobri que os velhotes têm bicho carpinteiros nos pés, irra raio de pessoas que deviam ter juízo, mas alçam o rabo cedo da cama e lá andam todos as compras... ide pra casa criaturas.
Uma coisa é certa há coisas que jamais vou abdicar pois sem elas, deixo de ser eu.
Não abdico do meu sorriso, ou não fosse a minha imagem de marca.
Não abdico da minha alegria, sempre positiva (não ao vírus carai, mas na vida).
Não abdico do meu sol, é ele a minha fonte de energia, nos dia de hoje meto a cabeça de fora da janela.
Não abdico do meu mar, aquele som que tantas vezes me inspira, o poder chapinhar naquelas ondas.
Não abdico dos meus Amigos, porque os Amigos são a família do nosso coração, são os nossos braços, que nos pegam ao colo, são as nossas pernas que correm por nós, são o nosso coração.
Mas acima de tudo Não abdico da VIDA, só temos esta e temos de a viver com todo a alegria.
sábado, 28 de março de 2020
Ainda não mitiguei o sábado
E chegamos a mais um sábado confinados a estas assoalhadas, abençoado corredor grande, sempre dá para corrida de berlindes.
E já vamos em dois fim de semana, nesta azafama louca.
O miúdo refugiado no quarto, qual ermita das montanhas dos Himalaias, lá sai para o banho diário (também era o que mais faltava) e para comer, não dou mais uma semana que não tente cultivar uma horta no quarto entre um ou outro lego. aposto que arranja espaço.
Hoje não houve uma corrida de manhã, não houve passeio de bicicleta, hoje não vi o nascer do sol junto ao rio, porque alguém não partiu para o acampamento dos escuteiros, não deixa de ser sábado por isso e como disse o meu selvagem "Fogo, estou de ferias, finalmente vou poder ficar em casa o dia todo, sem fazer nada" (soltámos todos uma gargalhada), haja humor e este tem para dar e vender, e remata "ganhámos o tribola, por falta de comparência das outras equipas"(torneio escolar que acontece no fim de cada período lectivo Tri de três bola, de isso mesmo bola, Futebol, voleibol basquetebol) aqui confesso rebolei a rir. E uma vez que é sábado levantei-me e fui as compras, mentiraaa, estava a reinar com vocês par vos ver a hiperventilar, fui mesmo dar tudo no chão com uma Tabata do demónio e fazer levantamento de pesos, que isto de estar em casa é passageiro e vai que Dezembro está ai a porta, e uma pessoa tem de estar fit para carregar as rabanadas.
E já que falamos em rabanadas, falamos de tradição, e já sabemos a tradição ainda é o que era, hoje fiz feijoada, afinal é sábado e a hora ainda não mudou por isso, há que manter as rotinas.
Entretanto dei conta que os scones desapareceram e que o miúdo deu em comer tostas mistas a miude... Está em crescimento dizem vocês, respondo eu se não se põem a pau para os lados.
Eis que assim do nada, em conversas alheias leio "Épha estas muito branca" branca?? branca?? porra estou fechada em casa desde o dia 16, querem o quê?? que esteja com um bronze brilhante e sedoso e que ande pela casa em bikini??, aproveito para estender a minha toalha e ligo a luz é coisa para dar uma cor nestas pernas, tende juízo e não me descrevam o oceano quando eu me estou afogar carai.
Outra coisa muito importante, como sabem nestes tempos estranhos de confinamento, as prioridades ficam subvalorizadas, quem é que foi o desgraçado que inventou o champô de mentol e coise?? um pau pelo lombo era pouco, vai que a pessoa estava distraída e não deu conta, toda feliz usou do liquido verde e após duas esfregas, saiu todo o vernáculo que tinha acumulado dentro de mim, parecia que todo meu meu coro cabeludo explodia qual mistura de mentos com coca cola, juro que ouvi o meu cérebro a guinchar "à Catarinaaaaa sua cabra".... Mas quem foi a alminha que teve essa ideia peregrina? vamos lá ver uma coisa mentol , é nos after-eight, vá na loucura nas pastilhas, tudo o resto é andarem a navegar na maionese.
Se sobrevivi a isto, áaa porra se não sobrevivo a uns meses confinada a estas quatro paredes, por isso não digam que a vida é chata, há todo um novo mundo para descobrir nas vossas casas, querem animação? experimentem usar esse champô do demónio debaixo das axilas e depois falamos.
E programa para esta noite? aqui temos um programão vai ser ouvir telemúsica, cantada e animada por teleamigos, (da-lhe Vítor Hugo) sempre rodeados de telecopos, carregadinhos em televinho, estamos a dar tudo para alegria sempre em alta.
quinta-feira, 26 de março de 2020
Saudades versus apetites
Isto de estar em casa, está a ser uma loucura para o blogue, todos os dias com este deditos a teclar, o pc até esta maluco...
Hoje andei nostálgica, com saudades e deu para pensar um pouco entre uma ida à cozinha, outra ao wc, lá ia soltando uns pensamentos.
Aquela falta de apanhar sol na fronha, aquela saudade de estar sentada numa esplanada, aquela saudade dos meus amigos, nas nossas gargalhadas parvas, aqueles jantares em que falamos de tudo e de nada.
Sempre soube o quanto a amizade é importante, o quanto aquela belinha na testa ou o calduço fazem falta, o simples facto de dizer "anda lá meu panasca eu pago o café, já vais embora" sem pensar em mais nada, sem pensar que amanhã estamos confinados às 4 paredes de uma casa.
Aquele abraço, aquele beijinho, aquela palmada no rabo...
Saudades daquele dia na praia, o nosso macho latino a espalhar charme pelas areias da comporta, hoje sorrio ao recordar como adormeci naquela tarde na areia enquanto os outros gordos comiam bolas de Berlim e nem uma compraram para Mim, porque eu estava a dormir.. GORDOSSSS (fiquei bem lixada com o Miguel).
Hoje em dia o que temos? saudades, muitas saudades, durante a semana estamos entretidos com o trabalho, mas o fim de semana chega e com ele a nostalgia, as lembranças o querer voltar à vida antiga, (sim, eu sei, nada vai voltar a ser o que era, não me agastem).
Temos aquelas apps tipo House PARTY, é o que nos resta, falar via video, sentirmos que estamos mais perto, rimos falamos da economia... Fonix o mundo está a viver uma pandemia, estamos confinamos a casa e nós continuamos a falar de assuntos sérios, somos mesmo estranhos.
Com as saudades vêm os apetites.. uii e que apetites, aquela vontade de ver o mar, eu vou chorar quando puder ver o mar, quando voltar a mergulhar este corpinho na água salgada, sou gaja para fazer croquetes destas pernas só para voltar água (eu detesto excesso de areia no meu corpo ou na toalha, acho que depois disto nunca mais vou reclamar).
E hoje resolvi fazer favas, o que adoro favas, e já tinha tanta vontade de comer e assim que me levantei, antes de ir para o trabalho, isto é escritório improvisado, fui dar conta das chouriças e da farinheira e colocar a cozer, assim quando chegou a hora de confeccionar a coisa já tinha metade tratado. A minha avó fazia umas favas de comer e chorar por mais, hoje dei-me conta que tinha os olhos sumidos de saudades, merda para as alergias deixam os olhos assim. Bem, ficou tão bom mas tão bomm, que a Milocas onde quer que esteja sorriu e disse boa miúda.
Resolvi partilhar o meu feito na rede do meu coração, o demónio, as intervenções foram imensas, tudo inveja, não podem ver uma roupinha chique numa pessoa, que nos chamam logo todos os nomes cabeludos ahahah, lidem, fui uma bestinha fofinha, nunca pensei que fosse tão fundo do coração daqueles meninos o Ben-ur coitado espumou, acontece é ter de lidar, depois penso na forma de compensar ou não, depende muito das morcelas de arroz...
Depois de tudo olho para o kiko, o melhor de nós, sempre alegre, o que me faz rir, e também me enerva, desafia, leva ao limite, porque é independente, inteligente e provocador. Parvo, tantas vezes me leva à loucura, vontade de soltar logo um tabefe nas ventas, porra já são 17 anos e nenhuma gargalhada mais regeneradora e mais reconfortante que a dele.
Hoje sentei-me sozinha, as lágrimas caíram e pensei nada vai voltar a ser como antes, será que vamos perder o medo de tocar de abraçar? Será que posso sonhar com a minha praia e enfardar bolas de Berlim à bruta até lambuzar os dedos?
Esta porra deste bicho está a fazer de mim uma pessoa sensível, com as emoções a flor da pele... não me agrada, gosto de ser bruta.
Bem vou purificar-me da rede do demónio, ver qual é a indignação de hoje... além das minhas favas obviamente.
Vamos ficar todos bem, nem que seja em Dezembro, vá não há praia em Dezembro é um facto , mas há natal, nem tudo é mau.
Hoje andei nostálgica, com saudades e deu para pensar um pouco entre uma ida à cozinha, outra ao wc, lá ia soltando uns pensamentos.
Aquela falta de apanhar sol na fronha, aquela saudade de estar sentada numa esplanada, aquela saudade dos meus amigos, nas nossas gargalhadas parvas, aqueles jantares em que falamos de tudo e de nada.
Sempre soube o quanto a amizade é importante, o quanto aquela belinha na testa ou o calduço fazem falta, o simples facto de dizer "anda lá meu panasca eu pago o café, já vais embora" sem pensar em mais nada, sem pensar que amanhã estamos confinados às 4 paredes de uma casa.
Aquele abraço, aquele beijinho, aquela palmada no rabo...
Saudades daquele dia na praia, o nosso macho latino a espalhar charme pelas areias da comporta, hoje sorrio ao recordar como adormeci naquela tarde na areia enquanto os outros gordos comiam bolas de Berlim e nem uma compraram para Mim, porque eu estava a dormir.. GORDOSSSS (fiquei bem lixada com o Miguel).
Hoje em dia o que temos? saudades, muitas saudades, durante a semana estamos entretidos com o trabalho, mas o fim de semana chega e com ele a nostalgia, as lembranças o querer voltar à vida antiga, (sim, eu sei, nada vai voltar a ser o que era, não me agastem).
Temos aquelas apps tipo House PARTY, é o que nos resta, falar via video, sentirmos que estamos mais perto, rimos falamos da economia... Fonix o mundo está a viver uma pandemia, estamos confinamos a casa e nós continuamos a falar de assuntos sérios, somos mesmo estranhos.
Com as saudades vêm os apetites.. uii e que apetites, aquela vontade de ver o mar, eu vou chorar quando puder ver o mar, quando voltar a mergulhar este corpinho na água salgada, sou gaja para fazer croquetes destas pernas só para voltar água (eu detesto excesso de areia no meu corpo ou na toalha, acho que depois disto nunca mais vou reclamar).
E hoje resolvi fazer favas, o que adoro favas, e já tinha tanta vontade de comer e assim que me levantei, antes de ir para o trabalho, isto é escritório improvisado, fui dar conta das chouriças e da farinheira e colocar a cozer, assim quando chegou a hora de confeccionar a coisa já tinha metade tratado. A minha avó fazia umas favas de comer e chorar por mais, hoje dei-me conta que tinha os olhos sumidos de saudades, merda para as alergias deixam os olhos assim. Bem, ficou tão bom mas tão bomm, que a Milocas onde quer que esteja sorriu e disse boa miúda.
Resolvi partilhar o meu feito na rede do meu coração, o demónio, as intervenções foram imensas, tudo inveja, não podem ver uma roupinha chique numa pessoa, que nos chamam logo todos os nomes cabeludos ahahah, lidem, fui uma bestinha fofinha, nunca pensei que fosse tão fundo do coração daqueles meninos o Ben-ur coitado espumou, acontece é ter de lidar, depois penso na forma de compensar ou não, depende muito das morcelas de arroz...
Depois de tudo olho para o kiko, o melhor de nós, sempre alegre, o que me faz rir, e também me enerva, desafia, leva ao limite, porque é independente, inteligente e provocador. Parvo, tantas vezes me leva à loucura, vontade de soltar logo um tabefe nas ventas, porra já são 17 anos e nenhuma gargalhada mais regeneradora e mais reconfortante que a dele.
Hoje sentei-me sozinha, as lágrimas caíram e pensei nada vai voltar a ser como antes, será que vamos perder o medo de tocar de abraçar? Será que posso sonhar com a minha praia e enfardar bolas de Berlim à bruta até lambuzar os dedos?
Esta porra deste bicho está a fazer de mim uma pessoa sensível, com as emoções a flor da pele... não me agrada, gosto de ser bruta.
Bem vou purificar-me da rede do demónio, ver qual é a indignação de hoje... além das minhas favas obviamente.
Vamos ficar todos bem, nem que seja em Dezembro, vá não há praia em Dezembro é um facto , mas há natal, nem tudo é mau.
quarta-feira, 25 de março de 2020
Diga não ao pijama enquanto não acaba tudo nu
Mais uma semana em isolamento, mais uns dias confinados às nossas casas, ainda não entrámos em ruptura(ainda bebes), mas caminhamos a passamos largos, uma coisa vos digo vai tudo acabar a bater palmas nu nas janelas..
Começamos pelo inicio, na rede do demónio, entre muitas conversas, umas melhores que outras, surge do nada o #diganãoaopijama, não é mais que tentar manter a rotina diária, ora se em época normal vamos todos lindos, (vá, eu sei estou a exagerar mas não me crucifiquem já, ando sensível e estou fechada em casa e apetece dar miminho a todos) para o trabalho, porque não fazer o mesmo só porque saltas da cama para o sofá?? por isso é vestir uma roupinha toda janota, ela é uma saia, um vestido, porque não um calção e saltar para o sofá, varanda, wc, jardim, (calma gente vocês estão impossíveis, existem casas com jardim, ok)onde quer que tenham o vosso portátil para trabalhar.
Parece fácil? Não é, isto significa agarrar o controle desta vida estranha e no meio desta loucura é fácil mandar tudo ás urtigas e andar de collants e top pela casa a cantar "A garagem da Vizinha", ou uma piquena adaptação (sim Piquena com i, nasci na Av Roma, vivi em Alvalade dizemos Piquena) como: "Ponho o Covid, Tiro o Covid á hora que eu quiser, que varanda apertadinha, que doçura de genoma, Tiro cedo e ponho à noite, e às vezes à tardinha, Estava até tomar o café na salinha ou na cozinha" porraaaa isto é arte meus queridos arte...
Para tal temos de saltar da cama, duche é fundamental água e sabão, depois um creme e de seguida uma roupa, e assim estamos prontos para enfrentar mais um dia duro entre a sala onde limpamos o pó pela milésima vez, e os e-mails que respondemos, lembrem-se rotinas.
Aqui posso dizer que assim que ouvi a frase vou ter uma reunião on-line, disse:
- é bom que vista um fato OUVISTE
ah pois é minhas criaturas, aqui não se brinca em serviço, pois a demência já esta atingir níveis preocupantes e, se este gajo de 1.80 barbudo me aparece de fato treino, a violência domestica passa a ter todo um novo significado.
Tudo isto porquê? Porque acreditem todos vamos acabar loucos, uns mais que outros e vai chegar o dia em que vamos estar todos nus à janela as 22 h a bater palmas, ou pior a dançar a macarena todos nus na varanda antes do almoço. Aqui a questão não é se vai acontecer, mas sim Quando vai acontecer, porque acreditem VAI ACONTECER e aqui é achatar a curva da demência, tal como achatamos a curva do covid, diluir do tempo a nossa nudez, agora pela vossa saudinha, quer dizer mais pela nossa, façam isso á noite, ok sem luzes ligadas, pensem que temos de poupar na electricidade ok?
Porque?? é pá porque simplesmente já basta estar fechada, e tudo o que eu não preciso é ver as vossas miudezas...👀
Quando tudo isto passar vamos esquecer muita coisa, mas se tivermos o azar de ver os vossos pendiricalhos já mais iremos ficar com uma mente sã.
No meio disto tudo fica o desafio que já é um ritual todos os dias na rede do demónio, somos umas miúdas giras, uns rapazes engraçados que heroicamente levantamos a moral aos mais cépticos.
No final disto vou beber um café com aquelas meninas lindas e bem dispostas.
Quando matar o bicho vou comer leitão com os 4 mosqueteiros, e mais uma meninas lindas, confesso que vou temer pelo leitão e pelo próprio restaurante, mas safoda, vai ser um dia de festa vamos celebrar a vida comendo um animal bebé com uma laranja na boca, nós somos perversos.
Por isso filhinhos esqueçam o Covid , e digam não ao pijama enquanto estão minimamente saudáveis da mona, porque vamos todos acabar nus na varanda.
Keep Safe at home
Começamos pelo inicio, na rede do demónio, entre muitas conversas, umas melhores que outras, surge do nada o #diganãoaopijama, não é mais que tentar manter a rotina diária, ora se em época normal vamos todos lindos, (vá, eu sei estou a exagerar mas não me crucifiquem já, ando sensível e estou fechada em casa e apetece dar miminho a todos) para o trabalho, porque não fazer o mesmo só porque saltas da cama para o sofá?? por isso é vestir uma roupinha toda janota, ela é uma saia, um vestido, porque não um calção e saltar para o sofá, varanda, wc, jardim, (calma gente vocês estão impossíveis, existem casas com jardim, ok)onde quer que tenham o vosso portátil para trabalhar.
Parece fácil? Não é, isto significa agarrar o controle desta vida estranha e no meio desta loucura é fácil mandar tudo ás urtigas e andar de collants e top pela casa a cantar "A garagem da Vizinha", ou uma piquena adaptação (sim Piquena com i, nasci na Av Roma, vivi em Alvalade dizemos Piquena) como: "Ponho o Covid, Tiro o Covid á hora que eu quiser, que varanda apertadinha, que doçura de genoma, Tiro cedo e ponho à noite, e às vezes à tardinha, Estava até tomar o café na salinha ou na cozinha" porraaaa isto é arte meus queridos arte...
Para tal temos de saltar da cama, duche é fundamental água e sabão, depois um creme e de seguida uma roupa, e assim estamos prontos para enfrentar mais um dia duro entre a sala onde limpamos o pó pela milésima vez, e os e-mails que respondemos, lembrem-se rotinas.
Aqui posso dizer que assim que ouvi a frase vou ter uma reunião on-line, disse:
- é bom que vista um fato OUVISTE
ah pois é minhas criaturas, aqui não se brinca em serviço, pois a demência já esta atingir níveis preocupantes e, se este gajo de 1.80 barbudo me aparece de fato treino, a violência domestica passa a ter todo um novo significado.
Tudo isto porquê? Porque acreditem todos vamos acabar loucos, uns mais que outros e vai chegar o dia em que vamos estar todos nus à janela as 22 h a bater palmas, ou pior a dançar a macarena todos nus na varanda antes do almoço. Aqui a questão não é se vai acontecer, mas sim Quando vai acontecer, porque acreditem VAI ACONTECER e aqui é achatar a curva da demência, tal como achatamos a curva do covid, diluir do tempo a nossa nudez, agora pela vossa saudinha, quer dizer mais pela nossa, façam isso á noite, ok sem luzes ligadas, pensem que temos de poupar na electricidade ok?
Porque?? é pá porque simplesmente já basta estar fechada, e tudo o que eu não preciso é ver as vossas miudezas...👀
Quando tudo isto passar vamos esquecer muita coisa, mas se tivermos o azar de ver os vossos pendiricalhos já mais iremos ficar com uma mente sã.
No meio disto tudo fica o desafio que já é um ritual todos os dias na rede do demónio, somos umas miúdas giras, uns rapazes engraçados que heroicamente levantamos a moral aos mais cépticos.
No final disto vou beber um café com aquelas meninas lindas e bem dispostas.
Quando matar o bicho vou comer leitão com os 4 mosqueteiros, e mais uma meninas lindas, confesso que vou temer pelo leitão e pelo próprio restaurante, mas safoda, vai ser um dia de festa vamos celebrar a vida comendo um animal bebé com uma laranja na boca, nós somos perversos.
Por isso filhinhos esqueçam o Covid , e digam não ao pijama enquanto estão minimamente saudáveis da mona, porque vamos todos acabar nus na varanda.
Keep Safe at home
segunda-feira, 23 de março de 2020
As (des)Vantagens do Isolamento social
Dias depois de ter sido declarado o estado de emergência, onde muitos de nós já nos encontramos, confinados às nossas habitações em modo tele trabalho, tele cozinha, tele limpeza, tele filhos, tele tudo...
Quantos de nós já olharam com amor para as janelas dos vossos apartamentos? Calma não é (ainda) para se atirarem dela abaixo, mas sim porque viram uma dedada... nessa altura os vossos cabelos até se encaracolaram de nerves, horas a limpar os raios dos vidros e agora uma dedada?! QUEM FOI O DESGRAÇADO?
A demência, meus caros, vai chegar mais depressa do que julgamos, eu olho para as minhas divisões todas arrumadinhas e penso eu vou matar o próprio do COVID.
E para os que diziam "vamos ter mais tempo livre para ler, ver filmes.." só vos digo, com todo o devido respeito que me merecem, ide, mas ide bem rápido.
Tempo para ler? Vontade de rir, aqui a criatura levanta o rabo cedo, vai para o duche, veste uma roupinha, sim nesta casa está totalmente proibido o uso do pijama, porra isolados já é mau o suficiente (#diznãoaopijama), penteio estes longos cabelos que já gritam por um cabeleireiro, mas vão ter de aguentar forte e feio, que eu também não vou para a esplanada beber café, toma o pequeno almoço e começa a trabalhar. Ele é e-mail, ele é telefones a tocar, ele é videoconferencias, até à hora do almoço é toda uma alucinação. Vou fazer o almoço, enquanto como ainda tenho tempo para atender chamadas de trabalho, bebo café e volto a sentar-me no escritório. Só aqui vejam a quantidade de exercício em prol de uma barriguinha sexy sentada no escritório, a seguir sentada à mesa, depois sento-me na varanda a beber café e volto a sentar-me no escritório, se isto não é dar tudo no glúteo, então não sei.
Após mais uma tarde de trabalho, que devia terminar numa situação normal as 18h vá 18.30, em época pandémica está a terminar as 19h00 ou 19.30. Vou fazer exercício físico, sim não posso sair para correr, estou a dar em louca, mas corro no meu quarto, faço abominais, flexões, até padel eu já joguei no corredor (RIP jarra), vá não me julguem ,uma pessoa tem de manter a hastgag #Atéaoverãoficoboazona.
Depois é jantar e começar a ronda de encontros sociais, ora das redes sociais, a minha preferida é a rede do demónio, há por lá gente por quem nutro um carinho especial. Nesta altura acabamos por nos ajudar uns aos outros com piadas parvas, e combinamos almoços de leitão. O bom desta coisa do Covid (se é que existe algo de bom nesta merda) é que acabamos por encontrar outras formas de estar com os amigos e durante a noite lá saem conversas online onde vemos a fronhas uns dos outros,ou de pijama, ou de fato de treino, outros a comer, outros a beber (sem duvida os meus preferidos) ele é falar de tudo e de nada, é jogar aos países online, fazer desenhos para os outros adivinharem, enfim... só ontem estive metida em 5 grupos diferentes, uma canseira vocês sabem lá...
A somar a isto tudo ainda há o pequeno selvagem enfiado no seu covil, vulgo quarto, onde estuda, fala com os professores que lhes ligam, a directora de turma liga todos os dia para saber como estão, ou a falar com os colegas até as 2 da manhã, é uma rotina totalmente diferente, deixou de ir ao remo, mas faz todos os dias 40km na bicicleta estática, diz que tem de se manter activo.
Depois temos o Miguel, igualmente em casa igualmente a trabalhar, e quando lhe digo um pouco triste e irritada a minha pele esta a precisar de apanhar ar e sol responde a sorrir "mete a cabeça de fora da janela", se isto não é motivo para eu enfiar já os papeis para o divórcio, não sei não....
Eu que queria tanto um cão e que já convenci estes dois, aparece este magano do Covid, para me atrasar a coisa, se tivesse o meu Britinho sempre podia ir passear, vou ter de esperar mais uma pouco.
Isto filhinhos, é um Big Brother da vida real, e ninguém nos disse como havemos de lidar com isto, mas uma coisa vos digo, eu descobri como se leva isto na boa... vinho meus amigos vinho, a minha garrafeira tem levado um desbaste que nem vos digo, e olhem que nós nem bebemos muito.. ou melhor ainda não bebemos, mas o isolamento vai continuar e o futuro só a Deus pertence...
Portanto quando me dizem Vamos todos ficar bem.
Eu respondo: E bêbados, e solteiros e dementes mas vivos.
Não é fácil, por algum motivo quando nascemos nos dão uma palmada no rabo e nós metem a chorar, fónix segundos de vida, mal respiramos, nem os olhos abrimos e já estamos num berreiro, porque levamos uma galheta no rabazoilo. Se isto não é um sinal que as coisa não são fáceis então andamos todos a dormir.
Por isso apesar de não ser fácil , temos de fazer com que seja menos doloroso.. e nada como o sorriso, os amigos, mesmo aqueles que vamos ganhado nas redes, são virtuais sim mas são de carne e osso e estão a passar o mesmo que nós e no fundo alguns já os consideramos nossos amigos.
Sorriam e já sabem:
Fiquem em casa!
Vamos todos ficar bem e bem bêbados.
Quantos de nós já olharam com amor para as janelas dos vossos apartamentos? Calma não é (ainda) para se atirarem dela abaixo, mas sim porque viram uma dedada... nessa altura os vossos cabelos até se encaracolaram de nerves, horas a limpar os raios dos vidros e agora uma dedada?! QUEM FOI O DESGRAÇADO?
A demência, meus caros, vai chegar mais depressa do que julgamos, eu olho para as minhas divisões todas arrumadinhas e penso eu vou matar o próprio do COVID.
E para os que diziam "vamos ter mais tempo livre para ler, ver filmes.." só vos digo, com todo o devido respeito que me merecem, ide, mas ide bem rápido.
Tempo para ler? Vontade de rir, aqui a criatura levanta o rabo cedo, vai para o duche, veste uma roupinha, sim nesta casa está totalmente proibido o uso do pijama, porra isolados já é mau o suficiente (#diznãoaopijama), penteio estes longos cabelos que já gritam por um cabeleireiro, mas vão ter de aguentar forte e feio, que eu também não vou para a esplanada beber café, toma o pequeno almoço e começa a trabalhar. Ele é e-mail, ele é telefones a tocar, ele é videoconferencias, até à hora do almoço é toda uma alucinação. Vou fazer o almoço, enquanto como ainda tenho tempo para atender chamadas de trabalho, bebo café e volto a sentar-me no escritório. Só aqui vejam a quantidade de exercício em prol de uma barriguinha sexy sentada no escritório, a seguir sentada à mesa, depois sento-me na varanda a beber café e volto a sentar-me no escritório, se isto não é dar tudo no glúteo, então não sei.
Após mais uma tarde de trabalho, que devia terminar numa situação normal as 18h vá 18.30, em época pandémica está a terminar as 19h00 ou 19.30. Vou fazer exercício físico, sim não posso sair para correr, estou a dar em louca, mas corro no meu quarto, faço abominais, flexões, até padel eu já joguei no corredor (RIP jarra), vá não me julguem ,uma pessoa tem de manter a hastgag #Atéaoverãoficoboazona.
Depois é jantar e começar a ronda de encontros sociais, ora das redes sociais, a minha preferida é a rede do demónio, há por lá gente por quem nutro um carinho especial. Nesta altura acabamos por nos ajudar uns aos outros com piadas parvas, e combinamos almoços de leitão. O bom desta coisa do Covid (se é que existe algo de bom nesta merda) é que acabamos por encontrar outras formas de estar com os amigos e durante a noite lá saem conversas online onde vemos a fronhas uns dos outros,ou de pijama, ou de fato de treino, outros a comer, outros a beber (sem duvida os meus preferidos) ele é falar de tudo e de nada, é jogar aos países online, fazer desenhos para os outros adivinharem, enfim... só ontem estive metida em 5 grupos diferentes, uma canseira vocês sabem lá...
A somar a isto tudo ainda há o pequeno selvagem enfiado no seu covil, vulgo quarto, onde estuda, fala com os professores que lhes ligam, a directora de turma liga todos os dia para saber como estão, ou a falar com os colegas até as 2 da manhã, é uma rotina totalmente diferente, deixou de ir ao remo, mas faz todos os dias 40km na bicicleta estática, diz que tem de se manter activo.
Depois temos o Miguel, igualmente em casa igualmente a trabalhar, e quando lhe digo um pouco triste e irritada a minha pele esta a precisar de apanhar ar e sol responde a sorrir "mete a cabeça de fora da janela", se isto não é motivo para eu enfiar já os papeis para o divórcio, não sei não....
Eu que queria tanto um cão e que já convenci estes dois, aparece este magano do Covid, para me atrasar a coisa, se tivesse o meu Britinho sempre podia ir passear, vou ter de esperar mais uma pouco.
Isto filhinhos, é um Big Brother da vida real, e ninguém nos disse como havemos de lidar com isto, mas uma coisa vos digo, eu descobri como se leva isto na boa... vinho meus amigos vinho, a minha garrafeira tem levado um desbaste que nem vos digo, e olhem que nós nem bebemos muito.. ou melhor ainda não bebemos, mas o isolamento vai continuar e o futuro só a Deus pertence...
Portanto quando me dizem Vamos todos ficar bem.
Eu respondo: E bêbados, e solteiros e dementes mas vivos.
Não é fácil, por algum motivo quando nascemos nos dão uma palmada no rabo e nós metem a chorar, fónix segundos de vida, mal respiramos, nem os olhos abrimos e já estamos num berreiro, porque levamos uma galheta no rabazoilo. Se isto não é um sinal que as coisa não são fáceis então andamos todos a dormir.
Por isso apesar de não ser fácil , temos de fazer com que seja menos doloroso.. e nada como o sorriso, os amigos, mesmo aqueles que vamos ganhado nas redes, são virtuais sim mas são de carne e osso e estão a passar o mesmo que nós e no fundo alguns já os consideramos nossos amigos.
Sorriam e já sabem:
Fiquem em casa!
Vamos todos ficar bem e bem bêbados.
segunda-feira, 16 de março de 2020
Eihs amanhã é já é segunda.. oh whait
Pois amanhã é segunda, por esta altura 25% da população tuga estava a hiperventilar, outros 25% estavam a chorar em conchinha no canto escuro da casa, um grupo de 25% estava a rogar pragas a tudo e por fim outros 25% da populaça estavam em stress pós-traumático da Segundite, uma doença que ataca todos os domigos a noite.
Esta noite é diferente para muitos de nós, grande parte vai estar isolamento social, putos em casa, maridos e mulheres em casa .. dasss isto tem tudo para fazer rebentar uma guerra apocalíptica
O Covid-19 chegou e, em pouco mais de 3 meses, lixou com F gigante a economia da Europa, e vai ser responsável por duas situações em Dezembro:
- O aumento da natalidade;
- O aumento da taxa de divórcios.
Ora vamos estar em casa fechados, longe do convivo social tão característico, o que vai ser de nós sem a ida ao café? Sem criticar a roupa do colega? Sem amaldiçoar os milhentos e-mails ?
A nossa espécie vai definhar sem a critica destrutiva tão nossa.
Vai dai lembrei-me de várias recomendações de sobrevivência:
1- isolamento sim , mas o banho é para tomar da mesma forma,
2- NUNCA andar em casa de pijama,
3- Tu que estás em teletrabalho faz a barba, maquilha-te, veste o teu vestido, as calças, arranja-te com brio, afinal vais trabalhar, a diferença é que a secretária é diferente...
4- Tira uma selfie do teu pequeno almoço e publica no facebook, os teus 10000 amigos precisam de saber que estas bem.
5- tirar uma foto e enviar via whatsapp para os colegas incentivar todos a fazer o mesmo, para poder falar mal do modelito, e assim ver quem esta de pijama.
6- Chegando ao almoço mais uma foto fofinha a sorrir publicada no instagram, porra estás em isolamento, não morto.
7- Não esquecer as redes socais, a malta necessita de estar informada e nada como as falsas noticias, as correntes de amor e ternura para animar o dia.
8- A hora do café da tarde, aquela pausa, como estás em casa podes aproveitar para pôr uma máquina de roupa a lavar, assim como assim ninguém esta a controlar a cena.
9- Ter atenção ás reuniões de videochamada, evita estares a fazer cocó.
10- Estás em teletrabalho e daqui a dois dias vais estar a chorar para voltares a correr para o escritório e acampar lá durante um mês.
Muito importante é definir áreas de combate, vulgo zonas de trabalho, a canalha vai andar aos pulos e pinotes, é giríssimo, ao fim de horas vai ser difícil resistir á tentação de os esganar, por isso nada como brincar com eles aos índios e cowboys, em que nós somos os cowboys e vamos fazer os índios prisioneiros, amarrando os diabretes e amordaçando, 2 horitas, assim deve dar para a vossa sanidade ficar normalizada.
Depois há que dividir o espaço com a cara metade, quem tem escritório é fácil, quem não tem é enviar o mais chato na varanda, o outro fica na sala, difícil vai ser não atirar o coração de ouro pela janela, ao fim do primeiro dia, mas vá #Tamojuntos...
Há que redefinir horários de utilização da casa de banho, não vá toda a gente se lembrar de ir à mesma hora, aqui quem tem mais que uma é um felizardo, é igual a ter muitos rolos de papel higiénico. Quem apenas tem uma, é extremamente proibido levar telemóvel, aquilo é uma sanita não uma mesa da esplanada do Café In...
No meio disto ainda há as mães /pais, todos sabemos como elas com a idade criam bichos carpinteiros e estão sempre de rabo alçado na rua, há sempre algo que falta comprar... é de levar uma pessoa à loucura com tanta teimosia, é usar a técnica do índio com a diferença que as trancamos em casa e a chaves fica do nosso bolso, simples.
Uma coisa é certa, não vai ser fácil, espero que se tenha abastecido de muito álcool para aguentar, não é o etílico carai, esse não se bebe, é mesmo vinho, gin, cerveja, medronho, run, tequila, medronho, Whisky, só assim vai ser fácil lidar com isto.
Se descobrirem coisas da vossa cara metade que desconheciam, tipo cor de cabelo, ou ah afinal o gajo tem barba e faz depilação, disfarcem, ok, assim fazem durar o vosso casamento mais uma semana.
Na realidade isto vai ser uma prova de fogo para todos por isso não sejam vitimas e tenham piedade de mim, que também estou no mesmo barco.
No final vamos sair a ganhar com isto, mais fortes e humildes (tenho essa esperança, que os estúpidos reduzam em massa), a humanidade vai ser dar mais importância ao que realmente é importante, a VIDA.
Por isso fiquem em casa e no facebook.
Na rede do demo tenho muito com que me distrair, com as indignações diárias, (além de ter também pessoas do melhor que há).
Para vencer o Bicho temos de estar unidos, mas cada um na sua casa, ok. No final podemos todos levantar a economia e ir aos cafés restaurantes, ir de férias, voltar ás viagens e assim ajudar a levantar a economia, que por esta altura está pela ruas da amargura.
Força por nós, por vocês, pelos nosso filhos que vão sair crianças mais unidas e serão adultos conscientes, acima de tudo pelos nossos pais e avós.
#FiquemEmCasa (crl)
Esta noite é diferente para muitos de nós, grande parte vai estar isolamento social, putos em casa, maridos e mulheres em casa .. dasss isto tem tudo para fazer rebentar uma guerra apocalíptica
O Covid-19 chegou e, em pouco mais de 3 meses, lixou com F gigante a economia da Europa, e vai ser responsável por duas situações em Dezembro:
- O aumento da natalidade;
- O aumento da taxa de divórcios.
Ora vamos estar em casa fechados, longe do convivo social tão característico, o que vai ser de nós sem a ida ao café? Sem criticar a roupa do colega? Sem amaldiçoar os milhentos e-mails ?
A nossa espécie vai definhar sem a critica destrutiva tão nossa.
Vai dai lembrei-me de várias recomendações de sobrevivência:
1- isolamento sim , mas o banho é para tomar da mesma forma,
2- NUNCA andar em casa de pijama,
3- Tu que estás em teletrabalho faz a barba, maquilha-te, veste o teu vestido, as calças, arranja-te com brio, afinal vais trabalhar, a diferença é que a secretária é diferente...
4- Tira uma selfie do teu pequeno almoço e publica no facebook, os teus 10000 amigos precisam de saber que estas bem.
5- tirar uma foto e enviar via whatsapp para os colegas incentivar todos a fazer o mesmo, para poder falar mal do modelito, e assim ver quem esta de pijama.
6- Chegando ao almoço mais uma foto fofinha a sorrir publicada no instagram, porra estás em isolamento, não morto.
7- Não esquecer as redes socais, a malta necessita de estar informada e nada como as falsas noticias, as correntes de amor e ternura para animar o dia.
8- A hora do café da tarde, aquela pausa, como estás em casa podes aproveitar para pôr uma máquina de roupa a lavar, assim como assim ninguém esta a controlar a cena.
9- Ter atenção ás reuniões de videochamada, evita estares a fazer cocó.
10- Estás em teletrabalho e daqui a dois dias vais estar a chorar para voltares a correr para o escritório e acampar lá durante um mês.
Muito importante é definir áreas de combate, vulgo zonas de trabalho, a canalha vai andar aos pulos e pinotes, é giríssimo, ao fim de horas vai ser difícil resistir á tentação de os esganar, por isso nada como brincar com eles aos índios e cowboys, em que nós somos os cowboys e vamos fazer os índios prisioneiros, amarrando os diabretes e amordaçando, 2 horitas, assim deve dar para a vossa sanidade ficar normalizada.
Depois há que dividir o espaço com a cara metade, quem tem escritório é fácil, quem não tem é enviar o mais chato na varanda, o outro fica na sala, difícil vai ser não atirar o coração de ouro pela janela, ao fim do primeiro dia, mas vá #Tamojuntos...
Há que redefinir horários de utilização da casa de banho, não vá toda a gente se lembrar de ir à mesma hora, aqui quem tem mais que uma é um felizardo, é igual a ter muitos rolos de papel higiénico. Quem apenas tem uma, é extremamente proibido levar telemóvel, aquilo é uma sanita não uma mesa da esplanada do Café In...
No meio disto ainda há as mães /pais, todos sabemos como elas com a idade criam bichos carpinteiros e estão sempre de rabo alçado na rua, há sempre algo que falta comprar... é de levar uma pessoa à loucura com tanta teimosia, é usar a técnica do índio com a diferença que as trancamos em casa e a chaves fica do nosso bolso, simples.
Uma coisa é certa, não vai ser fácil, espero que se tenha abastecido de muito álcool para aguentar, não é o etílico carai, esse não se bebe, é mesmo vinho, gin, cerveja, medronho, run, tequila, medronho, Whisky, só assim vai ser fácil lidar com isto.
Se descobrirem coisas da vossa cara metade que desconheciam, tipo cor de cabelo, ou ah afinal o gajo tem barba e faz depilação, disfarcem, ok, assim fazem durar o vosso casamento mais uma semana.
Na realidade isto vai ser uma prova de fogo para todos por isso não sejam vitimas e tenham piedade de mim, que também estou no mesmo barco.
No final vamos sair a ganhar com isto, mais fortes e humildes (tenho essa esperança, que os estúpidos reduzam em massa), a humanidade vai ser dar mais importância ao que realmente é importante, a VIDA.
Por isso fiquem em casa e no facebook.
Na rede do demo tenho muito com que me distrair, com as indignações diárias, (além de ter também pessoas do melhor que há).
Para vencer o Bicho temos de estar unidos, mas cada um na sua casa, ok. No final podemos todos levantar a economia e ir aos cafés restaurantes, ir de férias, voltar ás viagens e assim ajudar a levantar a economia, que por esta altura está pela ruas da amargura.
Força por nós, por vocês, pelos nosso filhos que vão sair crianças mais unidas e serão adultos conscientes, acima de tudo pelos nossos pais e avós.
#FiquemEmCasa (crl)
segunda-feira, 2 de março de 2020
Aleluia Aleluia ele chegou em dose dupla
O Coronavírus chegou aqui ao rectângulo ao fim de mais de 60 analises
negativas, dois deram positivo, as televisões rejubilaram de alegria, a
CMTV deu hurras ao vírus, enquanto teve orgasmos múltiplos à porta do
Hospital São João.
E o que fez o português? correu as farmácias? não e de nada adiantava, está tudo esgotado. Foi a correr ao hipermercado? não, mas pouco há-de faltar para o açambarcamento das grades de cerveja.
Desatou a inundar as redes sociais de piadas relacionadas com o coronavírus.
O que eu gosto deste nosso lado brejeiro, os meus grupos de WhatsApp estão ao rubro, sim senhor, orgulho neste meninos.
Contudo é nas redes que hoje isto tem estado imparável, ao nível dos Gifs, é todo um novo mundo que este corona nos abre.
Nós somos aqueles gajos que podemos estar ás portas da morte, mas antes do ultimo suspiro sai uma piada porca sobre o rabo da enfermeira, ou mesmo uma asneira cabeluda.
Agora, que finalmente o gajo chegou, parece que já o estou a ver a deambular pelas ruas do Porto à procura da melhor francesinha, ou por Alfama ou Madragoa à coca das casas de fados....
Agora, quem são os dois contemplados? Um é médico, pessoa sábia, ponderada, mas tuga e com espírito de tuga que, apesar de saber do foco da doença no norte da Itália, acha que é o sitio ideal para ir de férias, ah não, com os preços baixos é aproveitar e não há desconto que o tuga não aproveite. Depois volta todo feliz e em vez de ficar em casa, o que faz? Vai ás compras, vai trabalhar , agora digam lá se isto não é de ir encontro a um poste com as pernas abertas?
O outro um homem de 33 anos que foi em trabalho para Espanha, porra, é preciso ter azar, é enviado para Espanha para "alancar a mula" e como um azar nunca vem só pumbas, lá houve um desgraçado de um espanhol que lhe espirrou para cima, com tanta desgraceira só faltava o rapaz ser do Sporting.
(Espero que ambos recuperem grandes)
Aguardo agora a loucura e a histeria do fim do mundo.
E o que fez o português? correu as farmácias? não e de nada adiantava, está tudo esgotado. Foi a correr ao hipermercado? não, mas pouco há-de faltar para o açambarcamento das grades de cerveja.
Desatou a inundar as redes sociais de piadas relacionadas com o coronavírus.
O que eu gosto deste nosso lado brejeiro, os meus grupos de WhatsApp estão ao rubro, sim senhor, orgulho neste meninos.
Contudo é nas redes que hoje isto tem estado imparável, ao nível dos Gifs, é todo um novo mundo que este corona nos abre.
Nós somos aqueles gajos que podemos estar ás portas da morte, mas antes do ultimo suspiro sai uma piada porca sobre o rabo da enfermeira, ou mesmo uma asneira cabeluda.
Agora, que finalmente o gajo chegou, parece que já o estou a ver a deambular pelas ruas do Porto à procura da melhor francesinha, ou por Alfama ou Madragoa à coca das casas de fados....
Agora, quem são os dois contemplados? Um é médico, pessoa sábia, ponderada, mas tuga e com espírito de tuga que, apesar de saber do foco da doença no norte da Itália, acha que é o sitio ideal para ir de férias, ah não, com os preços baixos é aproveitar e não há desconto que o tuga não aproveite. Depois volta todo feliz e em vez de ficar em casa, o que faz? Vai ás compras, vai trabalhar , agora digam lá se isto não é de ir encontro a um poste com as pernas abertas?
O outro um homem de 33 anos que foi em trabalho para Espanha, porra, é preciso ter azar, é enviado para Espanha para "alancar a mula" e como um azar nunca vem só pumbas, lá houve um desgraçado de um espanhol que lhe espirrou para cima, com tanta desgraceira só faltava o rapaz ser do Sporting.
(Espero que ambos recuperem grandes)
Aguardo agora a loucura e a histeria do fim do mundo.
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