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domingo, 29 de março de 2020

Aprendizagem

Nestes dias estranhos que passam a voar tenho, por um lado aprendido, por outro reforcei o que jamais vou abrir mão, venha covids , venha o papa, venha um meteoro, sim só falta mesmo cair um calhau do tamanho do oceano pacifico do céu.
Aprendi que consigo viver sem brincos, logo eu que me sentia nua sem eles.
Aprendi que consigo viver sem batom nos lábios, nunca saía de casa sem uma cor nestas beiças.
Aprendi que consigo viver sem correr, não esta a ser fácil mas a coisa dá-se.
Aprendi que entre fazer bacalhau à bras e sopa conseguimos atender uma meia dúzia de chamadas telefónicas e que os guardanapos são óptimos para anotar recados.
Aprendi que, afinal, o quarto não é assim tão pequeno e lá consegui montar um mini ginásio, e agora temos uma escala em Excel com horários de utilização que a coisa estava a ficar muito anárquica.
Aprendi que consigo viver com o café da maquina cá de casa, coitada nunca trabalhou tanto na vida tadinha já me deve estar a rogar pela pele
Descobri que o Miguel é um lunático com este bicho, que quase me levou a loucura nas ultimas semanas.
Descobri que prefiro ter a sala cheia de livros, calculadoras, a PS4 a bombar, do que uma sala sem a presença do selvagem, que deu em ermita e aprendeu aos 17 anos que o quarto não é só para dormir
A imagem pode conter: comida e interioresDei por mim a fazer mini croissant, bolinhos de chá para o lanche, até o pão tentei fazer (ficou um horror, mas em torrada safou-se).
Continuo despegada dos valores monetários, neste campo continuo igual a mim mesma, para mim a maior riqueza que podemos ter é a amizade, a bondade, a piada e alegria e o amor que damos aos outros, a maior riqueza é poder fazer alguém sorrir, sabendo que esse sorriso lhe vai iluminar o dia.
Aprendi que consigo viver sem saltos altos, em casa não dá jeito e para ir ali à mercearia também não vale a pena.
Descobri que os velhotes têm bicho carpinteiros nos pés, irra raio de pessoas que deviam ter juízo, mas alçam o rabo cedo da cama e lá andam todos as compras... ide pra casa criaturas.
Uma coisa é certa há coisas que jamais vou abdicar pois sem elas, deixo de ser eu.
Não abdico do meu sorriso, ou não fosse a minha imagem de marca.
Não abdico da minha alegria, sempre positiva (não ao vírus carai, mas na vida).
Não abdico do meu sol, é ele a minha fonte de energia, nos dia de hoje meto a cabeça de fora da janela.
Não abdico do meu mar, aquele som que tantas vezes me inspira, o poder chapinhar naquelas ondas.
Não abdico dos meus Amigos, porque os Amigos são a família do nosso coração, são os nossos braços, que nos pegam ao colo, são as nossas pernas que correm por nós, são o nosso coração.
Mas acima de tudo Não abdico da VIDA, só temos esta e temos de a viver com todo a alegria.



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