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segunda-feira, 13 de abril de 2020

Cativei a Pascoa Deusmalibre se cativo o Agosto

E assim do nada já passou um mês, um mês de isolamento, um mês enfiada em casa em teletrabalho, um mês em que só falo com os amigos por video chamada, um mês em que só saio não para ver o padeiro, porque esse agora está cá em casa, mas para fazer compras rápidas e a tentar acertar em horas vazias, sempre a fintar o próprio do bicho e as pessoas no geral. No fundo foi um mês estranho, sem almoços de família.

Assim num mês festejei os 70 anos da minha mãe por video chamada, chorei o desaparecimento de uma pessoa muito querida por telefone, dei tudo na arte dos chegar ao verão Bem Boa, agarrada ao avental enfrentei o forno em modo de doçarias, dei por mim a comer tostas com Nutela à 1 da manhã enquanto vejo vídeos do demónio onde seres têm badalos maiores que os bois cobridores enviados em conversas nas redes com amigos (raios ta partam Ricky), descobri que afinal o homem até se ajeita na arte do pão e só não o vejo com um barrete de padeiro, porque aquela cabeça, minha nossa senhora nem o XXL , é muita sabedoria junta, dá nisto... 

E assim chegamos a Páscoa, aquela altura do folar doce, (o trasmontando com aquele sabor azeite, não me venham com folares de ovos e coises, isso é só para vos encher peles e pelo que tenho visto isso é coisa que nesta altura têm mais) bola de carne, cabrito assado a mesa cheia, os risos, as conversas cruzadas, os pais, nós portanto.. vá eu, a querer montar o modelos que saem nos ovos da kinder (sim gosto, não me julguem), a via sacra sacra pelas ruas, a própria vigília pascal...
Este ano Cativei a desgraçada da Páscoa, se o nosso Ronaldo das finanças pode cativar tudo e todos , raios se eu não posso cativar a Páscoa. E assim foi, almoço normal sem grades alaridos, houve risos, mas isso há sempre, comemos, bebemos, não houve ovinhos da Páscoa, nada, em 2021 logo se retoma esta festa, este ano não estava pelos ajustes.

Cativei a Pascoa e Pascoela, mas caramba não vou cativar o agosto, nem a praia, alguém que diga ao bicho para aparecer, pronto já brincou, nós já percebemos que tem de haver  mudanças radicais, mas com o verão não se pode brincar, aqui a pessoa necessita muito de vitamina D, de estar deitada tipo frango no espeto ao sol, ora roda para a direita ora roda para a esquerda, fazendo pequenos intervalos para ir dar um mergulho e voltar à vida estafada de estar deitada sobre a areia fina das nossas praias. É toda uma nação virada ao sol, onde a nossa costa de norte a sul necessitam no nosso carinho, do nosso amor, espalhado pela areia e pela água salgada.
Parece que já estou a ver, as nossas praias engalanadas de máscaras de todas as cores e feitios, ele é máscaras que vão até à testa, outras que só tapam os lábios, outras que vão até ao umbigo,
meus queridos a grande moda este verão não vão ser bikinis, mas sim as máscaras...
"Vanessa põe já a máscara nas trombas, antes que apanhes uma bofetada"
"Carminho, como ousa tirar a sua máscara?" ou o típico tugão "Uii fazia fácil essa máscara".
Enfim, vai ser um agosto fenomenal, estou apostar todas as fichas nele, vai ser toda uma loucura, toda uma nova forma de fazer praia, sim porque na arte de inovar, meus amores, não há como os portugueses, somos a arte do improviso.

Por isso oh Covid põem-te nas galinhas desgraçado, que o agosto não nos tiras ouviste ?

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