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quarta-feira, 23 de junho de 2021

Quando escrevemos a historia com os dedos dos pés

Desde que nascemos escrevemos o nosso nome da história e, de uma forma ou outra, acabamos por deixar um dedinho neste pedacinho de história do mundo.

Estamos a viver uma Pandemia, algo que não nos passava pela cabeça, bem na minha não passava de certeza, a única coisa que passa por estes piquenos neurónios é comida em forma de queijo, presunto, leitão e por aí fora... mas a verdade é que estamos metidos até a maçã de adão dentro disto. 

Se eu recuar uns bons anos, a minha avó também viveu algo do género, nasceu em 1908, na altura a gripe espanhola andava a dar cartas pela europa. O mundo gira e avança e passado um século, aqui estamos de novo envolvidos numa pandemia. Contudo há diferenças substanciais e desta vez a vacina surge um ano depois deste bicho ter sido visto algures a dançar num mercado de Whuan.

E muitos de nós já fazemos parte desta historia com pelo menos uma dose de 5 G no lombo, alguns já com as duas, o que significa que já teve direito ao chapelinho de alumínio, como diz o meu amigo Luis, mais conhecido com Rebeubeu. 

Estamos todos a viver um momento histórico que podia ser aproveitado para melhorar a forma como olhamos o outro, para unir o país mas não, apenas veio mostrar o fosso que existe nas pessoas, a falta de empatia.

A pandemia veio mostrar que debaixo do manto da invisibilidade, os lideres dos países que se dizem desenvolvidos sorriem e apertam mãos e entre dentes comentam a forma como vão foder os outros, porque aqui não interessa trabalhar para um bem comum, não, o importante é sob alçada de uma doença ver quem consegue trepar por cima do outro.

No entanto andam em reuniões e jantaradas a tratar dos passaportes verdes (aqui, em meu proveito, digo despachem lá isso que quero ir para a neve ainda este inverno).

Ficámos meses atrás de meses em casa, não festejámos aniversários de quem  gostamos, alguns perderam familiares, amigos, tudo isto não serviu para nada, meia dúzia de pategos não sabe desconfinar e vai de voltar a enviar o bicho nestas avenidas, parece que já o estou a ver a desfilar na Av da liberdade vestido de varina, este ano é ele o vencedor da marchas de Santo António.

Não contentes com isto há partidos políticos, que sob a capa que os poderes da Assembleia lhes confere, desafiam as leias da física e tentam demostrar como pessoas sem cérebro e espinha dorsal podem comer sardinha no pão, num arraial de caqui, obviamente nada contra a calça de caqui que amo, e fica lindamente num homem, tudo contra pessoas sem espinha dorsal.

No fundo estamos a escrever mais um capitulo da historia, que podia ser diferente mas só veio cavar mais o fosso entre as pessoas e mostrar que há algo muito errado em muitas gerações e não venham com a conversa do Mercúrio retrógrado, esse não sabe escrever... é a humanidade, mesmo, que está a escrever na pedra com um pena e sangue dos milhares que já partiram na esperança que algo fosse mudar.

Aqui vamos nós a caminho de uma nova vaga e não é de mar e areia, é mesmo de um monte de cocó

(Imagem retirada da Exame Autor: Andriy Onufriyenko 
| Crédito: Getty Images
Direitos de autor:© Andriy )





sábado, 5 de junho de 2021

Nem tudo é bom e maravilhoso façam atenção

Vamos por partes pessoas, nem tudo o que fica bem naquela vizinha bem jeitosa (que no fundo nem é porque pôs implantes nas mamas, usa aquela calça que puxa tudo para cima e esticou tanto aquela pele que a boca parece um porta contendores), ou aquele jeitoso do 6B tem de ficar bem em nós.

Cada um faz a sua moda, não temos de seguir estereótipos, podemos ter ideias, tirar uma coisa daqui outra dali e pumbas, com um batom rosa velho nas beiças estamos lindas e maravilhosas, mesmo que dentro de uma peça tamanho XL. Temos é de saber conjugar as coisas e não é difícil por Deus, basta olhar à nossa volta.

Rapaziada do sexo mais fraco, homens, esqueçam calças skinni ou slim fit, mesmo que sejam um pau de virar tripas, com aquele corpo de miúdos do Biafra, digam não. Essas calças não ficam bem a ninguém e quando digo ninguém é mesmo a ninguém. Parecem uns atrasados a andar na rua com as pernas arqueadas, mas o pior, jazusss o pior é eu estar sentada numa esplanada, mesmo a vários metros de distancia, devido ao bicho covi, olhar  e lá estão vocês enviados dentro dessas calças e a mostrar o rego do vosso rabo a quem passa, evitem pessoas ou então cera quente resolve rápido certos transtornos à nossa vista. De todo o modo a esse tipo de roupa é mesmo dizer não, isso e aquelas t-shirts cheias de buracos que parecem comidas pela traça.



Miúdas, agora nós, não tentar entrar dentro de uma malha justa 34 quando vestem 40, não fica assim lá muito bem, mas vocês é que sabem, se vestem 40 comprem a malha mas 40.

Outra coisa importante - Licras, é de evitar, aquele calção de ciclista que alguém decidiu que fazia uma moda gira, com aquele cós puxado até ao sovaco e todo aquele tecido enfiado pelo rabo acima, não migas, não fica bonito, mas como tudo na vida vocês é que sabem.

Agora vestem o 48, têm umas pernas maiores que uma turbina? E andam sempre de lençóis vestidos? Nada disso, é apostar forte nos vestidos, sim, mesmo que tenham um piqueno elástico na cintura, é usar sem piedade.


Outra coisa pessoas, gajas a passear cães não é igual a gajos a passear bebés, não tem nada de sexy, 

1º- Por norma vestimos a primeira merda que nos vem à mão, até há quem vista calça de fato treino, ou venha em pijama (não é o meu caso que não uso pijama e jamais usarei calça de fato de treino);

2º- O cabelo anda sempre desgadelhado, por vezes mal atado, é uma pernada para cada sitio;

3º- Passeamos com sacos de apanhar cocós do nosso patudo, o que significa que em alguma altura vamos apanhar merda do chão;

Por isso evitem aquela conversa do além, ninguém quer saber, pode parecer bom mas no fundo só queremos que ele faça o seu cocó, xixi, para irmos a nossa vida, há e temam, somos aquela pessoa que passeia um saquinho cheio de merda, a sorrir até ao caixote mais próximo, pois o patudo nunca faz perto do mesmo. Por isso pensem lá - é sexy uma pessoa de cabelos ao vento andar a passear sacos de cocó? Se acham que sim , vocês têm problemas graves.


Agora voltar ao trabalho após ano e meio em tele trabalho? Bolachas, aquelas piquenas demoníacas, que enquanto teclamos furiosamente vamos devorando e assim, num abrir e fechar de olhos, sem sabermos como olhamos para o pacote e verificamos que mamámos um pacote inteiro á bruta.

Em casa até refeições saltamos, no escritório somos possuídos por uma forma de bicha solitária e só nos dá para comer, resultado? O que parecia bom no voltar ao ativo, no gabinete transforma-se rapidamente em kg a mais e como verão aí (embora não pareça devido a este vento) é coisa para causar mossa.

Por isso levem mazé uma garrafa de água e bebam criaturas, bebam e muito, assim não enfardam bolachas.

Façam  atenção, pois nem tudo é o que parece e muito menos tudo é bom e maravilhoso, que digam as minhas ancas.

Por fim, não é por existir um sorriso bonito que não haja um coração ferido, existe apenas alguém que não se deixa abater e que prefere olhar em frente e continuar a sorrir, mesmo que escorram lagrimas invisíveis.

No fundo, nem tudo o que parece é!




domingo, 25 de abril de 2021

Não se brinca com a Liberdade, brincamos em Liberdade

 47 anos depois, há quem brinque com a Liberdade, e não gostam de brincar livremente 

47 anos volvidos do Depois do Adeus, há quem se julgue dono do 25 Abril, outros há que querem de volta um 24 Abril 1974, para que possam tudo controlar

47 ano de depois deixem quem vos diga, tenho 47 anos a mesma idade da revolução dos cravos, e hoje mais que nunca, a Liberdade é para ser lembrada, celebrada com alegria e garra, hoje, mais que nunca, temos de gritar Viva a Liberdade, Viva o 25 Abril.

Ninguém é dono de nada e quem assim julga não percebeu o que foi , o que é, o 25 Abril. Abril é de todos, foi feito para todos, para que todos possamos falar, escrever o que nos der na real-gana, mesmo aqueles  saudosista da velha senhora, até esse podem dizer toda a verborreia que querem porque há 47 anos uns homens com dois testículos, vulgo tomates, disseram basta e assim nascia a democracia.

Nasci e vivi sempre com os valores que Abril trouxe, liberdade, respeito pelo outros, desde tenra idade que aprendo a importância de nunca deixar de festejar este dia e tantas vezes desci  avenida ao colo da minha mãe, depois de mão dada e mais tarde já era eu que ia com amigos

47 anos depois sinto um orgulho enorme ao ouvir o meu filho falar de Abril e dos seus valores e importância, está lançada a semente, este vai passar a mensagem aos descentes.

Temos ideais políticos diferentes, mas a liberdade que nos ofereceram é isto mesmo, podermos todos celebrar a nossa liberdade, sem sectarismos, porque se assim não for todos os valores estão em risco.

Por isso 47 anos depois celebramos Abril, celebramos a liberdade com alegria, garra, com o sorriso de "uma gaivota voava, voava, asas de vento, coração de mar. Como ela, somos livres, somos livres de voar." 

Ontem, Hoje, Amanhã 25 Abril Sempre!

Mesmo com tulipas vermelhas, porque não consegui comprar cravos.



sexta-feira, 5 de março de 2021

@40 de red girl

Como assim esta garota já me faz 40 anos? uma data épica, 4 décadas, a partir de agora é sempre a subir,claro que se não começares a fazer uma ginástica, também pode descer, por Isso miúda tonifica, tonifica. Esses fios de cabelo não há problema, porque uma vez red, sempre red.

Nasceu para abrilhantar e claro para atazanar,o irmão que vivia feliz no alto dos seus 9 anos, vê o seu reinado de filho, neto e sobrinho único,ser invadido por uma miúda. Veio ao mundo com pé boto, mas se acham que isto lhe afetou a vidinha, esqueçam, continuou a brincar com Barbies, nunca falhou uma aula de educação física. 

Desde menina sempre dona de um nariz empinado detentora de sonhos. 

Uma artista de cabelos e lábios vermelho, dos seus desenhos de roupas para as bonecas, saltou para o curso de cinema, das suas tatuagens, que avó gostava, mas criava brotoeja na mãe( agora já não liga), saltou para o sabotage e outros botecos onde passa música, miúda alegre, divirtida e despachada, que cozinha bem que se farta.

Nunca se envergonha de soltar um vernáculo, sem medos encarar uma boa noite de copos, sempre amiga do seu amigos.

O que dar como prenda a esta garota? Afinal são 40 anos, celebrados em plena pandemia

Como dizemos Safoda,  a coisa vai  dar-se quando o Santo Covid deixar, para já deixo-te isto.

Parabéns cunhada ,estimo muito um  dia feliz


terça-feira, 2 de março de 2021

Um ano de Covid, parabéns meu puto

Parece que foi ontem, que saía para dançar, que assistia à abertura do novo ano chinês em plena Alameda e, mal sabia ou podia imaginar, que uma semana depois íamos ficar todos fechados em casa, devido à Peste. Pois é o Corona (o vírus, não a cerveja) é bebé, faz um ano, parabéns meu puto, tiveste um ano em grande minha besta, isso é que foi.

Tinha comprado bilhetes para ir assistir à peça "A peça que dá para o torto" (e deu mesmo para o torto, estou até hoje à espera para assistir à bem dita peça) e na minha já tão famosa positividade levou-me ao casino de Lisboa para proceder à alteração da peça para 16 Maio, ainda sorri e disse isto daqui a um mês já passou.. exato passou tanto que um ano depois olhamos para trás e a nossa cara não deixa transparecer sorrisos.

E aqui chegámos muitos de nós (infelizmente muitos sucumbiram á peste) um ano depois, em forma de balanço, a pensar o que mudou? Nada filhinhos, não mudou nada.

Na minha ingenuidade ainda pensei, ah vamos sair pessoas melhores, não, não saímos, pelo contrário acho que a estupidez cresceu a um nível gritante, que assusta pensar, porra esta gente deambula por ai à solta, é quase tão mau como a peste mas é o que temos e haja saudinha para os enfiar novamente dentro da gaveta.

"Ah e tal kiki não sejas tão negativa, aconteceram coisa boas", é verdade sim senhor, dediquei-me com alma e corpo à cozinha, passei a abraçar mais o meu fogão que os meus amigos. Descobri uma Aljubarrota dentro do Miguel, não, não ficou tipo colher de pau, mas abraçou a profissão de padeiro.

Mas o leitão ficou adiado mais um ano e assim sendo passámos para reunião zoom uma boa noite de conversa, que vamos repetir em breve, reunião marcada não pela noite eleitoral, mas pelo meu cabelo de bruxa.

Recordo as palminhas e o "vamos ficar todos bem", não criaturas, não vamos ficar todos bem, sabem porque? porque simplesmente o tempo parou em março de 2020 e este tempo não o vamos recuperar...

E assim sendo, vamos descortinar um pouco este aniversário, mais um sem festa da grossa.

Num ano confinámos e desconfinámos à bruta, foi mesmo sem vaselina que a urgência da coisa não deu para barrar, resultado  Covid 1 Tugão-0

Num ano em que as praias tinham limite de pessoas, por um lado foi bom , odeio pessoas coladas aos meus pés como se comungássemos todos da mesma gamela, não pessoas, a ideia é estar a gozar a praia, o mar e não olhar em frente e ver o mocotó de alguém completamente desconhecido quase a vazar uma vista (aqui está uma coisa positiva). 

Num ano, passámos a falar à janela com os familiares, deixámos de abraçar, beijar e o tão famoso cotovelo deixou de ter dor, para passar a ser o nosso contacto mais próximo.

Num ano, os aniversários foram festejados em Zoom, yheaaaa que maravilha, bem na realidade é uma bela merda, mas é o que temos. 

Num ano passámos a usar máscara, mais um acessório, se não saio de casa sem brincos, pois que não saio sem máscara, parecemos os asiáticos, mas no fundo os gajos é que a sabem toda, ai não.... está visto que a ideia  de comer aquelas comidas ia dar cocó, se fossem ocidentais a coisa seria uma gastroenterite severa, mas como tem a mania que são grandes vai de libertar vírus do demónio á bruta, covid-1 humanidade-0

Num ano passámos a não ter aquele fim de semana, aquela sensação de sexta ao final do dia, tipo  chegou finalmente, todos os dias passaram a ser sextas, sábados, domingos. O tele trabalho afastou-nos dos nossos gabinetes.

Um ano passou e para muitos o dress code passou a ser pijama, reuniões em fato treino, o uso da pantufa passou a ser um habitué, quem nunca, numa reunião só vestia uma camisa e por baixo estava de calção ou aquela calça de pijama de flanela?

Entrou na rotina o desinfetar os sapatos antes de entrar em casa, ou simplesmente deixar os mesmos na zona contaminada.

Assim num ano, foi nos pedido, solicitado, pelo conde da DGS que trocássemos, compotas à varanda ou no pátio do prédio, em troca devolvemos milhares de novos contactos cheios de covid e atirámos com a esperança num tugão melhor e mais responsável para a pocilga. E assim entrámos em 2021 com mais mortos que em anos de guerra colonial, com filas de ambulâncias à porta dos hospitais, ahh Fdx nós nunca desiludimos, até ficavam ceguinhos se não tivessem festas de fim de ano ou um natal a enfardar em família, essa rebeldia, levou a que este ano uns quantos milhares não vão ter familiares para desejar Feliz Natal. Covid-2 tugão-0

E assim num ano posso dizer vai tudo ficar bem, é maze o caralhinho, porque a crise que vamos ter, o desemprego que isto vai gerar, vai ser enorme, mas lá estas somos fortes e uns vão pagar mais uma vez o erro de muitos, que ainda acham que isto é só uma gripezita, #tamajuntosasalvaropaís

Por incrível que possa parecer num ano as minhas mãos já beberam mais álcool que eu em 47 anos.

Olho para a linha do horizonte com esperança, o covid com a vacina vai de c@n@ e já vejo ali 2022 a piscar -me o olho, o malandro sabe que tenho uma crush por ele, porque vai ser o ano em que vou voltar a viajar, vai ser o ano do leitão, ( bitoque para duas meninas, que nós somos pessoas respeitadoras de liberdades), o Luis já me avisou que nas dunas convém ter algum cuidado, pois por vezes há por lá uma poias, para para assistir ao pôr do sol, eu encaro fácil uma boa poia.

Vai ser o ano em que vou estar com os meus amigos e família sem medos, mas acima de tudo vai ser o ano dos abraços e beijos.

Até lá é continuar online ligadinho à corrente e ter a garrafeira sempre atestadita.

1 ano de Peste 



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Como assim já tens 18 anos, pequeno adulto

  Parece que foi ontem, assim de repente entras nas nossas vidas como um cavalo selvagem, devias nascer lá para o final do mês, achastes por bem que dia 8 era o dia ideal para vires ao mundo e assim às 20h13, após quase 40 horas (tanta pressa que tinhas, não percebi o atraso, estavas a embonecar-te era?, a por um creme hidratante, enfim..) lá vieste ver a luz, não do dia, mas do bloco de partos. Escolheste um dia porreiro, o Benfica venceu o União de Leiria nessa noite.



 Vejam lá, há 18 anos o União de Leiria ainda jogava na primeira divisão, mas acima de tudo, o Benfica ganhava...

Eu devia ter adivinhado que não ia ser fácil, quando a Obstetra te retirou cá para fora e em vez de chorares, agarraste o cordão umbilical com tanta força, deves ter pensado "porra keiça merda? isto é assim tudo de bata branca, uma gaja a puxar-me a cabeça, outra a limpar a minha boca, nem me oferecem leite? onde está aquela que se diz minha mãe? quem é este que só fala espanhol, vá não quero brincar mais está frio, já vi, não gostei, quero voltar lá para dentro, só me retirem quando houver confettis, balões e um banda a tocar, ahh e chamem o meu pai"

Dou tudo em como foi este o teu pensamento, ou algo parecido tendo em conta esse teu feitio do demo, essa tua teimosia, benzadeus 



Sempre foste inovador, com ideias mirabolantes, desde a tua ideia de transplantares cérebros para acabares com as doenças, à "máquina do amor", uma geringonça desenhada por ti que após a atingir a temperatura libertava vapor de amor para o ar, ou a simples página do Facebook que criaste "vamos todos poupar água".

Sempre avesso a fotografias, sempre a questionar tudo, para ti o saber nunca é demais (ás vezes leva-nos à loucura com tanta pergunta). É com um sorriso que me lembro das tuas musicas prediletas, ouvidas até à exaustão (lá está até á nossa loucura, ao ponto de quase a odiarmos) uma delas era a Dido - White Flag, se ouviu umas 100 vezes esta música não anda longe da verdade. Ou quereres fazer viagens a ouvir Bach ao ponto do pai dizer "basta, que fazer 150 km a ouvir isto dá sono, voltámos a Leopoldina" (ora para o pai preferir ouvir Leopoldina podem imaginar o resto...).

Sempre de ideias fixas e muito linear, nunca foste de rodeios, o serem injustos contigo era uma farpa no teu coração, parecias um animal ferido, acabavas sempre por mostrar o teu ponto de vista.

Sempre destemido, que agarravas na prancha e enfrentavas o mar, sem olhar à bandeira, acho que tive pequenos avc's cada vez que te atiravas às ondas com a bandeira amarela, lá entrava na água para te tirar de lá se não só saías roxo. 

Igual no teu 1º dia de aulas, quando ao perguntar se correu bem respondeste prontamente "sim, correu, disse aos grandes que queria jogar à bola, que o campo não era deles, era de todos, por isso não me podiam proibir" fiquei verde, um pigarralho de 6 anos a enfrentar os miúdos da 4ª classe com 10 e 11 anos, a verdade é que conseguiu o que queria, jogar à bola e ir a baliza como tanto gostava.


O meu coração parou, quando me ligaram a dizer que tinhas caído desemparado no chão da escola, batido com a nuca , estavas bem, meio tonto, mas bem, nunca corri tanto na minha vida até um táxi, faltou-me o ar. Quedas sem partir nada são perigosas era o que se ouvia, ver-te foi um alivio, "estou bem mamã, desculpa não vi a  bola na minha direção" agarrei-te e só descansei quando te vi dentro daquela máquina a ver a tua coluna e cabeça, não tinhas nada mas ias ficar de repouso durante 48 horas em observação. Nada mudou com essa batida, a teimosia continuava, aliás agravou, essa mania dos filhos terem personalidade igual aos pais é assim pó lixado.

O teu primeiro dia nos escuteiros, a alegria nos olhos brilhantes, vieste todo contente a dizer que em 2019 ias ao Jamboree e que era nos Estados Unidos (sempre foi o teu país de eleição) e que um dia ias ser chefe dos Escuteiros. A verdade é que chega 2019 e vais mesmo 1 mês e tal para os EUA, numa aventura sem igual, foste um chegaste outro, mais crescido, mais decidido e mais teimoso.

Continuas a dizer que vais ser Chefe e acredito bem que venhas a ser.



Sempre amante da matemática e das ciências, desde pequenino, cada experiência que fazias com os kits ciência era cagada pegada na varanda, ainda hoje tenho um ódio de estimação ao teu vulcão  (Coca-cola e mentos com corante alimentar fazer lava), mas onde foste tu buscar aquela ideia, que fazer isso no meio da cozinha era o teu laboratório perfeito (não vale a pena explicar como ficou certo? nem quem limpou...mais do mesmo).

Ainda hoje essa paixão levou-te para as físicas e matemáticas, ao ponto de dizeres que ou vais para o técnico ou então nem vale a pena, por mais que tente explicar as coisas, refutas sempre que queres o melhor e o técnico, para o que queres, é o melhor, e é para isso que trabalhas (não imaginas o medo que tenho que não consigas entrar, com as médias tão elevadas e sei o quanto tens lutado e trabalhado para as tuas notas).

Sorri para dentro, engoli a emoção, quando ao telefone com a tua avó dizes "o que eu quero para prenda? nada vó, queria uma festa, mas vou ter quando isto passar e vamos poder estar todos juntos".

18 anos chegam e o teu dom de me responderes, que me dá vontade de te dar uma galheta continua.

18 anos chegam e continuas a querer ter esse cabelo enorme, ka nervos uma pessoa nem aguenta olhar para esses farripos nos olhos.

18 anos chegam com o mesmo sorriso, a mesma parvoíce (sim, continuas parvinho como todo o jovem adulto).

A mesma força com que agarraste o cordão umbilical é a mesma força que tu moves para conseguires o que queres, é a mesma força com que me dizes que vais trabalhar lá fora após a tua licenciatura (e não duvido nada, agora escolhe um sitio porreirinho, tipo perto da praia, para eu poder ir lá passar uns dias).

E assim do nada és um jovem adulto, fazes 18 anos, se olhar para trás estou a ver-te sentado na tua cadeirinha do carro a dizer "estou a pensar mamã" e passado uns minutos já dormias.

Foram 18 anos de crescimento, em que aprendi muito e continuo aprender, cada dia é um desafio novo.

Continua assim feliz, amigo do teu amigo, preocupado com os outros, empreendedor, vais levantar voo, vai custar mas é assim, vais ter de ir à conquista do mundo e ele está ai para ti, vai atrás do teu sonho.

E já sabes os 19 vão ser os novos 18 e sem bicho vais ter a tua festa, num qualquer palácio, com os teus amigos, com a vossa música, palavra de mamã (diabos se não vou fazer a festa que tínhamos preparado para ele, se o Natal é quando uma pessoa quiser, até o senhor da DGS dizia que se podia celebrar a 22 ou 23, então os 18 anos do Alfrediny também podem ser celebrados aos 19.


domingo, 31 de janeiro de 2021

Após uma semana ou uma semana após

 Parece mentira, mas já passou uma semana das eleições de um cargo politico, que mesmo importância tem no nosso país.

Umas eleições, num panorama estranho, nunca antes vivido, pelo menos por mim que só tenho 47 anos, e nunca tinha estado no meio de uma pandemia, só no meio de um pandemónio foi a saída de um concerto no Rock in Rio, uii ali é que o covid se ria.

Bem, voltado a ao assunto em questão, o nosso Celinho ganhou sem espinhas, ninguém diz não a uma selfie, até a minha criatura tem tirada já há uns anos no acampamento Nacional de Escuteiros. O que dizer , bomm( como dia o próprio vencedor) vai votar a santa terra, está dois dias fora e leva mais roupa que eu quando vou uma semana de ferias 👀, fiquei deveras surpreendida, as pastas de trabalho não me surpreende, todos sabemos que o nosso Celinho lê 50 livros num fim de semana, mas confesso que fiquei entristecida , quando da bagageira do carro, não saca de la uma boa saca de batatas, e umbom saco de chouriças e uma pata de presunto. Já nada é como antigamente até com essa tradição acabaram.

Agora filhinhos, o que me fez saltar os olhos das orbitas, ter palpitações e temer ficar vesga, tipo o Pizzi, foi aquele copo... WTF como assim? vai beber um vinho da Bairrada com 40 anos, num copo de água, comprado num qualquer hipermercado??, Não me venham com aquela conversa, ah mas o senhor Professor estava só a provar, não há só provar meus amigos, por ventura (cruz credo, vá de retro Satanás, esta palavra devia ser retirada do nosso dicionário) vossemecês já viram uma prova de vinhos? Aquilo é todo um ritual e não há cá copos de taberna, prova-se vinho no copo de vinho tinto, se for tinto, branco se for branco, ah e se for rosé? perguntam vocês, que são uns picuinhas, Rosé  não é carne nem peixe, logo a prova é feita no copo de tinto. E já agora primeiro deixamos o vinho respirar para encorpar, depois cheiramos, e só depois usamos o palato, não vamos assim a bruta tipo taberneiro que é só nefasto. E mesmo assim tivemos sorte, porque o homem é dado a beber vinhaça em qualquer recipiente, nem quero imaginar como bebe ele leite.



Por isso aquela prova de vinho é digna de um candidato tipo o outro professor, o Cavaco, sim esse mesmo que come bolo rei de boca aberta, não de um Celinho, a fina flor da politica.

De todo o modo aquela garrafeira é algo sublime, ver o professor descer as escadas pensei oh diacho o homem vai para as catacumbas, aposto que após cada reunião do infarmed o homem corre até aquela cave e vai mesmo pelo gargalo, só assim se aguenta certas conferencias de imprensa após esses reuniões, isso ou ir desancar uns quantos no twitter, vai na volta tem lá um perfil falso.

Que dizer mais sobre essa noite?  O 2 lugar ficou com quem devia ter ficado, tive pena que o Tino não tivesse mais votos. Eu estive num zoom, numa reunião de condomínio, onde tentávamos decidir onde enfiar o leitão, nada ficou decidido, mas em acta ficou deliberado que íamos voltar a reunir com mais membros, a ver se assim arranjamos lugar para esse canastrão, que ainda por cima tem sempre uma laranja na boca. A melhor reunião de sempre.

Em relação àquela votação dos 12%, é algo que devemos reflectir, ficámos a saber que há 12% da população que não passou á disciplina de história, que há 12% que dá forte na branca e depois acha que são os salvadores do Mundo e ouvem a voz de Deus, amoris têm de ser fortes nesta altura, mas alguém tem de vos dizer a verdade, Deus tem uma agenda muito ocupada neste momento, a quantidade de mortos devido ao Corona é de tal ordem que ele não tem mãos a medir, para impedir que haja mais, pois está presente em cada médico, enfermeiro, auxiliar, bombeiro, que todos os dias tentam salvar vidas em turnos por vezes de 24 horas. Vocês ouvem vozes porque são uns alucinados, seus "dórgados"

Por fim em relação ao coisinho, vulgo 4 pastorinho, não há dada a dizer, estimo muito que pise um monte de trampa.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

E ao 13 dia sou enfermeira

Para quem dizia que 2021 ia ser um ano diferente só tenho um piqueno gesto á zé povinho .I.

O frio que se faz sentir catapultou as minha manápulas, vulgo mãozinhas que Deus criou macias e que o álcool gel, de mãos dadas com o frio, sambando neste dedos longos e belos, criaram frieiras.

Fui comprar ervilhas, eis se não quando verifico que as prateleiras estavam todas rapinadas, ora vamos lá ver filhinhos é um confinamento, vocês já passaram por isto, não faltou nada, só quando vossemecês atacaram que nem loucos a farinha, acabando com stocks inteiros, aposto que nasceu dentro de vocês a par com a estupidez uma pastelaria, por isso vão com calma ok? Isto não é uma guerra nuclear, agradeço que me deixem um piqueno pacote de ervilhas. 

Ainda nos admiramos de ir confinar, a minha questão é será que esta gente vai perceber o porquê de irmos novamente para o confinamento, se não perceberam a metáfora das compotas e é a mesma que rapina kg de papel para limpar o rabo, mesmo sendo só duas pessoa habitar a casa.

Isto só lá ia com em vez de "um estudo em casa", era um aprenda a confinar com o A,B,C" ou um "Vamos somar o distanciamento social".

Não contente com isto, o Marty está um  mimado e não me larga enquanto trabalho, o xotor  Miguel fez um lenho da testa bem jeitoso, tive de usar pontos rápidos para tentar colar aquilo e vamos lá ver como vai ficar...

Ao 13º dia sou enfermeira, ao 13º dia do ano de 2021 já estou pronta a saltar para 2022 



sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

E ao 7º dia Ele descansou ao 8º dia rezamos para que tenham comido chau-chau

2021 entrou, bruto e frio, a pés juntos, faz pensar que 2020 não foi mais que um piqueno teaser de 2021. 

Entrámos em 2021 isolados daqueles que mais gostamos (entramos isolados alguns, porque houve uns pacóvios que acharam que eram super heróis e vai daí andaram todos a mamar na mesma garrafa de Baileys  e a cantar "eh meu amigo Charlie" nas cavalitas uns dos outros e, quiçá, a soprar na mesma vuvuzela, cheia de salivas e pedaços de passas), bem, dizia eu, entrámos nós no ano mais desejado a pedir saúde e que o bicho vá prós confins do inferno e que morra em sofrimento, entre um copo de espumante e um ou outro pinhão, ninguém sabia o que jantavam os chineses. Essa é a verdadeira questão: o que jantaram naquele país do sol nascente? Em 2019 foram morcegos e deu a merda que deu, vai que em 2020 foi uma suricata? Ou foram arrojados e atacaram sem medos um veado-de-penacho? Parece que aqueles caninos de vampiro já estão a fazer mossa.

Carlos do Carmo, o nosso ternurinhas, deixa-nos assim, sem um último fado, fica a voz e o legado musical.

Mais uma ferradela daquele canino e pumbas Cutileiro, João Cutileiro, vai fazer companhia a Carmo, o artista que desafiou o regime com uma belíssima estátua de D. Sebastião e que nos deixa para sempre um fálico no parque Eduardo VII.

E este frio, minhas criaturas lindas?  2021 faz aquele sorriso sacana e espeta logo com temperaturas gélidas, uma pessoa vai à rua apanhar cocós e fica com estalactites nas unhas, a ponta do nariz não cai porque temos a máscara, não fosse esse novo acessório de moda e passava o tempo a apanhar o nariz do passeio, cada vez que me baixasse para apanhar um cocó do Marty. Se isto não é entrar a pés juntos, então não sei.

Ah e tal é o tempo dele, é verdade, estamos em pleno inverno mas podia chegar suavemente, e não assim apunhalar pelas costas.

Uma pessoa tem pés finos e feios, logo o sapato é fino, se calças dois pares de meias já não enfias os pés em lado nenhum a não ser dentro das botas da neve. Depois acontece o impensável que é começares a pensar em pijamas de flanela, isto é, o fim de qualquer relação, só a palavra flanela é arrepiante.

E não  me venham com puritanismo, que com este frio não existem amassos para ninguém, é tudo uma lenda, se é lenda para vocês, é bom que deitem fora os vossos pijamas de flanela, algodão está perfeito.

Quando uma pessoa pensa, ok está frio, é o tempo dele, morreram duas pessoas da cultura portuguesa, estavam doentes, não somos internos, o que acontece? mais de 10 mil casos em dia de Epifania do Senhor.

Ficamos a pensar então mas... não pode ser... como???

Aconteceu, se estou surpreendida? Nem um pouco. Somos um povo de abéculas e ai de vós se não fossem todos a correr passar o Natal à terrinha e andar em família a dar tudo num bacalhau. Gozaram com o  bigodes da Casa Real da DGS, mas o homem tinha razão, a simbologia da compota, era isso mesmo, chegar, entregar o presente ou enviar pelos CTT, (se bem que estes não são de fiar, mas isto é outro tema) e vir embora, mas não, andou tudo em altas jantaradas a empanturrar esse fígado de fritos de canela, andar de casa em casa, tinha de dar merda. Foram passar um natal a com a família e como presente muitos de vós levaram o bichinho de cornichos verdes, outros trouxeram o mesmo bichinho.

Entram os debates políticos, aquela coisa mórbida em que ficamos a olhar para Tv e daquelas bocas sai tudo menos ideias, o Celinho está com tudo e o 4º pastorinho, doravante conhecido como bicha peluda achar que é o rei desta conga toda, a Gomes que aderiu à moda do broche na lapela, ai filha esquece Dra. Graça Freitas só há uma, ou seja, uma desgraça.

Mas pensamos no fundo, bem lá no fundo, vai ser melhor, vai melhorar até que o piqueno rabugento gadelhudo aparece na sala e dizer liga para a CNN e os teus olhos saem das orbitas oculares e pensas fodeu de vez, invasão do capitólio, símbolo da democracia do EUA, por grunhos das cavernas que se julgam cowboys, caçadores de coyotes. Não, filhinhos, isto não vai melhorar, 2021 vai ser duro, a estupidez vai proliferar, é ter esperança que não se reproduzam.

Reza a bíblia que ao 7º dia o Senhor descansou, ao 8º dia do ano da graça 2021,o mundo está em suspenso e reza para que os chineses tenham comido Arroz Chau-Chau.

É pá, comam raízes, sejam veganos, que já ninguém vos aguenta, cada vez que arrotam um animal do demónio



quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Balanço do ano, se é que, se pode chamar ano

Fazer um balanço deste ano é fácil, foi um ano que começou em janeiro acabou a 13 Março2020.

É isto. Mas como sou muito picuinhas nestas coisas, vou descrever assim a modos que por alto o que se passou nos outros meses, a que carinhosamente chamo meses do demónio.

Neste meses do demónio em que ficámos meses confinados em casa muito se fez, como por exemplo comida. Sim, adoro cozinhar, mas em casa e com mais tempo acabei por me dedicar de alma ao meu fogão e aperfeiçoei algumas técnicas.


Lixei as mão de tanto álcool gel usar, que deixei de ter palmas das mãos para passar a ter lixas.

Cantei parabéns via zoom e vídeo chamadas, larguei lágrima de emoção e tristeza sozinha.

Não festejei os 70 anos da minha mãe, não abracei, ela não é dada, mas meses mais tarde encontramo-nos nas compras e entre nabiças e batatas demos um abraço de mascara nas fuças. 

Adiei viagens marcadas, espetáculos, festas e jantares com amigos, adiar não é cancelar, é verdade, mas nestes meses com tantos adiamentos senti que estava adiar a vida e momentos que não vão voltar. Se olharmos para trás estes pequenos momentos nunca mais vão voltar e são estes momentos que também nos fazem seguir em frente.

Adiei as minhas corridas, desde março que não corro, sinto falta desse convívio, do bater dos pés no alcatrão.

Não passei as férias com os meus amigos, não houve festas de família.

Adiei abraços.

Apaixonei-me por um rabinho lindo com a ponta branca e consegui convencer os dois moços e assim ganhei uma alegria nova em casa, o meu cão o meu Marty, este pequeno pónei, doido, teimoso, mas que nos dá muitas alegrias.


Tive susnset maravilhosos todas as sextas com os amigos virtuais, foram momentos únicos de partilha, de piadas, gargalhadas parvas. 

Arranjámos o nosso cantinho no Alentejo e passei lá uns dias de férias bons, longe da confusão. 

Voltei ao escritório, foi uma lufada, em trabalho misto, ora uns dias em teletrabalho, ora uns dias no escritório. O teletrabalho é bom, sim é, mas é tão bomm poder sair de manhã ir para o gabinete, trabalhar. Faz falta estar com outras pessoas. 

Confinamos novamente, as coisas pioram bastante em termos de números de infetados.

O miúdo vem para casa em isolamento profilático, sem dramas pois anda sempre de máscara e não teve qualquer contacto com a colega doente, mas esteve os 14 dias em casa tal como a turma toda, entretanto entrou em férias escolares.

Chega o Natal, época que adoro, uns dias frios e tristes, sem a família, em vez dos habituais 14 ficámos 3 e um patudo, foi diferente mas faltaram as avós, o barulho das conversas cruzadas, os risos dos miúdos.

O que mais senti falta este ano foram os abraços, sem duvida que somos feitos de afetos, eu então sou muito expressiva e os abraços são a forma de transmitir tudo o que sentimos sem precisar de falar. Por isso o que mais senti falta foi dos Abraços que ficaram por dar.

Amanhã é o ultimo dia do ano, dia que por excelência é de festa, de alegria, dia em que estou com os meus amigos, amanhã vai ser o último dia deste ano do demónio, não vai ser aquelaaaa festa, não sinto vontade de festejar, mas vou sorrir ao novo ano,  ele chega envolvido em esperança com a nova vacina e essa luz ao fundo do túnel, ainda que ténue, já se avista e com ela vêm os tão desejados e amados abraços, as tão desejadas viagens, os tão desejados beijos e jantares com amigos.

O poder estar com as pessoas sem medos, será que vamos conseguir?

Muito se vai escrever sobre este ano, uma coisa é certa vivemos uma pandemia e menos de um ano depois estamos a presenciar a evolução da ciência, com a criação de várias vacinas.


Por isso aqui fica o balanço possível, nem tudo foi mau, tivemos de nos adaptar e assim foi, criámos novos hábitos, reaprendemos a viver noutro contexto.

Continuem a fintar o bicho, porque até ao verão temos de continuar no mesmo registo, mas pensem vamos voltar abraçar, a viajar, a viver.


Que 2021 chegue enrolado em abraços, sorrisos e alegria e saudinha da boa é o meu desejo.

Quanto ao Covid, olha filhinho por mim vais de C.. canoa , canoa enfiado dentro de uma zaragota. 


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

2021 está a espreitar

E assim, num abrir e fechar de olhos, estamos a dias de entrar em 2021. 

Pela vossa rica saudinha vejam lá o que vão fazer, lembrem-se da trampa que deu os vossos pedidos, por isso tudo o que tenham feito na passagem anterior, esqueçam.

Nada de cuecas azuis, então se for aquele azul bebé, é de fugir, imaginem tirar as calças e pumbas um boxer ou uma cueca de algodão azul bebe, korror parece a cueca dos avós.

Passas, logo 12, esqueçam são muito doces e ficam bem é num arroz árabe, enfardem figos, mas 14, um por cada mês e os outros pelo subsidio de férias e outro pelo de Natal. Ou então pinhões, mas como para comprar 100g de pinhão temos de vender um rim, metade do fígado e quiça um pulmão, comam só 7 dessas pepitas de ouro, o valor calórico é igual a comerem as 14 e se é para ser, então que seja com tudo.

"Ah e tal vou arranjar o cabelo para o Réveillon" esqueçam lá isso, se não vejamos:

1- Há recolher obrigatório, logo ás 23h tem de estar tudo em casa.

2- No poupar é que está o ganho, se é para ficar em casa qualquer escova alisa um cabelo rebelde.

3- Para quê passar uma eternidade no cabeleireiro se ninguém vai reparar? Pois nas chamadas zoom mal se nota o cabelo, depois os amigos às 21h já vão estar todos bêbedos, nem vão reparar o quanto bonita estás.

Entrar com  o pé direito, démodé meu amores, é entrar com os dois pés ao mesmo tempo, alias é entrar com o corpo todo em 2021, não deixar nada para trás nem tão pouco entrar às mijinhas, que é coisa para não correr bem. 

Brindar ao novo ano, ora aqui está algo importante, se há coisa que este bicho envolto em pandemia nos veio ensinar foi que nunca é cedo para beber, uma vez que estamos sempre em casa, por isso trocar o tradicional espumante por gin, whisky, etc.. assim como assim a maioria de vós nem vai dar conta que o ano mudou, tal vai ser o grau de alcoolemia que vão ter, vejam o lado bom disto do confinamento não têm de pegar do carro bêbados e andar na estrada a fazer pontaria ao passeios.

Portanto a ideia é fazer tudo aquilo que não é suposto fazer, para ver se a coisa este ano se dá.

Por norma festejamos com amigos em grandes farras, este anos vamos ter de estar sozinhos.

Há sempre as passas, o champanhe, épha este ano vamos dar tudo em figos, também são secos, não me venham agora com esquisitices, e outra bebida qualquer.

O tão tradicional bater de tacho e panelas à janela, este ano troquem isso por uma ida ao vidrão despejar as garrafas vazias, também faz barulho.

O Fogo de artificio, esse vem na TV e é se querem, também vai estar frio e a chover, e a ideia é não apanharem um resfriado, depois ficam com febre e lá vai uma zaragota para despistar possível bicho do demo.

Agora sejam boas pessoas, façam lá a coisa bem feita que aqui a menina quer voltar a Abraçar, estar com os amigos. Além de que tenho um almoço de leitão adiado para 2021 e as férias na neve 


Váaa 2021 bonzinho, pior que 2020 não deve ser. 





Isto nem para coser meias esta bom...

A pessoa tenta colocar uma linha na agulha, e já não passa sem por os óculos, e pensa porra, não esta mesmo de feição. Sendo assim vamos lá ...