Isto de estar em casa, está a ser uma loucura para o blogue, todos os dias com este deditos a teclar, o pc até esta maluco...
Hoje andei nostálgica, com saudades e deu para pensar um pouco entre uma ida à cozinha, outra ao wc, lá ia soltando uns pensamentos.
Aquela falta de apanhar sol na fronha, aquela saudade de estar sentada numa esplanada, aquela saudade dos meus amigos, nas nossas gargalhadas parvas, aqueles jantares em que falamos de tudo e de nada.
Sempre soube o quanto a amizade é importante, o quanto aquela belinha na testa ou o calduço fazem falta, o simples facto de dizer "anda lá meu panasca eu pago o café, já vais embora" sem pensar em mais nada, sem pensar que amanhã estamos confinados às 4 paredes de uma casa.
Aquele abraço, aquele beijinho, aquela palmada no rabo...
Saudades daquele dia na praia, o nosso macho latino a espalhar charme pelas areias da comporta, hoje sorrio ao recordar como adormeci naquela tarde na areia enquanto os outros gordos comiam bolas de Berlim e nem uma compraram para Mim, porque eu estava a dormir.. GORDOSSSS (fiquei bem lixada com o Miguel).
Hoje em dia o que temos? saudades, muitas saudades, durante a semana estamos entretidos com o trabalho, mas o fim de semana chega e com ele a nostalgia, as lembranças o querer voltar à vida antiga, (sim, eu sei, nada vai voltar a ser o que era, não me agastem).
Temos aquelas apps tipo House PARTY, é o que nos resta, falar via video, sentirmos que estamos mais perto, rimos falamos da economia... Fonix o mundo está a viver uma pandemia, estamos confinamos a casa e nós continuamos a falar de assuntos sérios, somos mesmo estranhos.
Com as saudades vêm os apetites.. uii e que apetites, aquela vontade de ver o mar, eu vou chorar quando puder ver o mar, quando voltar a mergulhar este corpinho na água salgada, sou gaja para fazer croquetes destas pernas só para voltar água (eu detesto excesso de areia no meu corpo ou na toalha, acho que depois disto nunca mais vou reclamar).
E hoje resolvi fazer favas, o que adoro favas, e já tinha tanta vontade de comer e assim que me levantei, antes de ir para o trabalho, isto é escritório improvisado, fui dar conta das chouriças e da farinheira e colocar a cozer, assim quando chegou a hora de confeccionar a coisa já tinha metade tratado. A minha avó fazia umas favas de comer e chorar por mais, hoje dei-me conta que tinha os olhos sumidos de saudades, merda para as alergias deixam os olhos assim. Bem, ficou tão bom mas tão bomm, que a Milocas onde quer que esteja sorriu e disse boa miúda.
Resolvi partilhar o meu feito na rede do meu coração, o demónio, as intervenções foram imensas, tudo inveja, não podem ver uma roupinha chique numa pessoa, que nos chamam logo todos os nomes cabeludos ahahah, lidem, fui uma bestinha fofinha, nunca pensei que fosse tão fundo do coração daqueles meninos o Ben-ur coitado espumou, acontece é ter de lidar, depois penso na forma de compensar ou não, depende muito das morcelas de arroz...
Depois de tudo olho para o kiko, o melhor de nós, sempre alegre, o que me faz rir, e também me enerva, desafia, leva ao limite, porque é independente, inteligente e provocador. Parvo, tantas vezes me leva à loucura, vontade de soltar logo um tabefe nas ventas, porra já são 17 anos e nenhuma gargalhada mais regeneradora e mais reconfortante que a dele.
Hoje sentei-me sozinha, as lágrimas caíram e pensei nada vai voltar a ser como antes, será que vamos perder o medo de tocar de abraçar? Será que posso sonhar com a minha praia e enfardar bolas de Berlim à bruta até lambuzar os dedos?
Esta porra deste bicho está a fazer de mim uma pessoa sensível, com as emoções a flor da pele... não me agrada, gosto de ser bruta.
Bem vou purificar-me da rede do demónio, ver qual é a indignação de hoje... além das minhas favas obviamente.
Vamos ficar todos bem, nem que seja em Dezembro, vá não há praia em Dezembro é um facto , mas há natal, nem tudo é mau.
Ficam aqui pequenos laivos de pura parvoíce, embrulhado em queijo amanteigado com, presunto em lascas de Figos pingo de mel. Pelo prazer de escrever Pode acontecer "Conversas de um Cão" no intervalo, dos laivos de parvoíce, não em figos com queijo mas embrulhados em biscoitos e bacon
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quinta-feira, 26 de março de 2020
quarta-feira, 25 de março de 2020
Diga não ao pijama enquanto não acaba tudo nu
Mais uma semana em isolamento, mais uns dias confinados às nossas casas, ainda não entrámos em ruptura(ainda bebes), mas caminhamos a passamos largos, uma coisa vos digo vai tudo acabar a bater palmas nu nas janelas..
Começamos pelo inicio, na rede do demónio, entre muitas conversas, umas melhores que outras, surge do nada o #diganãoaopijama, não é mais que tentar manter a rotina diária, ora se em época normal vamos todos lindos, (vá, eu sei estou a exagerar mas não me crucifiquem já, ando sensível e estou fechada em casa e apetece dar miminho a todos) para o trabalho, porque não fazer o mesmo só porque saltas da cama para o sofá?? por isso é vestir uma roupinha toda janota, ela é uma saia, um vestido, porque não um calção e saltar para o sofá, varanda, wc, jardim, (calma gente vocês estão impossíveis, existem casas com jardim, ok)onde quer que tenham o vosso portátil para trabalhar.
Parece fácil? Não é, isto significa agarrar o controle desta vida estranha e no meio desta loucura é fácil mandar tudo ás urtigas e andar de collants e top pela casa a cantar "A garagem da Vizinha", ou uma piquena adaptação (sim Piquena com i, nasci na Av Roma, vivi em Alvalade dizemos Piquena) como: "Ponho o Covid, Tiro o Covid á hora que eu quiser, que varanda apertadinha, que doçura de genoma, Tiro cedo e ponho à noite, e às vezes à tardinha, Estava até tomar o café na salinha ou na cozinha" porraaaa isto é arte meus queridos arte...
Para tal temos de saltar da cama, duche é fundamental água e sabão, depois um creme e de seguida uma roupa, e assim estamos prontos para enfrentar mais um dia duro entre a sala onde limpamos o pó pela milésima vez, e os e-mails que respondemos, lembrem-se rotinas.
Aqui posso dizer que assim que ouvi a frase vou ter uma reunião on-line, disse:
- é bom que vista um fato OUVISTE
ah pois é minhas criaturas, aqui não se brinca em serviço, pois a demência já esta atingir níveis preocupantes e, se este gajo de 1.80 barbudo me aparece de fato treino, a violência domestica passa a ter todo um novo significado.
Tudo isto porquê? Porque acreditem todos vamos acabar loucos, uns mais que outros e vai chegar o dia em que vamos estar todos nus à janela as 22 h a bater palmas, ou pior a dançar a macarena todos nus na varanda antes do almoço. Aqui a questão não é se vai acontecer, mas sim Quando vai acontecer, porque acreditem VAI ACONTECER e aqui é achatar a curva da demência, tal como achatamos a curva do covid, diluir do tempo a nossa nudez, agora pela vossa saudinha, quer dizer mais pela nossa, façam isso á noite, ok sem luzes ligadas, pensem que temos de poupar na electricidade ok?
Porque?? é pá porque simplesmente já basta estar fechada, e tudo o que eu não preciso é ver as vossas miudezas...👀
Quando tudo isto passar vamos esquecer muita coisa, mas se tivermos o azar de ver os vossos pendiricalhos já mais iremos ficar com uma mente sã.
No meio disto tudo fica o desafio que já é um ritual todos os dias na rede do demónio, somos umas miúdas giras, uns rapazes engraçados que heroicamente levantamos a moral aos mais cépticos.
No final disto vou beber um café com aquelas meninas lindas e bem dispostas.
Quando matar o bicho vou comer leitão com os 4 mosqueteiros, e mais uma meninas lindas, confesso que vou temer pelo leitão e pelo próprio restaurante, mas safoda, vai ser um dia de festa vamos celebrar a vida comendo um animal bebé com uma laranja na boca, nós somos perversos.
Por isso filhinhos esqueçam o Covid , e digam não ao pijama enquanto estão minimamente saudáveis da mona, porque vamos todos acabar nus na varanda.
Keep Safe at home
Começamos pelo inicio, na rede do demónio, entre muitas conversas, umas melhores que outras, surge do nada o #diganãoaopijama, não é mais que tentar manter a rotina diária, ora se em época normal vamos todos lindos, (vá, eu sei estou a exagerar mas não me crucifiquem já, ando sensível e estou fechada em casa e apetece dar miminho a todos) para o trabalho, porque não fazer o mesmo só porque saltas da cama para o sofá?? por isso é vestir uma roupinha toda janota, ela é uma saia, um vestido, porque não um calção e saltar para o sofá, varanda, wc, jardim, (calma gente vocês estão impossíveis, existem casas com jardim, ok)onde quer que tenham o vosso portátil para trabalhar.
Parece fácil? Não é, isto significa agarrar o controle desta vida estranha e no meio desta loucura é fácil mandar tudo ás urtigas e andar de collants e top pela casa a cantar "A garagem da Vizinha", ou uma piquena adaptação (sim Piquena com i, nasci na Av Roma, vivi em Alvalade dizemos Piquena) como: "Ponho o Covid, Tiro o Covid á hora que eu quiser, que varanda apertadinha, que doçura de genoma, Tiro cedo e ponho à noite, e às vezes à tardinha, Estava até tomar o café na salinha ou na cozinha" porraaaa isto é arte meus queridos arte...
Para tal temos de saltar da cama, duche é fundamental água e sabão, depois um creme e de seguida uma roupa, e assim estamos prontos para enfrentar mais um dia duro entre a sala onde limpamos o pó pela milésima vez, e os e-mails que respondemos, lembrem-se rotinas.
Aqui posso dizer que assim que ouvi a frase vou ter uma reunião on-line, disse:
- é bom que vista um fato OUVISTE
ah pois é minhas criaturas, aqui não se brinca em serviço, pois a demência já esta atingir níveis preocupantes e, se este gajo de 1.80 barbudo me aparece de fato treino, a violência domestica passa a ter todo um novo significado.
Tudo isto porquê? Porque acreditem todos vamos acabar loucos, uns mais que outros e vai chegar o dia em que vamos estar todos nus à janela as 22 h a bater palmas, ou pior a dançar a macarena todos nus na varanda antes do almoço. Aqui a questão não é se vai acontecer, mas sim Quando vai acontecer, porque acreditem VAI ACONTECER e aqui é achatar a curva da demência, tal como achatamos a curva do covid, diluir do tempo a nossa nudez, agora pela vossa saudinha, quer dizer mais pela nossa, façam isso á noite, ok sem luzes ligadas, pensem que temos de poupar na electricidade ok?
Porque?? é pá porque simplesmente já basta estar fechada, e tudo o que eu não preciso é ver as vossas miudezas...👀
Quando tudo isto passar vamos esquecer muita coisa, mas se tivermos o azar de ver os vossos pendiricalhos já mais iremos ficar com uma mente sã.
No meio disto tudo fica o desafio que já é um ritual todos os dias na rede do demónio, somos umas miúdas giras, uns rapazes engraçados que heroicamente levantamos a moral aos mais cépticos.
No final disto vou beber um café com aquelas meninas lindas e bem dispostas.
Quando matar o bicho vou comer leitão com os 4 mosqueteiros, e mais uma meninas lindas, confesso que vou temer pelo leitão e pelo próprio restaurante, mas safoda, vai ser um dia de festa vamos celebrar a vida comendo um animal bebé com uma laranja na boca, nós somos perversos.
Por isso filhinhos esqueçam o Covid , e digam não ao pijama enquanto estão minimamente saudáveis da mona, porque vamos todos acabar nus na varanda.
Keep Safe at home
segunda-feira, 23 de março de 2020
As (des)Vantagens do Isolamento social
Dias depois de ter sido declarado o estado de emergência, onde muitos de nós já nos encontramos, confinados às nossas habitações em modo tele trabalho, tele cozinha, tele limpeza, tele filhos, tele tudo...
Quantos de nós já olharam com amor para as janelas dos vossos apartamentos? Calma não é (ainda) para se atirarem dela abaixo, mas sim porque viram uma dedada... nessa altura os vossos cabelos até se encaracolaram de nerves, horas a limpar os raios dos vidros e agora uma dedada?! QUEM FOI O DESGRAÇADO?
A demência, meus caros, vai chegar mais depressa do que julgamos, eu olho para as minhas divisões todas arrumadinhas e penso eu vou matar o próprio do COVID.
E para os que diziam "vamos ter mais tempo livre para ler, ver filmes.." só vos digo, com todo o devido respeito que me merecem, ide, mas ide bem rápido.
Tempo para ler? Vontade de rir, aqui a criatura levanta o rabo cedo, vai para o duche, veste uma roupinha, sim nesta casa está totalmente proibido o uso do pijama, porra isolados já é mau o suficiente (#diznãoaopijama), penteio estes longos cabelos que já gritam por um cabeleireiro, mas vão ter de aguentar forte e feio, que eu também não vou para a esplanada beber café, toma o pequeno almoço e começa a trabalhar. Ele é e-mail, ele é telefones a tocar, ele é videoconferencias, até à hora do almoço é toda uma alucinação. Vou fazer o almoço, enquanto como ainda tenho tempo para atender chamadas de trabalho, bebo café e volto a sentar-me no escritório. Só aqui vejam a quantidade de exercício em prol de uma barriguinha sexy sentada no escritório, a seguir sentada à mesa, depois sento-me na varanda a beber café e volto a sentar-me no escritório, se isto não é dar tudo no glúteo, então não sei.
Após mais uma tarde de trabalho, que devia terminar numa situação normal as 18h vá 18.30, em época pandémica está a terminar as 19h00 ou 19.30. Vou fazer exercício físico, sim não posso sair para correr, estou a dar em louca, mas corro no meu quarto, faço abominais, flexões, até padel eu já joguei no corredor (RIP jarra), vá não me julguem ,uma pessoa tem de manter a hastgag #Atéaoverãoficoboazona.
Depois é jantar e começar a ronda de encontros sociais, ora das redes sociais, a minha preferida é a rede do demónio, há por lá gente por quem nutro um carinho especial. Nesta altura acabamos por nos ajudar uns aos outros com piadas parvas, e combinamos almoços de leitão. O bom desta coisa do Covid (se é que existe algo de bom nesta merda) é que acabamos por encontrar outras formas de estar com os amigos e durante a noite lá saem conversas online onde vemos a fronhas uns dos outros,ou de pijama, ou de fato de treino, outros a comer, outros a beber (sem duvida os meus preferidos) ele é falar de tudo e de nada, é jogar aos países online, fazer desenhos para os outros adivinharem, enfim... só ontem estive metida em 5 grupos diferentes, uma canseira vocês sabem lá...
A somar a isto tudo ainda há o pequeno selvagem enfiado no seu covil, vulgo quarto, onde estuda, fala com os professores que lhes ligam, a directora de turma liga todos os dia para saber como estão, ou a falar com os colegas até as 2 da manhã, é uma rotina totalmente diferente, deixou de ir ao remo, mas faz todos os dias 40km na bicicleta estática, diz que tem de se manter activo.
Depois temos o Miguel, igualmente em casa igualmente a trabalhar, e quando lhe digo um pouco triste e irritada a minha pele esta a precisar de apanhar ar e sol responde a sorrir "mete a cabeça de fora da janela", se isto não é motivo para eu enfiar já os papeis para o divórcio, não sei não....
Eu que queria tanto um cão e que já convenci estes dois, aparece este magano do Covid, para me atrasar a coisa, se tivesse o meu Britinho sempre podia ir passear, vou ter de esperar mais uma pouco.
Isto filhinhos, é um Big Brother da vida real, e ninguém nos disse como havemos de lidar com isto, mas uma coisa vos digo, eu descobri como se leva isto na boa... vinho meus amigos vinho, a minha garrafeira tem levado um desbaste que nem vos digo, e olhem que nós nem bebemos muito.. ou melhor ainda não bebemos, mas o isolamento vai continuar e o futuro só a Deus pertence...
Portanto quando me dizem Vamos todos ficar bem.
Eu respondo: E bêbados, e solteiros e dementes mas vivos.
Não é fácil, por algum motivo quando nascemos nos dão uma palmada no rabo e nós metem a chorar, fónix segundos de vida, mal respiramos, nem os olhos abrimos e já estamos num berreiro, porque levamos uma galheta no rabazoilo. Se isto não é um sinal que as coisa não são fáceis então andamos todos a dormir.
Por isso apesar de não ser fácil , temos de fazer com que seja menos doloroso.. e nada como o sorriso, os amigos, mesmo aqueles que vamos ganhado nas redes, são virtuais sim mas são de carne e osso e estão a passar o mesmo que nós e no fundo alguns já os consideramos nossos amigos.
Sorriam e já sabem:
Fiquem em casa!
Vamos todos ficar bem e bem bêbados.
Quantos de nós já olharam com amor para as janelas dos vossos apartamentos? Calma não é (ainda) para se atirarem dela abaixo, mas sim porque viram uma dedada... nessa altura os vossos cabelos até se encaracolaram de nerves, horas a limpar os raios dos vidros e agora uma dedada?! QUEM FOI O DESGRAÇADO?
A demência, meus caros, vai chegar mais depressa do que julgamos, eu olho para as minhas divisões todas arrumadinhas e penso eu vou matar o próprio do COVID.
E para os que diziam "vamos ter mais tempo livre para ler, ver filmes.." só vos digo, com todo o devido respeito que me merecem, ide, mas ide bem rápido.
Tempo para ler? Vontade de rir, aqui a criatura levanta o rabo cedo, vai para o duche, veste uma roupinha, sim nesta casa está totalmente proibido o uso do pijama, porra isolados já é mau o suficiente (#diznãoaopijama), penteio estes longos cabelos que já gritam por um cabeleireiro, mas vão ter de aguentar forte e feio, que eu também não vou para a esplanada beber café, toma o pequeno almoço e começa a trabalhar. Ele é e-mail, ele é telefones a tocar, ele é videoconferencias, até à hora do almoço é toda uma alucinação. Vou fazer o almoço, enquanto como ainda tenho tempo para atender chamadas de trabalho, bebo café e volto a sentar-me no escritório. Só aqui vejam a quantidade de exercício em prol de uma barriguinha sexy sentada no escritório, a seguir sentada à mesa, depois sento-me na varanda a beber café e volto a sentar-me no escritório, se isto não é dar tudo no glúteo, então não sei.
Após mais uma tarde de trabalho, que devia terminar numa situação normal as 18h vá 18.30, em época pandémica está a terminar as 19h00 ou 19.30. Vou fazer exercício físico, sim não posso sair para correr, estou a dar em louca, mas corro no meu quarto, faço abominais, flexões, até padel eu já joguei no corredor (RIP jarra), vá não me julguem ,uma pessoa tem de manter a hastgag #Atéaoverãoficoboazona.
Depois é jantar e começar a ronda de encontros sociais, ora das redes sociais, a minha preferida é a rede do demónio, há por lá gente por quem nutro um carinho especial. Nesta altura acabamos por nos ajudar uns aos outros com piadas parvas, e combinamos almoços de leitão. O bom desta coisa do Covid (se é que existe algo de bom nesta merda) é que acabamos por encontrar outras formas de estar com os amigos e durante a noite lá saem conversas online onde vemos a fronhas uns dos outros,ou de pijama, ou de fato de treino, outros a comer, outros a beber (sem duvida os meus preferidos) ele é falar de tudo e de nada, é jogar aos países online, fazer desenhos para os outros adivinharem, enfim... só ontem estive metida em 5 grupos diferentes, uma canseira vocês sabem lá...
A somar a isto tudo ainda há o pequeno selvagem enfiado no seu covil, vulgo quarto, onde estuda, fala com os professores que lhes ligam, a directora de turma liga todos os dia para saber como estão, ou a falar com os colegas até as 2 da manhã, é uma rotina totalmente diferente, deixou de ir ao remo, mas faz todos os dias 40km na bicicleta estática, diz que tem de se manter activo.
Depois temos o Miguel, igualmente em casa igualmente a trabalhar, e quando lhe digo um pouco triste e irritada a minha pele esta a precisar de apanhar ar e sol responde a sorrir "mete a cabeça de fora da janela", se isto não é motivo para eu enfiar já os papeis para o divórcio, não sei não....
Eu que queria tanto um cão e que já convenci estes dois, aparece este magano do Covid, para me atrasar a coisa, se tivesse o meu Britinho sempre podia ir passear, vou ter de esperar mais uma pouco.
Isto filhinhos, é um Big Brother da vida real, e ninguém nos disse como havemos de lidar com isto, mas uma coisa vos digo, eu descobri como se leva isto na boa... vinho meus amigos vinho, a minha garrafeira tem levado um desbaste que nem vos digo, e olhem que nós nem bebemos muito.. ou melhor ainda não bebemos, mas o isolamento vai continuar e o futuro só a Deus pertence...
Portanto quando me dizem Vamos todos ficar bem.
Eu respondo: E bêbados, e solteiros e dementes mas vivos.
Não é fácil, por algum motivo quando nascemos nos dão uma palmada no rabo e nós metem a chorar, fónix segundos de vida, mal respiramos, nem os olhos abrimos e já estamos num berreiro, porque levamos uma galheta no rabazoilo. Se isto não é um sinal que as coisa não são fáceis então andamos todos a dormir.
Por isso apesar de não ser fácil , temos de fazer com que seja menos doloroso.. e nada como o sorriso, os amigos, mesmo aqueles que vamos ganhado nas redes, são virtuais sim mas são de carne e osso e estão a passar o mesmo que nós e no fundo alguns já os consideramos nossos amigos.
Sorriam e já sabem:
Fiquem em casa!
Vamos todos ficar bem e bem bêbados.
segunda-feira, 16 de março de 2020
Eihs amanhã é já é segunda.. oh whait
Pois amanhã é segunda, por esta altura 25% da população tuga estava a hiperventilar, outros 25% estavam a chorar em conchinha no canto escuro da casa, um grupo de 25% estava a rogar pragas a tudo e por fim outros 25% da populaça estavam em stress pós-traumático da Segundite, uma doença que ataca todos os domigos a noite.
Esta noite é diferente para muitos de nós, grande parte vai estar isolamento social, putos em casa, maridos e mulheres em casa .. dasss isto tem tudo para fazer rebentar uma guerra apocalíptica
O Covid-19 chegou e, em pouco mais de 3 meses, lixou com F gigante a economia da Europa, e vai ser responsável por duas situações em Dezembro:
- O aumento da natalidade;
- O aumento da taxa de divórcios.
Ora vamos estar em casa fechados, longe do convivo social tão característico, o que vai ser de nós sem a ida ao café? Sem criticar a roupa do colega? Sem amaldiçoar os milhentos e-mails ?
A nossa espécie vai definhar sem a critica destrutiva tão nossa.
Vai dai lembrei-me de várias recomendações de sobrevivência:
1- isolamento sim , mas o banho é para tomar da mesma forma,
2- NUNCA andar em casa de pijama,
3- Tu que estás em teletrabalho faz a barba, maquilha-te, veste o teu vestido, as calças, arranja-te com brio, afinal vais trabalhar, a diferença é que a secretária é diferente...
4- Tira uma selfie do teu pequeno almoço e publica no facebook, os teus 10000 amigos precisam de saber que estas bem.
5- tirar uma foto e enviar via whatsapp para os colegas incentivar todos a fazer o mesmo, para poder falar mal do modelito, e assim ver quem esta de pijama.
6- Chegando ao almoço mais uma foto fofinha a sorrir publicada no instagram, porra estás em isolamento, não morto.
7- Não esquecer as redes socais, a malta necessita de estar informada e nada como as falsas noticias, as correntes de amor e ternura para animar o dia.
8- A hora do café da tarde, aquela pausa, como estás em casa podes aproveitar para pôr uma máquina de roupa a lavar, assim como assim ninguém esta a controlar a cena.
9- Ter atenção ás reuniões de videochamada, evita estares a fazer cocó.
10- Estás em teletrabalho e daqui a dois dias vais estar a chorar para voltares a correr para o escritório e acampar lá durante um mês.
Muito importante é definir áreas de combate, vulgo zonas de trabalho, a canalha vai andar aos pulos e pinotes, é giríssimo, ao fim de horas vai ser difícil resistir á tentação de os esganar, por isso nada como brincar com eles aos índios e cowboys, em que nós somos os cowboys e vamos fazer os índios prisioneiros, amarrando os diabretes e amordaçando, 2 horitas, assim deve dar para a vossa sanidade ficar normalizada.
Depois há que dividir o espaço com a cara metade, quem tem escritório é fácil, quem não tem é enviar o mais chato na varanda, o outro fica na sala, difícil vai ser não atirar o coração de ouro pela janela, ao fim do primeiro dia, mas vá #Tamojuntos...
Há que redefinir horários de utilização da casa de banho, não vá toda a gente se lembrar de ir à mesma hora, aqui quem tem mais que uma é um felizardo, é igual a ter muitos rolos de papel higiénico. Quem apenas tem uma, é extremamente proibido levar telemóvel, aquilo é uma sanita não uma mesa da esplanada do Café In...
No meio disto ainda há as mães /pais, todos sabemos como elas com a idade criam bichos carpinteiros e estão sempre de rabo alçado na rua, há sempre algo que falta comprar... é de levar uma pessoa à loucura com tanta teimosia, é usar a técnica do índio com a diferença que as trancamos em casa e a chaves fica do nosso bolso, simples.
Uma coisa é certa, não vai ser fácil, espero que se tenha abastecido de muito álcool para aguentar, não é o etílico carai, esse não se bebe, é mesmo vinho, gin, cerveja, medronho, run, tequila, medronho, Whisky, só assim vai ser fácil lidar com isto.
Se descobrirem coisas da vossa cara metade que desconheciam, tipo cor de cabelo, ou ah afinal o gajo tem barba e faz depilação, disfarcem, ok, assim fazem durar o vosso casamento mais uma semana.
Na realidade isto vai ser uma prova de fogo para todos por isso não sejam vitimas e tenham piedade de mim, que também estou no mesmo barco.
No final vamos sair a ganhar com isto, mais fortes e humildes (tenho essa esperança, que os estúpidos reduzam em massa), a humanidade vai ser dar mais importância ao que realmente é importante, a VIDA.
Por isso fiquem em casa e no facebook.
Na rede do demo tenho muito com que me distrair, com as indignações diárias, (além de ter também pessoas do melhor que há).
Para vencer o Bicho temos de estar unidos, mas cada um na sua casa, ok. No final podemos todos levantar a economia e ir aos cafés restaurantes, ir de férias, voltar ás viagens e assim ajudar a levantar a economia, que por esta altura está pela ruas da amargura.
Força por nós, por vocês, pelos nosso filhos que vão sair crianças mais unidas e serão adultos conscientes, acima de tudo pelos nossos pais e avós.
#FiquemEmCasa (crl)
Esta noite é diferente para muitos de nós, grande parte vai estar isolamento social, putos em casa, maridos e mulheres em casa .. dasss isto tem tudo para fazer rebentar uma guerra apocalíptica
O Covid-19 chegou e, em pouco mais de 3 meses, lixou com F gigante a economia da Europa, e vai ser responsável por duas situações em Dezembro:
- O aumento da natalidade;
- O aumento da taxa de divórcios.
Ora vamos estar em casa fechados, longe do convivo social tão característico, o que vai ser de nós sem a ida ao café? Sem criticar a roupa do colega? Sem amaldiçoar os milhentos e-mails ?
A nossa espécie vai definhar sem a critica destrutiva tão nossa.
Vai dai lembrei-me de várias recomendações de sobrevivência:
1- isolamento sim , mas o banho é para tomar da mesma forma,
2- NUNCA andar em casa de pijama,
3- Tu que estás em teletrabalho faz a barba, maquilha-te, veste o teu vestido, as calças, arranja-te com brio, afinal vais trabalhar, a diferença é que a secretária é diferente...
4- Tira uma selfie do teu pequeno almoço e publica no facebook, os teus 10000 amigos precisam de saber que estas bem.
5- tirar uma foto e enviar via whatsapp para os colegas incentivar todos a fazer o mesmo, para poder falar mal do modelito, e assim ver quem esta de pijama.
6- Chegando ao almoço mais uma foto fofinha a sorrir publicada no instagram, porra estás em isolamento, não morto.
7- Não esquecer as redes socais, a malta necessita de estar informada e nada como as falsas noticias, as correntes de amor e ternura para animar o dia.
8- A hora do café da tarde, aquela pausa, como estás em casa podes aproveitar para pôr uma máquina de roupa a lavar, assim como assim ninguém esta a controlar a cena.
9- Ter atenção ás reuniões de videochamada, evita estares a fazer cocó.
10- Estás em teletrabalho e daqui a dois dias vais estar a chorar para voltares a correr para o escritório e acampar lá durante um mês.
Muito importante é definir áreas de combate, vulgo zonas de trabalho, a canalha vai andar aos pulos e pinotes, é giríssimo, ao fim de horas vai ser difícil resistir á tentação de os esganar, por isso nada como brincar com eles aos índios e cowboys, em que nós somos os cowboys e vamos fazer os índios prisioneiros, amarrando os diabretes e amordaçando, 2 horitas, assim deve dar para a vossa sanidade ficar normalizada.
Depois há que dividir o espaço com a cara metade, quem tem escritório é fácil, quem não tem é enviar o mais chato na varanda, o outro fica na sala, difícil vai ser não atirar o coração de ouro pela janela, ao fim do primeiro dia, mas vá #Tamojuntos...
Há que redefinir horários de utilização da casa de banho, não vá toda a gente se lembrar de ir à mesma hora, aqui quem tem mais que uma é um felizardo, é igual a ter muitos rolos de papel higiénico. Quem apenas tem uma, é extremamente proibido levar telemóvel, aquilo é uma sanita não uma mesa da esplanada do Café In...
No meio disto ainda há as mães /pais, todos sabemos como elas com a idade criam bichos carpinteiros e estão sempre de rabo alçado na rua, há sempre algo que falta comprar... é de levar uma pessoa à loucura com tanta teimosia, é usar a técnica do índio com a diferença que as trancamos em casa e a chaves fica do nosso bolso, simples.
Uma coisa é certa, não vai ser fácil, espero que se tenha abastecido de muito álcool para aguentar, não é o etílico carai, esse não se bebe, é mesmo vinho, gin, cerveja, medronho, run, tequila, medronho, Whisky, só assim vai ser fácil lidar com isto.
Se descobrirem coisas da vossa cara metade que desconheciam, tipo cor de cabelo, ou ah afinal o gajo tem barba e faz depilação, disfarcem, ok, assim fazem durar o vosso casamento mais uma semana.
Na realidade isto vai ser uma prova de fogo para todos por isso não sejam vitimas e tenham piedade de mim, que também estou no mesmo barco.
No final vamos sair a ganhar com isto, mais fortes e humildes (tenho essa esperança, que os estúpidos reduzam em massa), a humanidade vai ser dar mais importância ao que realmente é importante, a VIDA.
Por isso fiquem em casa e no facebook.
Na rede do demo tenho muito com que me distrair, com as indignações diárias, (além de ter também pessoas do melhor que há).
Para vencer o Bicho temos de estar unidos, mas cada um na sua casa, ok. No final podemos todos levantar a economia e ir aos cafés restaurantes, ir de férias, voltar ás viagens e assim ajudar a levantar a economia, que por esta altura está pela ruas da amargura.
Força por nós, por vocês, pelos nosso filhos que vão sair crianças mais unidas e serão adultos conscientes, acima de tudo pelos nossos pais e avós.
#FiquemEmCasa (crl)
segunda-feira, 2 de março de 2020
Aleluia Aleluia ele chegou em dose dupla
O Coronavírus chegou aqui ao rectângulo ao fim de mais de 60 analises
negativas, dois deram positivo, as televisões rejubilaram de alegria, a
CMTV deu hurras ao vírus, enquanto teve orgasmos múltiplos à porta do
Hospital São João.
E o que fez o português? correu as farmácias? não e de nada adiantava, está tudo esgotado. Foi a correr ao hipermercado? não, mas pouco há-de faltar para o açambarcamento das grades de cerveja.
Desatou a inundar as redes sociais de piadas relacionadas com o coronavírus.
O que eu gosto deste nosso lado brejeiro, os meus grupos de WhatsApp estão ao rubro, sim senhor, orgulho neste meninos.
Contudo é nas redes que hoje isto tem estado imparável, ao nível dos Gifs, é todo um novo mundo que este corona nos abre.
Nós somos aqueles gajos que podemos estar ás portas da morte, mas antes do ultimo suspiro sai uma piada porca sobre o rabo da enfermeira, ou mesmo uma asneira cabeluda.
Agora, que finalmente o gajo chegou, parece que já o estou a ver a deambular pelas ruas do Porto à procura da melhor francesinha, ou por Alfama ou Madragoa à coca das casas de fados....
Agora, quem são os dois contemplados? Um é médico, pessoa sábia, ponderada, mas tuga e com espírito de tuga que, apesar de saber do foco da doença no norte da Itália, acha que é o sitio ideal para ir de férias, ah não, com os preços baixos é aproveitar e não há desconto que o tuga não aproveite. Depois volta todo feliz e em vez de ficar em casa, o que faz? Vai ás compras, vai trabalhar , agora digam lá se isto não é de ir encontro a um poste com as pernas abertas?
O outro um homem de 33 anos que foi em trabalho para Espanha, porra, é preciso ter azar, é enviado para Espanha para "alancar a mula" e como um azar nunca vem só pumbas, lá houve um desgraçado de um espanhol que lhe espirrou para cima, com tanta desgraceira só faltava o rapaz ser do Sporting.
(Espero que ambos recuperem grandes)
Aguardo agora a loucura e a histeria do fim do mundo.
E o que fez o português? correu as farmácias? não e de nada adiantava, está tudo esgotado. Foi a correr ao hipermercado? não, mas pouco há-de faltar para o açambarcamento das grades de cerveja.
Desatou a inundar as redes sociais de piadas relacionadas com o coronavírus.
O que eu gosto deste nosso lado brejeiro, os meus grupos de WhatsApp estão ao rubro, sim senhor, orgulho neste meninos.
Contudo é nas redes que hoje isto tem estado imparável, ao nível dos Gifs, é todo um novo mundo que este corona nos abre.
Nós somos aqueles gajos que podemos estar ás portas da morte, mas antes do ultimo suspiro sai uma piada porca sobre o rabo da enfermeira, ou mesmo uma asneira cabeluda.
Agora, que finalmente o gajo chegou, parece que já o estou a ver a deambular pelas ruas do Porto à procura da melhor francesinha, ou por Alfama ou Madragoa à coca das casas de fados....
Agora, quem são os dois contemplados? Um é médico, pessoa sábia, ponderada, mas tuga e com espírito de tuga que, apesar de saber do foco da doença no norte da Itália, acha que é o sitio ideal para ir de férias, ah não, com os preços baixos é aproveitar e não há desconto que o tuga não aproveite. Depois volta todo feliz e em vez de ficar em casa, o que faz? Vai ás compras, vai trabalhar , agora digam lá se isto não é de ir encontro a um poste com as pernas abertas?
O outro um homem de 33 anos que foi em trabalho para Espanha, porra, é preciso ter azar, é enviado para Espanha para "alancar a mula" e como um azar nunca vem só pumbas, lá houve um desgraçado de um espanhol que lhe espirrou para cima, com tanta desgraceira só faltava o rapaz ser do Sporting.
(Espero que ambos recuperem grandes)
Aguardo agora a loucura e a histeria do fim do mundo.
O coronavírus a lixar o beijo
O Coronavírus chegou para ficar, o magano do bicho parece estar a dar tudo para lixar a arte do beijo do Senhor na Pascoa
Se não, vejamos, há vários tipos de beijo:
- Beijo lambido:
É aquele beijo em que a criatura parece querer "lamber" os pés a Nosso Senhor, na esperança que este a salve dos pecados, andou a fazer merda o ano inteiro e acha que é a comer os pés a Cristo que se vai salvar. Exacto, nem enfiando a cruz pela goela te salvas ....
- Beijo à avozinha;
É aquele beijo em que as idosas juntam os lábios em forma de biquinho (não sejam tarados, não é esse tipo de bico) e afinfam duas beijocas repenicadas nos pés do Salvador, algo do género muack muack (falo de Cristo, não daquele puto louro da linha).
- Beijo babado:
Este é aquele beijo um pouco nojento (vá, eu sei não existem beijos nojentos,mas este pode rapidamente atingir essas categoria) é aquele onde o povão deixa baba nos pés do Senhor , belheck
- Beijo Casto:
Este é o ultimo desta categoria, é aquele beijo solto, mal toca nos pés de Cristo, o beijo envergonhado, dado ao de leve, também conhecido pelo beijo de frete, tipo "vá, dá cá esses pés rápido que eu tenho um cabrito em forno de lenha à minha espera".
E o beijo da Paz? Como vai ser quando o Padre disser "Saudái-vos na paz de Cristo", sim, eu sei, vamos piscar os olhos como comprimento, agora andar cá a transferir vírus é que não.
No meio disto tudo está um país católico, e um magano de um vírus que chegou para lixar toda esta tradição. Agora das duas uma :
- Ou se beija a cruz e a cada beijo se desinfecta o Cristo com Medronho
- Ou se beija a cruz de mascara na cara
- Ou simplesmente este ano , avançamos nessa parte, assim como assim a missa da ressurreição já vai longa, e o folar está a nossa espera.
(sim, eu sei que disse das duas uma, é uma expressão, não fiquem nervosos , ainda não existem casos confirmados)
Mas isto dos beijos tem toda uma ciência, os franceses, por exemplo, dão três beijos, os italianos dois bem repenicados nas bochechas e ainda nos agarram para um abraço fraterno, os ingleses não beijam porque estão num qualquer clube de homens a jogar bridge, o português, ahhh o português é bicho que gosta de beijar, e não é um beijo qualquer, pode ser :
- um encosto só de bochecha,
- um beijo apenas é o chamado beijo à tia,
- um beijo ao de leve nos lábios
ou o mais comum entre os casais o beijo em que parece que estão a comer um èclair tal é a forma como aquelas bocas se devoram (este é o meu preferido)
Agora digam-me como é que vamos sobreviver a esta dizimação desta tradição?
Não sei se vamos aguentar, isto sim é uma calamidade o fim do beijo
Deixo beijos enquanto o Coronavírus não chegou
Se não, vejamos, há vários tipos de beijo:
- Beijo lambido:
É aquele beijo em que a criatura parece querer "lamber" os pés a Nosso Senhor, na esperança que este a salve dos pecados, andou a fazer merda o ano inteiro e acha que é a comer os pés a Cristo que se vai salvar. Exacto, nem enfiando a cruz pela goela te salvas ....
- Beijo à avozinha;
É aquele beijo em que as idosas juntam os lábios em forma de biquinho (não sejam tarados, não é esse tipo de bico) e afinfam duas beijocas repenicadas nos pés do Salvador, algo do género muack muack (falo de Cristo, não daquele puto louro da linha).
- Beijo babado:
Este é aquele beijo um pouco nojento (vá, eu sei não existem beijos nojentos,mas este pode rapidamente atingir essas categoria) é aquele onde o povão deixa baba nos pés do Senhor , belheck
- Beijo Casto:
Este é o ultimo desta categoria, é aquele beijo solto, mal toca nos pés de Cristo, o beijo envergonhado, dado ao de leve, também conhecido pelo beijo de frete, tipo "vá, dá cá esses pés rápido que eu tenho um cabrito em forno de lenha à minha espera".
E o beijo da Paz? Como vai ser quando o Padre disser "Saudái-vos na paz de Cristo", sim, eu sei, vamos piscar os olhos como comprimento, agora andar cá a transferir vírus é que não.
No meio disto tudo está um país católico, e um magano de um vírus que chegou para lixar toda esta tradição. Agora das duas uma :
- Ou se beija a cruz e a cada beijo se desinfecta o Cristo com Medronho
- Ou se beija a cruz de mascara na cara
- Ou simplesmente este ano , avançamos nessa parte, assim como assim a missa da ressurreição já vai longa, e o folar está a nossa espera.
(sim, eu sei que disse das duas uma, é uma expressão, não fiquem nervosos , ainda não existem casos confirmados)
Mas isto dos beijos tem toda uma ciência, os franceses, por exemplo, dão três beijos, os italianos dois bem repenicados nas bochechas e ainda nos agarram para um abraço fraterno, os ingleses não beijam porque estão num qualquer clube de homens a jogar bridge, o português, ahhh o português é bicho que gosta de beijar, e não é um beijo qualquer, pode ser :
- um encosto só de bochecha,
- um beijo apenas é o chamado beijo à tia,
- um beijo ao de leve nos lábios
ou o mais comum entre os casais o beijo em que parece que estão a comer um èclair tal é a forma como aquelas bocas se devoram (este é o meu preferido)
Agora digam-me como é que vamos sobreviver a esta dizimação desta tradição?
Não sei se vamos aguentar, isto sim é uma calamidade o fim do beijo
Deixo beijos enquanto o Coronavírus não chegou
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
São únicas no mundo
Aquela bonita mulher de lábios finos, sempre com o tom vermelho, foi sem dúvida das pessoas mais importantes para mim.
Possuidora de um humor único, um amor inabalável e uma força da natureza.
Esta mulher era a minha avó paterna e o que vou escrever, tentando pôr aqui um pouco de humor, é para ela se rir a bom rir, onde quer que esteja.
No bairro de Alvalade, onde viveu quase toda a sua vida, era sempre a Senhora Dona Emília. Parece que a estou a ver na Biarritz (não em França, era mesmo a pastelaria no inicio da Avenida da Igreja). "Bom dia Senhora Dona Emília, é a meia torrada com galão escuro?" Sim, era senhora que tomava o pequeno almoço fora todos os dias e ali ficava com as amigas à conversa antes de ir à praça.
A romaria da tarde ficava-se pela Helsínquia (outra pastelaria ok, sim, em Alvalade sempre foram chiques nas escolhas dos nomes dos cafés, chorem cascalenses). Aqui o repasto era sempre um jesuíta e um café e as conversas incluíam muitas vezes o actor Curado Ribeiro, e nós ? Bem, nós brincávamos cá fora ás corridas (sim eu brinquei na rua, nasci em 1973), o Bairro onde nasci e cresci era seguro.
Não havia vez nenhuma que eu saísse de casa da minha avó que não tivesse um docinho, uma bolacha, um chocolate, havia sempre algo que saía da manga mágica.
Parece que ainda ouço "Kiki, o que queres para o lanche?", "Panquecasss vó" e como eu me ria e deliciava a ver a forma magistral como aquelas panquecas se viravam no ar (no fundo havia aquele pavor de que um dia a panqueca vem ao chão, nunca aconteceu).
Quando não queríamos dormir dizia "Olháaa Bruxa lá no castelo de Leiria" ahahah, ríamos todos e acabávamos por adormecer. Noutra altura acordou-me na noite da passagem de ano para ir bater os tachos, contrariando o meu pai (sim tachos, ide pesquisar no google como eram as passagens de ano pós 1975, antes de me aborrecerem com questões).
Não havia férias de verão sem a nossa Milocas, como carinhosamente a chamávamos.
A malta reunir-se em matilha (sim, os Britos são como uma matilha) em S. Pedro de Moel, bem era era a loucura total, no fundo acho que aquela mulher rogava-nos pela pele a todos...tanto neto junto é coisa para enlouquecer, mas nunca a nossa sargento.
Havia os slogans tão avó, porra o tão típico "prá praia que o sol já raia" ás 8.30 da manhã, como sol às 8.30 da manhã?? Como levantar cedo em plenas férias e ainda por cima em Agosto?? A avó só podia estar doida. Sol, qual sol? Só mesmo na cabeça daquela senhora (todos sabem o tempo que faz no oeste, nem era S. Pedro sem aquele nevoeiro matinal).
Lá vinha ela sempre com os cães atrás para nos arrancar da cama, e quando digo arrancar é literalmente tirar as cobertas para trás e rematava com "vá rápido, que as torradas já saltam da torradeira", chantagem emocional pura, ninguém resiste aquelas lambidelas da Spi pela manhã, ou aos olhos do Swing a espreitar.
Bem, na verdade, é que a custo lá enfiava o biquini e rumava à praia, onde dormia até á uma da tarde, sorry Milocas, sempre cultivei muito o descanso matinal.
Na realidade chegámos a ser mais de 3,entre o Miguel, Ricky, a Isa, Clara, Babá, Carlos, Nice, Joana, o Manel e eu, a preferida, que podia fazer mais asneiras que os outros, os meus primos NUNCA aceitaram muito bem, azarrrr nasci para arrasar criaturas.
Todos, sem excepção, adoramos aquela mulher, todos sabíamos que ela, a matriarca, era um poço de amor, (vá, não vale a pena chorar porque ela também ralhava).
Era uma cozinheira maravilhosa, aquele bolo de suspiros era algo divinal, a sopa de feijão, as favas aii jazusss, agora babei, nunca mais comi algo igual, era um ritual aqueles almoços em família.
Quando fez 90 anos reunimos-nos todos numa festa única, filhos, netos, bisnetos, amigos, um mundo de Britos reunidos numa bonita festa a uma das pessoas mais maravilhosas de sempre, mal sabíamos nós que ela nos dia deixar um mês depois, envolta num num sorriso e sempre com a piada pronta "estes gajos não me querem de unhas pintadas, espera lá que eu já vos dou a volta, verniz transparente e nem piam", dizia ela a sorrir.
Lidar com a perda é algo que nós como humanos não estamos habituados, lidar com a perda de alguém que muito amamos, definitivamente não fazia parte dos meus planos.
Todos os dia penso nesta mulher que foi tão importante para mim, aliás foi importante para todos nós. Como nos dizia sempre "tristezas não pagam dividas" e não pagam mesmo, sorrir é a forma mais honesta de te homenagear.
Mas confesso que ás vezes a tristeza de não te poder ligar, como fazia tantas vezes se apodera de mim, não te zangues Maria Emília, uma pessoa tenta mas não é de ferro.
Possuidora de um humor único, um amor inabalável e uma força da natureza.
Esta mulher era a minha avó paterna e o que vou escrever, tentando pôr aqui um pouco de humor, é para ela se rir a bom rir, onde quer que esteja.
No bairro de Alvalade, onde viveu quase toda a sua vida, era sempre a Senhora Dona Emília. Parece que a estou a ver na Biarritz (não em França, era mesmo a pastelaria no inicio da Avenida da Igreja). "Bom dia Senhora Dona Emília, é a meia torrada com galão escuro?" Sim, era senhora que tomava o pequeno almoço fora todos os dias e ali ficava com as amigas à conversa antes de ir à praça.
A romaria da tarde ficava-se pela Helsínquia (outra pastelaria ok, sim, em Alvalade sempre foram chiques nas escolhas dos nomes dos cafés, chorem cascalenses). Aqui o repasto era sempre um jesuíta e um café e as conversas incluíam muitas vezes o actor Curado Ribeiro, e nós ? Bem, nós brincávamos cá fora ás corridas (sim eu brinquei na rua, nasci em 1973), o Bairro onde nasci e cresci era seguro.
Não havia vez nenhuma que eu saísse de casa da minha avó que não tivesse um docinho, uma bolacha, um chocolate, havia sempre algo que saía da manga mágica.
Parece que ainda ouço "Kiki, o que queres para o lanche?", "Panquecasss vó" e como eu me ria e deliciava a ver a forma magistral como aquelas panquecas se viravam no ar (no fundo havia aquele pavor de que um dia a panqueca vem ao chão, nunca aconteceu).
Quando não queríamos dormir dizia "Olháaa Bruxa lá no castelo de Leiria" ahahah, ríamos todos e acabávamos por adormecer. Noutra altura acordou-me na noite da passagem de ano para ir bater os tachos, contrariando o meu pai (sim tachos, ide pesquisar no google como eram as passagens de ano pós 1975, antes de me aborrecerem com questões).
Não havia férias de verão sem a nossa Milocas, como carinhosamente a chamávamos.
A malta reunir-se em matilha (sim, os Britos são como uma matilha) em S. Pedro de Moel, bem era era a loucura total, no fundo acho que aquela mulher rogava-nos pela pele a todos...tanto neto junto é coisa para enlouquecer, mas nunca a nossa sargento.
Havia os slogans tão avó, porra o tão típico "prá praia que o sol já raia" ás 8.30 da manhã, como sol às 8.30 da manhã?? Como levantar cedo em plenas férias e ainda por cima em Agosto?? A avó só podia estar doida. Sol, qual sol? Só mesmo na cabeça daquela senhora (todos sabem o tempo que faz no oeste, nem era S. Pedro sem aquele nevoeiro matinal).
Lá vinha ela sempre com os cães atrás para nos arrancar da cama, e quando digo arrancar é literalmente tirar as cobertas para trás e rematava com "vá rápido, que as torradas já saltam da torradeira", chantagem emocional pura, ninguém resiste aquelas lambidelas da Spi pela manhã, ou aos olhos do Swing a espreitar.
Bem, na verdade, é que a custo lá enfiava o biquini e rumava à praia, onde dormia até á uma da tarde, sorry Milocas, sempre cultivei muito o descanso matinal.
Na realidade chegámos a ser mais de 3,entre o Miguel, Ricky, a Isa, Clara, Babá, Carlos, Nice, Joana, o Manel e eu, a preferida, que podia fazer mais asneiras que os outros, os meus primos NUNCA aceitaram muito bem, azarrrr nasci para arrasar criaturas.
Todos, sem excepção, adoramos aquela mulher, todos sabíamos que ela, a matriarca, era um poço de amor, (vá, não vale a pena chorar porque ela também ralhava).
Era uma cozinheira maravilhosa, aquele bolo de suspiros era algo divinal, a sopa de feijão, as favas aii jazusss, agora babei, nunca mais comi algo igual, era um ritual aqueles almoços em família.
Quando fez 90 anos reunimos-nos todos numa festa única, filhos, netos, bisnetos, amigos, um mundo de Britos reunidos numa bonita festa a uma das pessoas mais maravilhosas de sempre, mal sabíamos nós que ela nos dia deixar um mês depois, envolta num num sorriso e sempre com a piada pronta "estes gajos não me querem de unhas pintadas, espera lá que eu já vos dou a volta, verniz transparente e nem piam", dizia ela a sorrir.
Lidar com a perda é algo que nós como humanos não estamos habituados, lidar com a perda de alguém que muito amamos, definitivamente não fazia parte dos meus planos.
Todos os dia penso nesta mulher que foi tão importante para mim, aliás foi importante para todos nós. Como nos dizia sempre "tristezas não pagam dividas" e não pagam mesmo, sorrir é a forma mais honesta de te homenagear.
Mas confesso que ás vezes a tristeza de não te poder ligar, como fazia tantas vezes se apodera de mim, não te zangues Maria Emília, uma pessoa tenta mas não é de ferro.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
Abra as pernas Catarina, abra as pernas
Tal como prometi, consegui ir esquiar sem vazar uma vista a ninguém. Não julguem que foi com uma perna atrás das costas (na realidade nem era possível, precisava de ambas firmes nos skis), porque andar em cima daquelas laminas, oh bailhamedeus é uma loucura.
Chegado o grande dia, lá fomos de manhã cedo subir a serra, estava calor em Granada, pensei lá em cima esta frio (estava nada). Chegados à Serra Nevada já estava um mundo de gente (e quando falo um mundo de gente era mesmo um mundo de gente), não estava frio algum.
Aqui começou o drama da roupa, tirar a roupa civil e vestir a roupa supostamente preparada para o frio, mas estava muito calor, ele é calças, t-shirt, 2ª camada, 3ª camada, ahh não, nem pensar, com este tempo não uso esta coisa quente (foi o melhor que fiz). Casaco, luvas, botas e pronto, passado quase uma hora, estás toda equipada, tipo boneco michelin, para ires fazer aquela figura ridícula.
Dei uma volta pela vila para ver as vistas e fui buscar o equipamento. Aqui começou o primeiro drama, ora vamos lá saber que botas são aquelas?? Que peso monstro nos meus pés, logo ali fiquei com um andar que me recuso comentar, basta vocês saberem que pesam muito e apertam a perna.
Tudo pronto, monstros do demónio na pés, skis na mão, ligo à professora que diz "olá, estou á sua espera na escola, pode subir", subir?? Como subir?? Então mas tenho de ir de teleférico? Começou aqui o drama 2, eu tenho pavor de alturas, já andei no teleférico da Expo, durante a exposição umas 2 vezes, a suar em bica e agora tinha de entrar novamente numa cabine, pior, tinha de entrar dentro de uma cabine com aquelas botas e aquele andar, tinha tudo para quem viesse a trás de mim soltasse uma gargalha.
Lá subimos no cestinho e fomos ter com a professora para dar inicio à aula. O miúdo calça os skis e começa logo andar, parecia ele que andava sempre de skis (até irrita tanta desenvoltura).
As primeiras noções básicas, até aqui tudo perfeito, quer dizer quase tudo, estava muito calor (abençoei a minha teimosia em não ter vestido a 3ª camada) e lá começamos a deslizar (pensei fácil, isto afinal não é assim tão difícil, depois senti o peso da p$%& das botas).
O Miguel foi o primeiro a sentir o quanto a neve é fofinha, depois desenvolveu uma atracção física tão grande que passava a vida no chão, se aquilo não foi amor a primeira queda, não sei não.
O miúdo lá andava para cima para baixo, de costas, já me irritava tanta destreza...
As duas alminhas não puseram protector solar, tudo muito macho (palavra fofinha para parvos), o calor era muito, claro que com aquela pele de princesa estavam a ficar tipo cor de bêbado.
O uso do capacete é sempre uma mais valia pois as pranchas na nossa cabeça é coisa para fazer um galo, o calor era imenso (porra, a malta vai em Fevereiro para a neve, a 2.700 metros de altitude, não é suposto estarem mais de 20 graus, aquilo era trocar tudo pelo bikini).
Chegou altura de fazer o triângulo ou a cunha, como é conhecido. Começo a treinar e ouço a professora "Catarina abra as pernas, abra as pernas", oh diacho, assim à bruta sem um café primeiro, como assim abra as pernas, daqui a pouco estou a fazer a espargata, a ideia não é andar em pontas mas sim nos skis, olhei para trás e lá estava o Miguel de cu na neve, é o que eu digo o homem ficou apaixonado pela braquinha, estava sempre pronto a dar-lhe um miminho.
Estava pronta para começar aventura de esquiar, lá fui para a pista e começo a descer, sem bastões, a professora tirou-me os bastões (oh cum carai, então esta quer ver se eu vou ao charco? não fui ah haja paizinho mas dominei bem os skis). Subir no tapete e voltar a descer, desta vez com os bastões, corpo inclinado para a frente e siga. Estava na altura de seguir para outra pista, aqui pensei ai bailhame todos os santinhos, isto vai doer tanto, que vou ficar com este meu rabo todo dorido. Bem, na realidade, custou, era uma pista mais técnica e tentei ir devagar, o tentar é mesmo uma figura de estilo, tentem lá descer uma montanha de neve sem travões? ahh pois filhinhos, aqui entra a cunha e a tal abertura de pernas, digamos que fazemos uma figura nada recomendada, mas também enfiada naqueles trambolhos de roupa o que esperavam?
Efectivamente consegui não cair e não vazar a vista a ninguém, mas lixei o joelho ao desviar-me de uma miúda pequena que se atravessou a minha frente e cai, pensei f$%#& vou passar a garota a ferro, ou melhor estava preste a espetar um ski na testa da garota, consegui desviar-me, mas como sou toda descoordenada o joelho foi para a direita, quando todo o corpo virou a esquerda, bem que se lixe não acertei com o meu peso de búfalo da miúda, nem era um dia feliz na neve sem um pequena aventura.
O Miguel com tanta queda já tinha encostado às boxes, eu e o pequeno lá andávamos para cima e para baixo até chegar o momento de voltar a descer no cestinho até a vila, entregar o equipamento e passar pela vergonha de não conseguir descalçar aquelas coisa. Foi espectacular e bonito ter um matulão a tentar tirar estes pés de ogre dentro das botas.
Ressalvo o cheiro a churros de chocolate que emana pela vila, mas nós somos portugueses e fomos para as tapas de presunto e queijo ibérico.
Se gostei? epha como vos dizer isto.... adorei, lá em cima não pensas em nada, bem pensas em não cair, ou em não fazeres um lanho na testa alguém com aqueles laminas.
Se vamos voltar? humm, já esta a ser marcado, obviamente que vamos voltar e mais dias.
Chegado o grande dia, lá fomos de manhã cedo subir a serra, estava calor em Granada, pensei lá em cima esta frio (estava nada). Chegados à Serra Nevada já estava um mundo de gente (e quando falo um mundo de gente era mesmo um mundo de gente), não estava frio algum.
Aqui começou o drama da roupa, tirar a roupa civil e vestir a roupa supostamente preparada para o frio, mas estava muito calor, ele é calças, t-shirt, 2ª camada, 3ª camada, ahh não, nem pensar, com este tempo não uso esta coisa quente (foi o melhor que fiz). Casaco, luvas, botas e pronto, passado quase uma hora, estás toda equipada, tipo boneco michelin, para ires fazer aquela figura ridícula.
Dei uma volta pela vila para ver as vistas e fui buscar o equipamento. Aqui começou o primeiro drama, ora vamos lá saber que botas são aquelas?? Que peso monstro nos meus pés, logo ali fiquei com um andar que me recuso comentar, basta vocês saberem que pesam muito e apertam a perna.
Tudo pronto, monstros do demónio na pés, skis na mão, ligo à professora que diz "olá, estou á sua espera na escola, pode subir", subir?? Como subir?? Então mas tenho de ir de teleférico? Começou aqui o drama 2, eu tenho pavor de alturas, já andei no teleférico da Expo, durante a exposição umas 2 vezes, a suar em bica e agora tinha de entrar novamente numa cabine, pior, tinha de entrar dentro de uma cabine com aquelas botas e aquele andar, tinha tudo para quem viesse a trás de mim soltasse uma gargalha.
Lá subimos no cestinho e fomos ter com a professora para dar inicio à aula. O miúdo calça os skis e começa logo andar, parecia ele que andava sempre de skis (até irrita tanta desenvoltura).
As primeiras noções básicas, até aqui tudo perfeito, quer dizer quase tudo, estava muito calor (abençoei a minha teimosia em não ter vestido a 3ª camada) e lá começamos a deslizar (pensei fácil, isto afinal não é assim tão difícil, depois senti o peso da p$%& das botas).
O Miguel foi o primeiro a sentir o quanto a neve é fofinha, depois desenvolveu uma atracção física tão grande que passava a vida no chão, se aquilo não foi amor a primeira queda, não sei não.
O miúdo lá andava para cima para baixo, de costas, já me irritava tanta destreza...
As duas alminhas não puseram protector solar, tudo muito macho (palavra fofinha para parvos), o calor era muito, claro que com aquela pele de princesa estavam a ficar tipo cor de bêbado.
O uso do capacete é sempre uma mais valia pois as pranchas na nossa cabeça é coisa para fazer um galo, o calor era imenso (porra, a malta vai em Fevereiro para a neve, a 2.700 metros de altitude, não é suposto estarem mais de 20 graus, aquilo era trocar tudo pelo bikini).
Chegou altura de fazer o triângulo ou a cunha, como é conhecido. Começo a treinar e ouço a professora "Catarina abra as pernas, abra as pernas", oh diacho, assim à bruta sem um café primeiro, como assim abra as pernas, daqui a pouco estou a fazer a espargata, a ideia não é andar em pontas mas sim nos skis, olhei para trás e lá estava o Miguel de cu na neve, é o que eu digo o homem ficou apaixonado pela braquinha, estava sempre pronto a dar-lhe um miminho.
Estava pronta para começar aventura de esquiar, lá fui para a pista e começo a descer, sem bastões, a professora tirou-me os bastões (oh cum carai, então esta quer ver se eu vou ao charco? não fui ah haja paizinho mas dominei bem os skis). Subir no tapete e voltar a descer, desta vez com os bastões, corpo inclinado para a frente e siga. Estava na altura de seguir para outra pista, aqui pensei ai bailhame todos os santinhos, isto vai doer tanto, que vou ficar com este meu rabo todo dorido. Bem, na realidade, custou, era uma pista mais técnica e tentei ir devagar, o tentar é mesmo uma figura de estilo, tentem lá descer uma montanha de neve sem travões? ahh pois filhinhos, aqui entra a cunha e a tal abertura de pernas, digamos que fazemos uma figura nada recomendada, mas também enfiada naqueles trambolhos de roupa o que esperavam?
Efectivamente consegui não cair e não vazar a vista a ninguém, mas lixei o joelho ao desviar-me de uma miúda pequena que se atravessou a minha frente e cai, pensei f$%#& vou passar a garota a ferro, ou melhor estava preste a espetar um ski na testa da garota, consegui desviar-me, mas como sou toda descoordenada o joelho foi para a direita, quando todo o corpo virou a esquerda, bem que se lixe não acertei com o meu peso de búfalo da miúda, nem era um dia feliz na neve sem um pequena aventura.
O Miguel com tanta queda já tinha encostado às boxes, eu e o pequeno lá andávamos para cima e para baixo até chegar o momento de voltar a descer no cestinho até a vila, entregar o equipamento e passar pela vergonha de não conseguir descalçar aquelas coisa. Foi espectacular e bonito ter um matulão a tentar tirar estes pés de ogre dentro das botas.
Ressalvo o cheiro a churros de chocolate que emana pela vila, mas nós somos portugueses e fomos para as tapas de presunto e queijo ibérico.
Se gostei? epha como vos dizer isto.... adorei, lá em cima não pensas em nada, bem pensas em não cair, ou em não fazeres um lanho na testa alguém com aqueles laminas.
Se vamos voltar? humm, já esta a ser marcado, obviamente que vamos voltar e mais dias.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
Arte de pronunciar palavra, ou simplesmente ide maze... parte I
A luta entre norte e sul é coisa
milenar, é pha nem venham com tontarias de que os milenares são os nascidos
entre certos anos, ninguém quer saber disso.
Como estava a dizer a luta entre
norte e sul é algo muito antigo, e chegou à delícia das palavras.
Ora, a sul do Mondego dizem
ténis, a norte do mesmo sapatilha. Vamos lá esmiuçar o cordão da sapatilha,
parece que já vos ouço aso gritos ATACADORES...
Sapatilhas, porque ténis é um
desporto de raquetes em que os próprios jogadores usam "piugos", MEIAS, gritam os
obcecados, brancas.
Sapatilhas é para fazer
ginástica, ou ballet, verdade, mas não é menos verdade que servem para correr.
É a famosa sapatilha do running , ou mesmo para usar casualmente, à típica sapatinha Fashion, que qualquer ceo hoje em dia usa sem temer
Por tudo isso, deixem-se de
coisas, a palavra correcta é sapatilhas. Se olharmos bem a coisa nós jogamos
ténis, não sapatilhas. Parece que já estou a ver a campanha publicitaria,
"Estoril OPen
Grandes líderes das sapatilhas mundiais"
Bem, na realidade, não ficava
mal a imagem de um Tsitsipas de sapatilhas na mão, ao invés de uma raquete,
porque na mão daquele Deus grego tudo fica benzito.
Outra palavra capaz de levar a uma guerra nuclear, quiçá extinção da espécie:
- Pastel de bacalhau versus
bolinho de bacalhau
Aqui, minhas criaturas fofas é
Pastel de Bacalhau, bolinho é doce, bolinho é o bolo de maçã com nozes da minha
tia Francisca. Como o próprio do nome indica, pastel vem de pasta, maçudo,
pastel pressupõe uma massa fina, quebrada, estaladiça. Ora o nosso rei
das tascas e da bagaceira velha é feito com uma pasta maçuda de batata,
bacalhau, ovo e muito estaladiço, como podem verificar é um Pastel não um
bolinho de bacalhau. Tende juízinho e ide beber uma imperial, FINO carai (gritam
vosselências).. Olhem filhinhos, como tudo na vida, existe um pressuposto,
jamais, em tempo algum, existe quêm beba cerveja e continue fino, todos
conhecemos as tão famosas barrigas de cerveja.
Imperial sim e bem tirada por
favor...
Agora não me agastem com os vossos regionalismos, que vou com as minhas sapatilhas comer um Pastel de bacalhau e beber uma imperial enquanto vou pensar na temática, não menos fraturante da nossa sociedade, o café, bica ou cimbalino.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
Não matem os velhinhos
O tema quente deste mês não é o Carnaval, ou a maçarão das férias, é a Eutanásia.
Queima tipo brasa, não é pacifico, todos tem opinião, até o Cavaco...
A múmia, como é carinhosamente apelidada por todos nós, saiu do seu sarcófago para vir dar a sua opinião (nada contra, cada uma tem direito a sua opinião, eu tenho direito a não ouvir as verborreias deste senhor).
Como católica que sou, sou a favor da vida, mas nunca em tempo algum posso limitar isso aos outros.
Como católica que sou, sei o que é a compaixão pelos outros e como tal jamais posso admitir que uma pessoa no limite da vida, sem qualquer possibilidade de cura, em sofrimento total, ou até em estado vegetativo não possa pedir uma morte digna, não possa ter direito a Eutanásia.
Isto não se trata de matar velhinhos, trata-se sim de dar um final digno a alguém que viveu, lutou com todas as forças, mas não resultou. Pedir para morrer não é um acto de cobardia mas sim um acto de muita coragem, alguém que deseja por fim a vida, deixar de estar com os seus familiares, com os seus amigos, acabar com o sofrimento destes, é de uma coragem enorme e de um amor aos outros.
Por isso sim, ninguém tem direito de proibir alguém de querer terminar os seus dias envolto em sorrisos.
Uma coisa muito importante o direito a, não me obriga a, apenas me concede o direito de poder decidir se é ou não o melhor para mim.
Sim sou católica, não tenho vergonha de assumir, acredito em Deus nosso senhor e na força que ele nos dá , mas acredito também que Deus nunca quis o sofrimento de ninguém.
Sim eu sou a favor da Eutanásia
E sim, se algum dia me vir numa situação limite, porra não chorem, deixem me ir e sorriam, façam uma festa toda ela evolvida em sorriso, alegrias, Murganheira e Gin.
Isto não é matar velhinhos, isto é dar oportunidade de alguém de ir espalhar brilho para outro universo.
Queima tipo brasa, não é pacifico, todos tem opinião, até o Cavaco...
A múmia, como é carinhosamente apelidada por todos nós, saiu do seu sarcófago para vir dar a sua opinião (nada contra, cada uma tem direito a sua opinião, eu tenho direito a não ouvir as verborreias deste senhor).
Como católica que sou, sou a favor da vida, mas nunca em tempo algum posso limitar isso aos outros.
Como católica que sou, sei o que é a compaixão pelos outros e como tal jamais posso admitir que uma pessoa no limite da vida, sem qualquer possibilidade de cura, em sofrimento total, ou até em estado vegetativo não possa pedir uma morte digna, não possa ter direito a Eutanásia.
Isto não se trata de matar velhinhos, trata-se sim de dar um final digno a alguém que viveu, lutou com todas as forças, mas não resultou. Pedir para morrer não é um acto de cobardia mas sim um acto de muita coragem, alguém que deseja por fim a vida, deixar de estar com os seus familiares, com os seus amigos, acabar com o sofrimento destes, é de uma coragem enorme e de um amor aos outros.
Por isso sim, ninguém tem direito de proibir alguém de querer terminar os seus dias envolto em sorrisos.
Uma coisa muito importante o direito a, não me obriga a, apenas me concede o direito de poder decidir se é ou não o melhor para mim.
Sim sou católica, não tenho vergonha de assumir, acredito em Deus nosso senhor e na força que ele nos dá , mas acredito também que Deus nunca quis o sofrimento de ninguém.
Sim eu sou a favor da Eutanásia
E sim, se algum dia me vir numa situação limite, porra não chorem, deixem me ir e sorriam, façam uma festa toda ela evolvida em sorriso, alegrias, Murganheira e Gin.
Isto não é matar velhinhos, isto é dar oportunidade de alguém de ir espalhar brilho para outro universo.
sábado, 15 de fevereiro de 2020
Tap versus Explosivos
A piada do mês está feita, então o Maduro da Venezuela, veio afirmar, ou melhor acusar, o Estado Português e a TAP de serem coniventes com a entrada de explosivos no país??👀
Oh bailhanosnossosenhor, definitivamente, este senhor não é assinante da rtp internacional...
Só assim se pode desculpar o facto do homem desconhecer o caso Tancos.
Oh Criaturinha de Deus chegue lá aqui à tia, para eu explicar ao menino, a nossa relação com armas e explosivos.
- Ouça, nós somos aquele povo que inventa um romance melodramático, a roçar acção, para roubar armas de um paiol, num campo militar, pior essas armas era antigas como ó caraças. Não contentes com isso, ainda esconderam o dito material ultra secreto na casa de uma avó....Ora todos sabemos que nas casas das avós só existem pêras em calda caseira, marmelada feita com marmelos e mexida com aquela colher de pau. Armas ??porra ninguém esconde armas junto da marmelada, obviamente que após tão brilhante decisão, tinha tudo para correr mal.
Por isso, o menino não tenha ideias loucas, perante esta caricata situação, acha mesmo que a TAP ia transportar explosivos? O mais certo era acabarem numa qualquer despensa de uma tia solteira a fazer companhia ao requeijão de cabra.
Agora que já fiz um pequeno resumo da nossa ligação às armas, ponha a sua exigência de um pedido desculpa no seu real armário e volte lá a brincar aos governos, aos prisioneiros políticos e deixe os assuntos sérios para pessoas um poucachinho mais capazes.
Oh bailhanosnossosenhor, definitivamente, este senhor não é assinante da rtp internacional...
Só assim se pode desculpar o facto do homem desconhecer o caso Tancos.
Oh Criaturinha de Deus chegue lá aqui à tia, para eu explicar ao menino, a nossa relação com armas e explosivos.
- Ouça, nós somos aquele povo que inventa um romance melodramático, a roçar acção, para roubar armas de um paiol, num campo militar, pior essas armas era antigas como ó caraças. Não contentes com isso, ainda esconderam o dito material ultra secreto na casa de uma avó....Ora todos sabemos que nas casas das avós só existem pêras em calda caseira, marmelada feita com marmelos e mexida com aquela colher de pau. Armas ??porra ninguém esconde armas junto da marmelada, obviamente que após tão brilhante decisão, tinha tudo para correr mal.
Por isso, o menino não tenha ideias loucas, perante esta caricata situação, acha mesmo que a TAP ia transportar explosivos? O mais certo era acabarem numa qualquer despensa de uma tia solteira a fazer companhia ao requeijão de cabra.
Agora que já fiz um pequeno resumo da nossa ligação às armas, ponha a sua exigência de um pedido desculpa no seu real armário e volte lá a brincar aos governos, aos prisioneiros políticos e deixe os assuntos sérios para pessoas um poucachinho mais capazes.
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