O dia, a altura, mais aguardada do ano chega finalmente, não envolta em purpurinas ou foguetes ( até porque nesta altura é de todo proibido, devido ao perigo de incêndio), mas em cimento, não chegou com a toalha de praia, mas veio com o rolo de pintura, a espátula, e toda uma parafernália de ferramentas, que no fundo é quase a mesma coisa e se olharmos bem, tem todo um glamour, menos os parafuso de madeira, raios aparta a e esse piqueno utensílio que é difícil de achar.
No entanto o dia tão esperado chega e seguimos forte, para casa da avó Flor, é todo uma mundo de malas e a mesma conversa , "é preciso isso tudo?" porrr favor... claro que é preciso tudo , nunca sabemos o que nos pode apetecer vestir, após um dia em modo trolha. Ora bem só as coisas de sua Alteza Real Marty Manuel, são mais que muitas, ele são as bolas, ele é as pelúcias ( sim plural levo sempre mais que uma, ora se eu nunca sei se quero o vestir o vestido azul, ou o laranja, ou se quero apenas um calção com um top, o cão pode também não lhe apetecer arrancar a cabeça ao hipopótamo, quer estrafegar o abutre), é a comida, os biscoitos, as taças de comida, enfim é toda uma mala de viagem. Entre roupas de praia\ piscina, há a roupa para sair, ainda temos de contra com o material lúdico, entre jogos, raquetes, roupa para correr,( este ano nem viram a luz do dia, ou saía as 5 da manha para correr ou jogar padel, ou teria de ser pôs ceia, ou seja a 23h, porque filhinhos Alentejo em pleno verão é pior que o inferno, é aquele sitio que o diabo sai bate com a porta e diz, estão entregues a vocês, que isto é demais para mim) temos todo um equipamento de obras para levar, ao que se junta os portáteis , porque ferias é mesmo só no mapa para entregar na entidade laboral, há email que não podem ficar sem resposta, se me faz cair uma falange, não, a tudo isto junto sempre os meu livros, porque ferias sem livros não são ferias, se há coisa que não pode faltar são livros, o que me fez pensar este ano, adquirir aqueles pequenos quadros eletrónicos. Assim em vez de ir carregada de tanto livro, e sim leio quase todos, levava aquela maquina com os livros carregados lá dentro, mas está coisa do vintage estar na moda, eu ser ainda muito livro em papel, pois gosto de sublinhar , gosto muito folhear as folhas, sim tudo grita avó eu sei, mas ao menos é uma avó em bom. Bem vou pensar no assunto, até porque na realidade num piscar de olhos estamos no Natal.
Chegados ao destino, e é tirar toda a tralha do carro, de certeza que os vizinhos quando nos veem chegar dizem "é desta que se mudaram, estamos lixados."
Assim do nada, dou por mim a por mão a obra, porque assim que piso aquela terra, baixa em mim todo um bob o construtor, Fica difícil assim separar a menina do trolha. E dizem vocês, trolha? não usa unhas dos pés pintadas? ..e quê? e porque não usar? calma, porque há limites, trolha mas com glamour. E Não vamos entrar por caminhos apertados que depois não conseguem sair, podem ficar igual ao prego que preguei da parede, torto, mas o prato não caiu, comigo Jesus Cristo tinha tido mais sorte.
E no auge do calor de julho corria o ano do 2025, dou comigo a picar paredes, essa árdua tarefa que me fez inalar uma quantidade de pó, que não tem explicação. Se isto não é o empoderamento da mulher, então não sei. Ela picou, ela acimentou, ela pintou, ela envernizou, e nos intervalos apanha sol na piscina porque há mínimos olímpicos , no fundo tirei ferias este ano para aplicar o ODS 5.
Aquela velha maxima, vou de ferias para descansar, eu faltei a essa aula e não pedi os apontamentos, assim atirei-me de cabeça para toda uma atividade lúdica, se podia ter escolhido fazer macramé? sem duvida, mas em bom rigor assumi todo um trolha dentro de mim, assim continuo sem saber fazer macramé, mas se não tentem debater comigo tamanhos de parafusos ou tipo de brocas, que nestas ferias tirei uma pós graduação.
Mas se julgam que foi só tintas e verniz, desengane-se porque houve lugar a boa comida, gargalhadas com amigos, li muito, e ainda fui presenteada com por do sol únicos porque o Alentejo é tão certo termos umas cores únicas, como a cada esquina dizermos "atão, isso hoje vai ou não"
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