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domingo, 30 de julho de 2023

Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan.

 Está a fazer um ano que uma amiga respondeu a minha pergunta "de mascara? estas bem?"

"Estou , e vou continuar bem, apesar do cancro da mama", caiu tudo ao chão, tudo, mas caraças, íamos dar luta, íamos vencer aquele sacana que ousou tocar na nossa miúda. Sim eu sei que disse "íamos", porque na realidade isto não é uma doença que se viva sozinha, é uma doença de todos, é como a gravidez estamos grávidos, aqui é vamos dar luta, e demos, ou se demos.

A alegria, a força os sorrisos, sempre tiveram presentes, a medica delineou o plano, ia ser duro, quer dizer ia ser muito duro, do c#$#%&$ mesmo, é aqui nós entramos :Athos, Porthos, Aramis  prontos para a luta, que  D'Artagnam ia travar, jamais estaria sozinha





😀😀Eles foram jantares antes, durante e depois, entre gargalhas celebrávamos a Vida , mas principalmente celebrávamos amizade, os nosso épicos tik tok, não podiam falhar, recordo com especial carinho o da feira do livro, onde uma criança olhava para nós de boca aberta enquanto o gelado derretia  na sua pequena mão, 

Rapidamente chegamos a Dezembro e com ele umas das noites mais épicas de 2022, tínhamos combinado ir ver as luzes de Lisboa, foi no dia da São silvestre. Lisboa estava cheia de gente, uns a ver as luzes, outras ultimar as compras, outros que iam correr, outros que iam ver quem ia correr, e nós que fomos para comer e beber. Começamos na ginja depois atacamos os pasteis de nata, passamos pelos pasteis de bacalhau, vai mais uma ginja para empurra , chegamos rapidamente as tapas, onde nos deliciamos com um presunto e queijos espanhóis maravilhoso, mais uma voltinha, mais subida, mais uma luz, mais fotos e claro mais uma ginja( calma que não somos alcoólicos, foi ginja, porque é servida em copo de chocolate, e no fundo nós somos é gulosos, apenas celebrávamos a vida amizade e o Natal é muito isso) 
De repente estamos no Miradouro de São Pedro de Alcântara e ouvimos o anuncio da São Silvestre, e toca a descer até aos restauradores para assistir a partida, onde tínhamos amigos, inclusive, um vestido de pai de Natal, todo ele com luzes pelo corpo. E aqui ficou a promessa em 2023 vamos todos fazer a corrida de São silvestre, vão ser 10km de magia, Lisboa não esta preparada para tanto brilho , tanto glamour. Vamos correr\ caminhar, ao pé coxinho e até de gatas, mas vamos de Tutu, palavra Mosqueteiras. 
Acabamos a noite à conversa com um emigrante que vendia artesanato para poder ir ter com os filhos a Paris, um pouco surreal, mas demos um pouco de alento a este homem, afinal só queria falar e era Natal 

Em Abril recebemos a noticia que queríamos e que nunca duvidamos, estamos bem, tudo tinha corrido bem, claro que fomos comemorar em grande. D'Artagnan tinha mandado o  Richelieu para o caralhinho

Escrevemo-nos na Corrida da Mulher ,como forma de celebrar a vida, de tantas corridas que já participei, esta teve um sabor especial , foram os melhores 5 km de sempre, entre pulos sorrisos lá íamos fazendo km a km, quase no final chega a nossa Julieta( o Joao)  para  dar aquele Boost final que e D'Artagnan precisava.

D'Artagnan chegou cansado, mas feliz e acompanhado pelos seu Mosqueteiras e pela sua Julieta 

Entramos no verão e por motivos logísticos a praia só está disponível para D'Artagnan a partir de Setembro, pois então que seja em setembro, vai ser até o sol se por, se vai ser épico? obviamente que vai, 


Quase a fazer um ano dizemos com orgulho:

Uma por todos
todos por um

Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan. Familia

Ps: Aramis continua a ficar uma semana em cada de cada um dos Mosqueteiros ( sim é uma private joke)

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Os anos continuam a passar, sem eu os contar

 Mais um ano sem ti, se me perguntares quantos são? respondo não os contei, deixe de os contar, sei que mais um ano passa, sem ti.

Ficou tata coisa por dizer, ficou tanto abraço por dar....

Tenho a certeza que estas com o teu fato, sem gravata, a beber o teu whisky irlandês, a fumar as tua cigarrilhas e a ver-nos.

Nunca me conformei com o facto de não me ter despedido de ti, Nunca aceitei, o facto de me ter sido negado o meu direito como filha, de te dizer o quanto te amava, o quanto eu gostava de ti.

Papa, tenho saudade tuas, saudades das gargalhas.

Papá o Quico esta um homem, esta parecido contigo, ias ficar orgulhoso, vai para o terceiro ano de Engenharia Biomédica, sabes que tem um bigode como o teu? fica giro.

Papá, eu estou bem, gosto do que faço, tenho estudado, feito uns cursos, estou quase a fazer 50 anos, imagina um quarto de século a espalhar sorrisos e gargalhadas. Uma vez disseste "nunca deixes de sorrir , tens um sorriso que ilumina uma sala minha kiki" , pois digo papá nunca deixei de sorrir, mesmo quando estou triste, mesmo quando estou magoada,

Papá, de tanto que ficou por dizer, de todas as palavras ,que tive de engolir juntamente com o choro da tristeza, há umas que tenho de te dizer... 

Papá Gosto muito de ti Papá adoro-te, Papá serei sempre a tua Kiki

Hoje faz anos que nos deixaste, quantos anos são? não importa pois não? o que realmente importa é que já não estas entre nós, o que realmente importa é que não te disse o quanto eu gostava de ti.

Os anos vão continuar a passar ,e eu vou continuar a não contar, na esperança que a saudade , a dor acalmem, os anos vão continuar a a passar e eu nunca vou esquecer o nosso ultimo telefonema, nunca vou esquecer o sorriso da tua voz, Os anos vão continua a passar e vou continuar a não contar

Papá eu gosto muito de ti💫






terça-feira, 23 de maio de 2023

25 anos de Olharapos

 Fez dia 22 de maio, 25 anos de abertura ao publico da EXPO 98, um  marco no nosso país

O local escolhido, junto ao rio Tejo, foi excelente ,pois foi possível reabilitar toda aquela zona da cidade, antes era mais uma caixote lixo a céu aberto esquecido, entre quarteis, lixeiras, matadores, parque de contentores, venha o diabo e escolha.

Sob o tema dos Oceanos "Um património para o futuro"( já éramos uns visionários) , e claro os 500 anos dos descobrimentos, aqui podem bem levantar as maõzinhas ao céus, e a todos os anjos, por não existir a temática dos cancelamentos e rasgar de vestes, relativamente as coisa do passado. 

Esta mania de tentar anular toda uma historia, todo um passado, quer queiramos ou não ele existiu, é algo que me ultrapassa. Se houve coisas erradas? houve claro como em tudo, mas aconteceram, fazem parte da nossa historia como povo, e sim fomos aventureiros, sim fomos em cascas de nozes para o mar na procura de outros mundos, sim escravizamos, sim fizemos um sem numero de merdas erradas, mas também fomos os primeiros abolir a escravatura, a pena de morte.


Boom, avancemos no que realmente me leva a escrever, os 25 anos de Peregrinação, e não é a de Fatima, mas sim um espetáculo que acontecia todos os dias ao entardecer, onde criaturas gigantes deambulavam pelo recinto, onde um rinoceronte vinha do rio, com figura mitológica.


Enquanto saltitávamos de pavilhão em pavilhão, deambulavam os Olharapos, bichos irrequietos, feitos de ferro, alguns esguichavam agua, outros lume, por vezes uns faziam bolas de sabão, qual o significado?, não sei, não perguntem.



O famoso teleférico que nos transportava do lado sul, para o lado norte, ou vise versa, de onde ecoava o famoso grito tribal  OHHHH ELSAAAAAAAAAAA( nada me tira da cabeça que foi depois da expo98, que surgiu a ideia de criar uma princesa do Gelo chamada Elsa, a Disney viu todo um potencial neste nome). Também há quem jure que durante a pequena viagem, chegou haver uns amassos e uns beijos trocados, eu não sei de nada pois não vi.


A  noite tudo fica iluminado com o espetáculo final Aquamatrix, onde com todo um malabarismo se explicava qual seria o futuro próximo, dos oceanos e do planeta se não começássemos a cuidar dele, digamos que 25 anos depois esta tudo pior, uma vez que ninguém ligou. Porque como todos   sabemos, festa é festa e a malta quer é copos, e se a nossa cerveja é especialista em festas, (mas isso é outro assunto , pois o que se passou na Expo 98 vai ficar na expo 98.) e ninguém ligava muito ao que estava acontecer com os oceanos, o seu aquecimento, a subida dos mesmo, e agora choram cada vez que acontece uma intempérie. Malta nós aqui no pequeno retângulo, a beira mar plantado , bem avisamos, vocemesses não ligaram um cu.

Se houve coisa excelentes durante todos estes meses onde o " logo encontramo-nos no café as 21h" ganhou todo un outro significado, uma vez há 25 anos atras a maioria de nós tinham terminada a licenciatura, outros já estavam no seu 1 emprego e havia ainda 3 loucos que quiseram fazer parte desta aventura por dentro, tínhamos o Dani na porta Norte, o Pedro na porta do Sol e o Miguel na porta Tejo, ficou-nos a faltar um na porta Sul, tínhamos toda uma teia de contatos, metida dentro da expo. Na realidade foram meses onde além do nosso spot noturno ter mudado da taberna habitual, para a expo,( Obviamente que tínhamos todos comprado o passe de 3 meses que depois foi prolongado por mais um mês) com também podemos assistir a enumero espetáculo fabulosos, claro que os Delfins não entram no rol de coisas fantásticas, foi sim e só apenas um erro de casting, que devemos perdoar, afinal já passaram 25 anos( mas deixou marcas, ao nível de não conseguir olhar para a baia de Cascais da mesma forma, claro que ver o nosso celinho lá sentado com o seu calção azul , também não ajuda, mas adiante)


Não posso deixar de falar nos vulcões, que ainda hoje fazem as delicias do Parque. Na expo98 eram um dos ex-libris, e no verão que foi quente lá nos colocávamos debaixo , para levarmos um banho quando  este entrava em erupção, já não me recordo de quem foi a ideia, mas foi simplesmente magnifica, e tão magnifica que ainda hoje toda alameda dos oceanos tem os seus vulcões.


E o Gil? esse grande navegador que dobrou o Cabo Bojador em 1434 e abriu novas portas ao desconhecido? Não, falamos mesmo na mascote da expo 98, o nosso Gil, que mais não era que uma onda da canhão da Nazaré, já naquela altura apostávamos tudo naquele potencial turístico, que é surfar as ondas da Nazaré. O próprio Mcnamara depois de ver aquele cabelo do Gil, tão anos 90, pensou " que me caia aqui já o Cap azeiteiro se eu não vou surfar aquelas ondas" e assim fez.

Já o nosso Gil , dava as boa vindas  aos visitantes, sempre de abraços abertos para nos abraçar e convidar em proteger um patrimônio único do mundo que são os oceanos.

E assim já passaram 25 anos, onde se reaproveitou e qualificou toda uma zona, que era marginalizada, feia e suja numa das zona mais caras de Lisboa, onde existe um parque de lazer , um centro de exposições e espetáculos, onde as grandes empresas nacionais e internacionais tem as sua sedes, ou delações.

Até aqui demos cartas em relação a Sevilha, damos 10-0 ao nível de todo uma gestão e planeamento do próprio espaço

Chupemm  

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Cancelamento versus indignação musicais

Quase a fazer 50 anos, olho para trás e vejo as musicas que cantávamos no colégio, juntamente com as irmãs vicentinas, e penso éramos tão felizes e mal sabíamos a espiral de loucura que ainda íamos ter de atravessar. 

Hoje em dia qualquer ai, ui é motivo para qualquer ser humano ser bloqueado, cancelado, com a pandemia essa malta emergiu das grutas e estão uns doidivanas, que até os livros do Cincos foram cancelados. 

Essas letras vistas aos  olhos de 2022 olhos de chalupas, eram cancelas na hora, após muita indignação via twitter, obviamente a rede do demónio teria um papel predominante, na indignação e no cancelamento 

Então vejamos a primeira, (São tantas, que não vou poder falar de todas, falo das que mais significado tem porque eram as que a irmã Luísa cantava sempre)

Eu perdi o Dó da minha viola: Sendo  uma musica literalmente pós 24 Abril, todos os que cantavam eram camaradas, pois o refrão diz claramente é bom camarada é bom camarada, aqui vinham os chalupas gritar e bater no peito que estavam a doutrinar as crianças. Eu perdi o dó da minha viola, dormir é muito bom, além de comunas são preguiçosos, e por ai fora

A saia da Carolina: Aqui a Carolina tem um lagarto pintado na saia, as paginas tantas diz a letra tem cuidado ao Carolina que o lagarto dá ao rabo, uiii um lagarto que dá ao rabo numa saia tem tudo para sair gritos de zoofilia, depois o lagarto fica encarnado (tudo isto numa saia, aqui as hoste futebolísticas lançavam petardo para defender a honra minada do lagarto, pois todos sabemos que os lagartos são verdes, e a malta do lado errado da  2 circular hiperventila, se lhe tocamos no bicho.

Não contente com este versos, continuam, "a saia da carolina tem um barra encarnada tem cuidado ó Carolina que a saia sai rasgada", não basta a Carolina ser daltónica e dizer que o lagarto é encarnado como também é uma grandíssima vacarrona, pois anda com a saia rasgada. Ora esta letra só por sim era coisa para ser declarado guerra mundial ao nível da redes sociais   


Temos as pombinhas da catrina, estas eram uma galderias que andavam de mão e mão ,depois de enfardarem milho do pombal do São Joao, acabaram na quinta da Rosalina, como eram pombas tinham asas e sendo assim não paravam quietas as bichanas, mas esta letra tem outro sentido, por entre a quinta da Rosalina a criatura, a Catrina, foi a fonte e partiu a cantarina, obviamente que deu merda, porque ouviu logo da mãe, a ladainha de sempre "  "mãos de manteiga" " Cabeça de vento"


Agora atentem no resto dos versos:

Se tu és o meu amor,
dá-me cá os braços teus,
se não és o meu amor,
vai-te embora, adeus, adeus.

Por ser o pombal tão estreito,
e asas termos pr'a voar,
nós voamos com tal jeito,
que não queremos já voltar.



Isto nada tem a ver com pombas pessoas, isto é toda uma ode á pouca vergonha, já deu para ver o porquê da vaso se ter partido na fonte, obvio que a Catrina não ia dizer a mãe, que tinha partido aquilo porque estava em a verificar a espessura dos bíceps do Manuel 

( não esquecer que estamos  a falar de letras antes 25 abril, que foram cantadas depois do 25 abril, no colégio cantávamos estas musicas de esquerda caviar, de referir que andava num colégio de freiras, na altura  não eram dados ao 2 sentidos das letras, que todas elas eram gritantes)

Não podia deixar de falar do gato que coitado estava sempre a levar com o pau," a D. Chica assustou-se com berro que o gato deu", Mas queria o que? levar com um pau e aposto todas as fichas, em como era de marmeleiro, no lombo doí. Ora esta musica, vista através dos nossos olhos hoje seria  impossível, vinha o PAN, o IRA(não o irlandês), vinham as carpideiras das redes socias, era toda uma indignação coletiva porque não se faz mal aos animais, porque esta musica é um apelo a violência, é coisa para por as crianças a ter seções de terapia 



Em bom rigor, toda esta musica é um atentado ao bem estar animal, visto aos olhos de hoje em dia, mas como todas as musicas daquela época, e há muitos mais tesourinhos, deve ser visto , olhado e entendido, como musicas escritas  em época de ditadura, outras com pouco tempos em democracia.

E como refiro as musicas, ou os livros, e outros temas que devemos olhar á época, julgar , apontar o dedo é fácil, o que já parece difícil é aceitar as coisas como eram á época, pensar e calçarmos os sapatos dos outros.


sexta-feira, 12 de maio de 2023

E tudo o Nabão lavou

 Conversa , puxa conversa entre colegas de trabalho, assim meias tresloucadas como eu, surge a ideia peregrina de fazer a descida dos rápidos do Nabão, não se trata de um campo enorme de nabos, mas sim o Rio Nabão que vai até Tomar.

Entre trocas de e-mails para saber quem vai e marcar, como bons portugueses que somos, a pergunta foi logo "E almoço?", mais uma logística, nada que a nossa Carla não desse a volta habituada a que ela esta nessas andanças, lá se reservou tudo , com almoço no final.

Nem demos pelo tempo avançar e hei-nos chegado ao dia 22/4. Tinha chovido dois dias antes,( o que nos fez temer um pouco)e o dia acordou  meio tristonho, com nuvens , nevoeiro, um frio de primavera, nada a temer e lá arrancamos para a praia do Agroal.

Fui a primeira a chegar, um frio, que me fez desejar ter trazido uma manta polar, um chocolate quente, quiçá uma botija agua quente. Começam a chegar pessoas, que não são do grupo, pensei será que também vão? naaaa, bem enganada estava, mas já lá vamos.

Lá chega toda a malta, dá-se um piqueno briefing, uso do colete, o calçado o percurso, até aqui tudo de bem, lá  rumamos a praia,  e é dado um pequeno apontamento,uma nota sobre como travar( e aqui é realmente muito importante, porque o saber virar na hora certa, evita ficar cravada de silvas, qual Cristo pregado na cruz com a coroa de espinhos, ou  ir encontro a tronco do demónio, que resolveu lá ficar plantado, só para me lixar a vida)


Equipas feitas e diz o monitor\Guia " é sempre em frente, nada temam, o rio encaminha-vos até lá, vemo-nos na chegada".
Aqui começa a verdadeira aventura, se eu já tinha entrado ou entrado dentro de um caiaque/ barco? já, barquinhos do Campo Grande, e não comecem com historias, porque quem consegue fazer aquela curva a primeira ,sem matar 2 ou 3 patos e sem bater na margem ficando atravessado no canal, cortando o acesso a que miúdos andem aos beijos envergonhados, entre aquelas arvores, consegue tudo.

No fundo como iram ver é todo um BBC Vida Selvagem



Claro que navegar na  barragem da Sta Luzia,  também conta, se são aguas calmas? não confirmo , nem desminto. Lá vestimos os coletes e avançamos primeiro erro, usei meias que uso para a prancha de Sup Padell, são excelente para me equilibrar em cima daquela gerigonça, péssimas para rio com pedrinhas, que mais parecem dentes esfaimados de Piranhas, mas vá adiante, segundo erro, não levar a Gopro, presa ao pulso, ao pé ou noutro sitio qualquer, a dado momento  pareceu ideal a alça do bikini, pareceu ótima para prender a porra da maquina, de forma a não andar no meio do rio a nadar atrás de uma maquina fotográfica.

Primeira curva feita, sem virar o barquinho, lá seguimos, em fila, as outras pessoas que não eram do grupo ,afinal também vinham connosco , mas esses a ver pela forma como rapidamente desapareceram do meu horizonte, fizeram batota e activaram um motor na ponta da pagaia, só pode.


Como referi tinha chovido , nos dias que antecederam a descida e assim o rio tinha um caudal  maior e havia muito limo, ora volta e meia lá ficava enfiada numa sopa de agriões, e foi aqui que se deu o primeiro Gif, estou eu a tirar fotos as colegas que iam a minha frente quando ouço alto em bom som" rema agora c££€§, para a esquerda, ora quem me conhece sabe que:

1- Sou totalmente descoordenada

2- tenho dislexia agravada, eu acho que já vai mais em alzaimer . Devia ter antes gritado "rema para a TUA esquerda", como não foi isso que aconteceu, quanto tentei corrigir a trajectória, era tarde de mais e lá estava aquele tronco que ia quase até meio do rio, cheio de silvas, ainda tentei com a pagaia bloquear aquele ataque de madeira, qual karete kid, mas o mal estava feito, ia ficando sem cabeça. Caiaque virado tudo na agua, a Simone ainda grita " olha a pagaia" isto porque não podíamos perder a dita, uma vez que necessitamos da gaja, para remar até ao final, ou então era levar o barquinho as costa ou a nado, durante os 9 km

Obviamente que o meu primeiro pensamento foi, que se lixe o remo, eu quero é a Gopro, com o rio um pouco turvo, nada vejo, soltei uns impropérios, quando vou a nadar buscar a pagaia, lá ia a maquina a boiar alegremente, consegui apanhar ambas , trepei para dentro do banquinho e lá seguimos viagem, sem mais sobressaltos, apenas uns arranhões das silvas.

Tivemos de parar todos, inclusive a malta do motor, pois faltava umas colegas nossas,  não avistamos ninguém, a segunda monitora, pediu para esperamos um pouco que ia ver onde andavam, Os gajos do motor na pagaia também queriam ir, não gostavam de estar parados, a minha maltinha preferiu ficar a trincar bolachas, há prioridades sempre bem definidas 

Chegada das nossa miúdas e lá  arrancamos todos para açude, onde tivemos de contornar uma arvore e encostar tudo a direita e ficar a espera agarrados as pagaias uns dos outros, para não irmos com a corrente. foi um momento fofinho.


Aqui comecei a rezar, eu e as alturas não nos damos bem politicamente, tínhamos de sair do caiaque, e descer uma escadas, onde levamos com agua em cascata nas pernas, agarrada a uma corda, que os turbo Men já seguravam ( como é que desceram, sendo que tinham de ser 3 agarrar a corda é algo que me fez confusão) chegando a nossa vez lá remamos devagar ate ao sitio, para apear e começar a descer as escadarias do demônio, não levamos o caiaque as costa, se bem que a ideia seria épica, não, o barquinho foi literalmente atirado borda fora pelo açude.

Agora imaginem um Gif descoordenado, com pavor de alturas, a descer umas escadas cheias de limo, musgo ou coentros, o que quiserem chamar , era verde, esse Gif era eu ,agarrada a uma corda, se balancei? o que se passa no Nabão, fica no Nabão, mas cheguei ao fim onde fui agarrada pelo turbo men, para não experimentar a temperatura da agua 


Na realidade eu não testei a temperatura da agua no lombo, mas a minha colega experimentou com toda a magia, foi épico, soltamos gargalhadas animadas


Chegados aqui, foi feita uma pausa , não com kitkat, mas com perâs e bolas maria, confesso que nesta altura,eu já mamava fácil um leitão no espeto, foi bolacha mesmo que comi, e soube igual ao leitão, com o molho picante e tudo.

Migalhas limpas e lá vamos para a 2 parte do percurso, aqui o monitor empurrou o nosso barquinho contra o rochedo, a ideia não era espetar o focinho do mesmo, mas virar antes de embater, de modo apanhar a corrente e descer pelo rápido certo, sem vazar uma vista ou acabar com um peixe na boca, Missão cumprida com sucesso, sabe lá Deus como, mas não vamos questionar ajuda divina, aqui nesta parte temos que remar com mais força, a atenção tem de ser redobrada, tal como a coordenação de movimentos, obvio que comigo tem tudo para correr mal ao nível dos  movimentos, de tal forma que acabei por virar o caiaque ao contrario e assim conseguir a proença de remar e descer dois dos rápidos de costa, mas com uma elegância, digna de uma princesa. Vamos lá ver, se é para ir , então é para ir com estilo.

As duas por três ficamos enfiados nas liana do Tarzan,  vem na minha direção o barco da Dani e Simone, contra nós, ficamos encostados ainda mais aos troncos, e quando estamos a sair somos abarroados pelo caiaque dos paulos,   o meu caiaque entalado entre os outros dois vira, charco com a menina, foi uma queda, digamos bonita, porem aparatosa, no meio da floresta tropical , deixei de ver o Miguel , os outros seguram caminho, numa espécie de  trailer digno de Darwin e a sobrevivência da espécie humana( como referiu o P.André, quando tentou ajudar o Miguel)


Pagaia vai, pagaia vem, lanço-me num mergulho, encarpado com um flick flak à retaguarda para apanhar a dita que já ia na loucura da corrente        ( bitche), pagaia capturada numa total cena relatada por David Attenborough .

E chegamos a parte emocionado do dia, tentar subir para dentro do caiaque com agua a meio do tronco, apos queda dentro de agua, foi toda uma aventura, entre gargalhadas, e tentativas de trepar para cima da proa, ao ponto de eu dizer" ok não se preocupem, eu levo o barco debaixo do braço, antes isso que partir toda uma dentição". O monitor a rir tira fotos, e  lá encosta o barco ao meu, puxa-me pelos braços e é toda um piquena lontra a deslizar graciosamente para dentro do caiaque, pronta para remar até ao frango assado. lá seguimos 

Chegamos ao fim da nossa aventura, entre risos, e muita fome,  fomos comer leitão com batatas fritas, os hater's vem dizer que era frango de churrasco


 O sorriso fala por si, foi um dia maravilho passado entre colegas de trabalho e familiares 

#SomosDeco



segunda-feira, 3 de abril de 2023

Chalêee

 Três anos depois voltamos ao dunkin donuts do monstro das bolachas, as tapas e tinto verano, Chamarem tinto aquele refresco, é fazer o Deus Baco bater com as fuças no tumulo, e tudo o que é taberneiro Tuga gargalhar, mas adiante, levamos  nós o vinho, e o assunto fica resolvido.

Quando aqui estivemos em Fevereiro de 2020, mal sabíamos nós que quinze dias depois íamos fechar ao mundo, e todo o planeta ficaria confinado,  a fazer pão, desenhar arco íris, fazer danças estranhas na janela( don´t ask) com escassez de papel higiénico a nível mundial, ( aqui esta um fenómeno que nunca percebi muito bem, a corrida louca ao papel higiénico, relembro que três anos passaram, e o meu vizinho do 2 andar, ainda tem na varanda uma prateleira com varias embalagens) . Bem, dizia eu, que tinha estado de ferias na neve em 2020, pois que voltamos três anos volvidos, voltamos mais gordos, mas velhos e mais parvos, mas isso também faz parte do nosso encanto, principalmente do meu,  não voltamos sozinhos, o Marty Manuel foi connosco ( para quem anda distraído Marty Manuel, ou como é conhecido por nós, Sua Alteza Real Lord Marty é o nosso cão, na realidade é o verdadeiro dono desta porra toda)

Se da primeira vez ficamos em Granada, num hotel todo xpto, desta vez optamos por ficar na vila num Chale  de montanha, um apartamento maravilhoso a fazer lembrar, os chalés dos Alpes, daqueles onde morava a Heidi e o Pedro, (onde Clarinha prima da Heidi foi- se lá meter para estregar todo aquele ambiente romântico do pequeno pastor e da menina do avô)Tivemos um reação maravilhosas com chocolates, até sua Alteza real teve direito a biscoitos. Sem duvida uma aposta ganha 


Só vejo vantagem ficar mesmo na Serra Nevada, estamos perto dos teleférico, vimos a casa almoçar e fazer xixi, caso seja necessário, é toda uma animação pós ski, com os bar a encherem-se de gente, boa musica, enfim é toda uma animação. A desvantagem, sim porque isto não pode ser tudo azul com balões e flores, tem de haver um se não, aqui são os espanhóis, épha que povo tão surdo, sim devem ser todos surdos, atendendo ao volume com que falam, ou melhor dizendo com que berram. Este povo parecem exortados em corno de cabra maltês, tal é a berraria. tirando o volume, são um povo simpático, já para não falar daquele presunto pata negra com 24 meses de cura, bailhameZeus que maravilha, depois olhamos para o pão deles, e percebemos o porquê do nosso Afonso Henriques ter arriado na mãe que andava a comer um fidalgo espanhol, e o porquê de ter sido uma padeira a correr com os espanhóis á paulada desta terra, mas que merda de pão aquela gente come.


Mas vamos ao que interessa, a menina foi novamente esquiar, e aqui começam todo um meme, ou quiçá um gif. Começa logo com a roupa, 1 camada? não, vai é mesmo de t-shirt, ainda levei a térmica que foi só fazer turismo, 2 camada? nem pensar vestir um polar, com este sol vou assar qual frago de espeto, Vestir as calças e calçar o demônio das botas, porque é que não é tão mais fácil de calçar como as sapatilhas? oh bicho mais difícil de calçar, mas tarefa concluída com sucesso e na base de muito vernáculo. Andar com aquilo no piso normal , é todo um senhor Sempre em pé do Noddy,   mas não vamos falar  disso porque não há vídeo, não há fotos, não esta na net, logo não existe ( espero que não haja por ai filmes da minha caminhada até ao teleférico).

Se não sabem deviam saber, eu detesto alturas( sim, já fiz montanhismo, não me faz confusão, mas andar em teleféricos a historia é outra) mas se queres esquiar, ou simplesmente beber,  uma cerveja a 3000 metros de altitude, tens de subir até lá acima, sendo assim, aqui a criatura lá vai a entrar e quase que se esbardalha toda, quase que vasa a vista ao senhor do snowbord, com um dos skis, (aquelas cabines são estranhas, não param) risadas e pedidos de desculpa em espanhol, lá seguimos naquelas caixas de nozes, chegado lá a cima, começo a subir até a minha zona de confronto, toca de colar as botinhas presas no skis e começar aventura, começo um pouco a medo, mas rapidamente começo aventurar um pouco mais, para travar , sim convém saber o básico nomeadamente travar, se assim não for, é coisa para rebolar pelo rio a baixo, fácil fácil, e com a sorte que me acompanha sempre, provocar toda uma avalanche.

Sendo assim, ou fazes a cunha, ou começas a travar em paralelas que cansa menos, agora digam-me vocês, eu que sou uma pessoa toda descoordenada a travar em paralelas, é quase como ver um símio a fazer surf, Mais depressa o símio fazia surf. Na realidade é que consegui, sim pessoas mai lindas do meu blog, eu CONSEGUI fazer as paralelas, fiquei obviamente muito feliz. Mas como diz o ditado, não bela sem senão , lá fui lamber a neve, não aconselho, é muito fria e as beiças ficam coladas. Como dizia fui ao chão porque começo a esquiar em brincadeira, de costas, e de repente a velocidade aumenta o que faz uma pessoa normal? trava, como trava? cruzando os skis a trás, como faz a kiki? tem uma branca e esquece como é que devia trava e vai dai , atira-se para o chão, não fosse ir contra  algum esquiador qualquer vasar lhe as ventas 


Outro drama, são as luvas, senhores luvas é algo que enerva, se temos de usar ? sim temos, se dá jeito? não, não dá, porque as mão ficam transpiradas e tiramos as luvas pumbas, já é um drama para voltar a vestir as mesmas,(Nota Mental comprar uma luvas numero maior.), ativei o meu modo prática e esquiei sem as luvas mesmo.

Se foi bom? Foi magnifico, o meu Marty adorou, lá terei de voltar, porque alguém tem de dar algum glamour aquelas gentes 




Até Janeiro  quiçá  dezembro

sábado, 24 de dezembro de 2022

Mas a final o que é o Natal?

 E chegamos a mais um dia 24 de Dezembro, ao fim de dois anos complicados, em que este dia que se quer de alegria e não foi mais que um retalho do Natal, um Natal passado à distância 

No ano da graça de 2022, podemos finalmente juntarmo-nos todos, para a Magia da época e é esta  palavrinha que para mim define o Natal em toda a sua plenitude: MAGIA!

Para mim o Natal não são as prendas, para mim o Natal é a Magia, a mística, é a família reunida, os cheiros e sabores, uma mesa recheada de amor, o carinho que transborda nos doces feitos desde cedo, são as rabanadas, as filhoses. Todo o mês de Dezembro é Mágico, frio e eu gosto de um Natal frio (este anos temos sorte, estamos num outono tropical alargado).

Todo um brilho nos meu olhos, o sorriso enquanto preparo a mesa, os lugares, os arranjos natalícios.

Isto é o Natal, todos à volta da mesa a rir, a beber, cada um a celebrar o que mais gosta, a pedir baixinho todos os desejos e sonhos.

Tive a sorte de ter tido natais muito especiais, a minha avó toda ela era a festa, começávamos pelo encontro familiar para a montagem do presépio no inicio do mês, incluía sempre o almoço de domingo, os passeios para ver as luzes de Natal, a fotografia no trenó do Pai Natal que era tirada  no Rossio, ano a pós ano. Alvalade enchia-se de cor, cheiros e gentes na rua.

Chegado o dia lá se rumava até S. Pedro de Moel, onde ao crepitar da lareira brincámos e esperávamos pelo pai Natal, o velhinho barbudo que chegava da Lapónia, eram dias únicos.

Por vezes íamos para Mirandela, para um Natal transmontado carregado de sabores, aqui incluía sempre a missa do Galo, o convívio pela noite dentro após a missa, a ceia que incluía sempre aquela sopa de abóbora, que a minha tia-avó fazia, a aletria, as papas de milho, aquele pudim de ovos caseiros, (nunca mais comi um pudim destes, aquelas mãos já não estão cá, mas se fechar os olhos ainda sinto aquele sabor de veludo na minha boca, isto é a Magia do Natal).

Ou, quando com 3 anos acordei com barulho e luzes e saltei da minha caminha, então vi o meu pai a embrulhar o meu triciclo que tinha o Snoopy no cesto, abri a boca e perguntei "então e o pai Natal?" o meu pai (que tinha um sentido de humor muito próprio) pegou em mim ao colo e disse o "epá o gajo estava cheio de pressa, apanhou trânsito e disse "oh kiko embrulha isso ai que eu ainda tenho de entregar muito presentes a outros meninos" e comigo ao colo levou-me à janela e apontou para uma luz que era um avião (morávamos muito perto do aeroporto, alvalade) e disse "olha ali kiki, diz adeus ao pai Natal, como vês por pouco não o encontravas". Isto é a Magia, a forma como o meu pai deu a volta ao facto de o ter apanhado. Hoje não tenho nenhuma destas minhas pessoas, mas tenho as minhas recordações, fecho os olhos e sinto a minha avó Milocas atarefada na cozinha e a orientar toda uma ceia, vejo o meu pai a sorrir para mim, olho os meus avós transmontes sentados a lareira.

Sim, eu sou uma privilegiada, vivi a magia anos após anos.

E para mim isto é Natal, é a minha Magia, é o poder dar Magia, é o poder distribuir sorrisos e abraços a quem eu gosto muito.

Hoje em dia ainda olho para o Natal com os mesmo olhos da menina de três anos, ao colo do pai de madrugada a dizer adeus ao Pai Natal, que não passava de um avião.



Um Santo e Feliz Natal 🎄🎄🎄🎅

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Quando querem cancelar o nosso querido Agosto

 Depois da polémica com o bacalhau à Braz em agosto, uma discriminação total em relação ao bacalhau com natas ou mesmo com o bacalhau à Zé do pipo (como se um fosse melhor que os outros, é bacalhau, tem tudo espinha), ainda hoje estou a tentar perceber o que tinha a nossa Garça Freitas com o Braz, aposto tudo numa fina e delicada babata que ficou espetada no céu da boca, ninguém cria ódios por dá cá aquela palha.


Surgiu também o problema de ter filhos em agosto, aqui  o drama é maior porque eleva a outro patamar a arte da cúpula. É que não basta ter de lidar com as dores de cabeça que aparecem sabe lá Deus de onde, agora há que olhar ao calendário, fazer contas, não vá a coisa dar-se o rebento nascer em agosto e ai sim era um problema, vá que vinha com ar de ministro da saúde? Era todo um drama (convenhamos que o homem, não deve nada à beleza, apesar daquela careca lhe dar algum glamour, não é de todo suficiente).


Sendo assim, quando o jantar está a correr bem, aquele ultimo copo de vinho, aquela mão na perna, aquele beijo no pescoço, pelo sim pelo não olhem para o calendário do telemóvel, sem darem muito nas vistas, e, caso esteja a vermelho, já sabem o que têm de fazer, nada que um controle não resolva o problema e há para todos os gostos, sei que muito de vocês são uns picuinhas de merda (não, não sou paga para fazer publicidade, mas quando se têm avaliações positivas sob o produto e existe uma relativa relação qualidade preço, devemos partilhar). De qualquer modo deixo aqui as datas criticas entre finais de outubro e mês de novembro esqueçam, arranjem uma bricolage qualquer. Outros meses não estão excluídos de todo, se a criança for prematura, mas aí está nas mãos dos RH dos dos hospitais, que fazem as escalas nos meses em que os obstetras vão mamar mojitos (e bem, porque também são filhotes de Deus e este, quando veio ao mundo, foi para todos nós e não trazia afixado nas costas "os médicos estão fora a pedido da Dra. Graça Freitas", porque férias é só no inverno).

No decorrer destes flagelos do nosso quotidiano aqui no burgo, surge alguém a a falar dos piqueniques e dos acidentes, também em agosto. Ora os acidentes na estrada estão para o português como está a mini e o torresmo, acho que é inato, o tuga conduz como um bezerro tresmalhado. Os piqueniques na praia são um sacrilégio, uma pessoa não pode estar a apanhar com raios de Vitamina D, em barda, com o seu livro, sem ter de levar com uma patanisca pelas fuças uma mini e quiça um arroto do vizinho do lado, que com sorte até uma panela de mão de vaca com grão leva para a praia. Já desisti de lutar contra este vírus, é aceitar que doí menos.

Se tudo isto não é suficiente para fugir para as montanhas, eis que chega sua eminência o Bispo, no alto da sua santidade, vem dizer que fieis que evitem casar em agosto, oh cum caraças, só falta dizer para tentarem não morrer também em agosto, que é uma grande maçada.

Ora tudo isto está interligado, se não vejamos: não casem em agosto, porque no banquete podemos correr o risco de ter um  prato com uma noz de bacalhau à Braz, adornado com azeitona, entre lua de mel e afins mais coisa menos coisa. 

Zás, chega a Novembro e  pensem apenas em fazer pão. Vai dai nada de casar,  ide mazé para Ibiza que aquelas festas são únicas, sei do que falo.


Larguem o vinho de má qualidade, aquela zurrapa que está nas sacristias, deve estar fora de validade. 

Que mal vos fez o agosto? Para ser alvo de uma perseguição já a roçar o Bullying?

O agosto é o novo o gordo vai à baliza

Isto é todo um complô para cancelar o agosto, 




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quarta-feira, 19 de outubro de 2022

A imposição ao limite do decote da falta de noção

 Há pouco tempo assisti a uma pequena discussão na rede no demo, como tantas outras discussões , esta era só mais uma onde se dividia entre os apoiantes do decote e os contra decotes e mama.

Todas as discussões revela uma falta de noção brutal. Tudo é motivo para um cancelamento massivo

Ele é um comentário, uma piada, uma foto de um decote chegamos ao ridículo de alguém achar  que uma simples foto  de uns cortinados  pode ser motivo de um cancelamento.

Estamos a entrar numa espiral em que só tenho vontade de mandar todos a merda, cada vez que alguém grita cancelamento  

Ora  bamolaver, todos sabes que as redes socais, são aquilo que nós fazemos dela, neste momento são só um canal de ódio para muito daqueles que não tem vida

É verdade que acabamos por conhecer pessoas incríveis,acabamos por rir, no meio de tanta estupidez, não podemos fazem muito mais do que rir, é isso e mostrar decotes.

Porque decotes? a questão não devia ser essa, mas devia ser, "e porque não decotes" se alguém quer dar tudo num bom decote , otimo, se por ventura querem mostrar uma peitaça peluda , maravilha, amegos quem não quer não vê, podem deixar de seguir, silenciar, e mais um par de botas

Agora pela vossa saudinha, vá e pela minha, podem parar de cancelar por tudo e por nada, haja alguma noção

Qualquer dia nem um dedo mindinho se pode publicar, que temos a brigada da moral em cima, a dizer que  é uma apropriação de qualquer coisa



domingo, 7 de agosto de 2022

The beste friend do Cocó

Hoje debruço-me sobre algo que já algum tempo paira nesta cabeça, sobre algo que com a pandemia ganhou a notoriedade que há muito lhe fugia: O papel Higiénico. Lá estão vocês a pensar, e bem, tema de merda. Na realidade é um tema que tem muito por onde desenvolver, desde que os criativos deitaram mãos obra. 

Se não vejamos, uma pessoa vai ao wc e quando tira uma piquena folha de papel para se limpar , não está tirar uma lixa, que nos alisa o nalguedo até a cóxis, já para não falar de outras partes mais sensíveis no nosso corpo, agora ele é papel com 3 folhas fofinhas, que parece que estás a limpar as partes a uma almofada, ele é papel reciclado, sim porque até na hora de limpar o rabo, temos de ser sustentáveis. E não não estamos a limpar a papel higienco já utilizado, alem de ser só estúpido pensar isso, o papel acaba quase sempre no fundo da pia, e a seguir há uma descarga e goodbay.

Até aqui estamos todos de acordo de que a evolução dos tempos foi benéfica ao nível da limpeza nos nossos reais rabos, passámos de folhas, quiçá urtigas, folhas de jornais, folhas das falecidas páginas amarelas, para um papel fofinho, tipo algodão doce, mas sem o doce.

Mas, e há sempre um mas, quem foi que o iluminado que achou, ser uma boa ideia por cães fofinhos no papel onde vamos limpar o cu?? ou nuvens? flores, ele é cores diversas

Amigos é,papel para limpar o rabo, ninguém quer limpar o rabo a um pequeno cachorro sorridente, ou a umas flores mimosas, muito menos a nuvens 

 Agora Pai Natal??? por alma de quem EU, ou qualquer pessoa com 1 dedo de testa, vai limpar rabos, pilinhas ou pipis a papel que tem um pai natal estampado? Calma pessoas, toda eu sou Natal, e quero só os meus presentes, tenho a certeza que se limpar o rabo a esse papel o próprio do S. Nicolau desce a terra e dá-me um calduço.



Mas a cereja no topo de um bolo de chantily é, sem duvida, o papel higiénico com os bonecos de casamento, libertei lágrimas ao ver aquilo. Quem nunca pensou algo relacionado com isto que atire o primeiro cocó







No fundo acabamos por ter uma ligação de amor com o papel, tipos Best Friend do cocó






quinta-feira, 9 de junho de 2022

O cabresto deu á costa

 E ao dia 27 Maio 2022 o covid, doravante chamado de cabresto dum cabrão, entrou dentro da nossa vida, qual cachalote que dá a costa perdido do seu cardume 

2 anos e meia  a fugir, a manter todos os cuidados, ,três vacinas no bucho e mesmo assim o gajo rondou , rondou que lá conseguiu penetrar na nossa fortaleza, como ? perguntam vocês, e eu, eu também me questiono, como que raio, isto veio alapar aqui no palacete, sem ser convidado?

Estamos nós a prepara as coisas para irmos até ao Alentejo, quando eu achei que a voz rouca do Miguel não podia ser só alergia, apesar dele dizer que sim era. Obviamente que quando deixas de usar mascara e os casos começam aumentar não é alergia, e não era, mesmo. Lá deu positivo ao cabresto dum cabrão 

Toca a fechar o magano no quarto, limpar tudo, para eliminar qualquer vestígio de bicharada, e lá passo eu a fazer de enfermeira e auxiliar domestica, é um tal de leva comida., leva tabuleiro de comida , é um traz tabuleiro vazio.

Sábado passa, domingo acordo com dores de garganta,  penso mauuu, toca a fazer teste, negativo. Boa é só mesmo estas alterações de clima, volto a árdua tarefa de leva e traz tabuleiro,

Segunda dá-se o momento do mês, aqui no burgo, tinha estado a chover, eu vou levar o cão ao seu passeio e eis se não quando ele olha para a arvore e deve ter lá visto uma borboleta, uma musa de camões ou o carai e lá vou eu ao chão em plena passadeira, o cão ?, bem esse só parou na arvore, mas não o larguei, fiquei toda amassada, quem nunca, ele era joelhos. ombro cotovelo todos esfoladas e negros, mas ela desfilou qual musa de Boacge, tal foram a quantidade de impropérios pensados 
So far So good.

Terça as dores continuam, toca a fazer outro teste, negativo, sigaaa.

Quarta, bem quarta amanhece cedo, as 7 da manha já ando na rua a passear o Marty, um belo passeio de uma hora, a medida que o dia avança sinto-me cada vez mais cansada, o corpo a quebrar. 

Ao final do dia estava irritada,  cansada, sem vontade para nada, rouca, fiz novo teste, e tcharammm 

positivo, o cabresto tinha-me atingido, como assim esse atrevido entra sem licença, sem um café primeiro? Sem um "ola, como vai, com a sua licença vou entrar e infetar, esse lombo"



PRIMEIRA SENSAÇÃO: Vou matar o Miguel, fiquei mesmo danada. Então anda uma pessoa com todos os cuidados a fugir, fintar este bicho, e o desgraçado sabendo que gosto tanto de gerbérias, ou de ostras, traz-me um ómicron para o meu sofá? Se isto não é uma pedrada no casamento então não sei

SEGUNDA SENSAÇÃO: Estou a falecer de dores no corpo, as dores de garganta são horríveis, mas caramba se eu não dou cabo deste Cabresto dum cabrão, vou afogar o gajo em Estrella Galicia ao almoço com uma carne de porco, ao jantar espeto-lhe com um Carm, que até começa a dançar o vira, com sorte acaba a noite a cantar,  "na minha panela não entra" da Rosinha

TERCEIRA SENSAÇÂO: Sobrevivi ao primeiro dia, então este cabresto não vai deitar-me abaixo, não vou meter baixa, o trabalho vai fazer-me bem( fez-me tão bem que chegava ao final do dia e só tinha vontade de me deitar , mas não ia dar o gosto ao bicho, por isso continuei)

RESULATDO: Aos fim do 2 dia, já só tinha algum cansaço e um pouco de tosse, aquela de menina rabina com o ranho no nariz , já era historia de um passado recente.

Se gostei? não, não gostei de todo desta experiencia ,primeiro porque tive de ficar com os restos, quer dizer, meio mundo tem covid, e aqui a menina, não só não foi a primeira escolha do bicho , como não a segunda, muito menos a terceira,  há limites para tanta desfaçatez 

Tudo me leva a crer, que o nosso vinho teve muito a ver com o fim macabro que dei a este cabresto, nada como as nossa boas castas.

Fazendo parte do passado, pelo menos durante uns meses, não vou estar preocupada, até que o  cabresto, se lembre de  acoplar com uma célula rameira qualquer, e dai saírem muitos filhinhos, capazes de nos dar conta dos nervos novamente

De qualquer das formas vamos apelar aos cuidados de higiene, não é porque já temos ADN do bicho a boiar dentro das nossas veias, que vamos deixar de lavar as mãos.

Cabresto dum cabrão



Para que não haja duvidas :

 https://www.dgs.pt/

https://covid19.min-saude.pt/


Isto nem para coser meias esta bom...

A pessoa tenta colocar uma linha na agulha, e já não passa sem por os óculos, e pensa porra, não esta mesmo de feição. Sendo assim vamos lá ...