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domingo, 23 de fevereiro de 2025

Sai uma Borgonha em forma de pantalons

 Onde foi que eu perdi o rumo das cores, e passou ao meu lado todo um pino ou  quiçá uma piquena cambalhota ao nível das artes?  Ir comprar roupa é quase necessário ler um catálogo de cores da robbialac, para não passar por ignorante.  É que assim só de repente o famoso cor de vinho,  na loucura bordou, passou a Borgonha?? mas quem é que foi o criativo que acordou um dia,  entre tomar duche, lavar os dentes e comer uma torrada de abacate,( sim este tipo de pessoas come torradas de abacate) se lembrou que a cor de vinho, que não é mais que aquele vermelho escuro, meio frutado com tons de cascas de carvalho deveria ser rebatizado de Borgonha? até porque Borgonha é uma excelente região francesa de vinhos, até porque  andamos as voltas com o mesmo nome, só deram nome chique.


Não felizes, não contentes, e continuamos nas cores quentes, entramos no castanho, amores, castanho é castanho, pode ser um castanho escuro que tantas vezes faz lembrar os moveis da avós Teresa, em madeira de carvalho maciço, ou um castanho que pode atingir um tom mais claro e fica ali no limbo entre um beje e um caramelo, mas no fundo é apenas um castanho claro, tantas vezes apelidada por nós, em crianças, como cor de cocó (sim eu tenho maturidade de um hipopótamo, é lidar ). Aqui alguém achou que o castanho, que na realidade é mesmo  castanho, deveria ser Marrom ( todo este nome tem influencia linguísticas de terras de vera cruz), de certeza que a ideia surgiu depois de  marrom com o focinho num poste, quando ia a ler o catalogo de cores da Leroy

E se achamos que ficamos por aqui, desengane-se porque há todo um Nude, imaginem o que seria a tia Lili  a chegar a uma loja em plena Av. da liberdade e perguntar tem isto em Nude? e receber uma foto do funcionário em boxer's... o que seria??Não passa da cor beje, aquele beje dos tapetes de corda, aquele beje do pullovers em bico ou rola redonda de homem, na realidade não estou a ver um homem chegar a uma qualquer loja e pedir um pullover Nude, os gajos sempre foram muito mais práticos, pedem beje , ou castanho claro, será uma sorte , não lhe trazerem um cor de caramelo o camel ( cá estou eu a dar nomes as cores, mas calma que eu não como tostas de abacate, apenas abacate com queijo fresco)

Já se  olharmos para os tons rosas temos o Fuchsia,  ouço ao fundo som dos sinos, calma migas não passa de um cor rosa cujo, nome é magenta, Fuchsia é o nome de uma flor,Fuchsia dark eyes( O porque do nome, não faço ideia ) e até tem exatamente  esta cor, magenta. 


Perante todo este rebatizado das cores, criado por malta que come tostas com abacate ao pequeno almoço, nada contra as tostas de abacate tudo contra quando se mistura com vinho casal da eira e se começa a rebatizar nomes das cores. Claro que aguardo com muita expectativa alteração das cores primarias.

Acaba por ser uma questão de marketing, é mais chique pedir um verniz Fuchsia, que magenta cujo o nome nos remete imediatamente  para aquelas aulas de pintura do colégio, com cavaletes enormes, onde sentados nem chegávamos com os pés ao chão e se tivéssemos o azar de cair, era quase equivalente a uma queda de um 3 andar. O marron acaba por ter influencia brasileira e dá aquele brilho que a palavra castanho não tem, pois é uma cor de inverno uma cor antiga castanho é quase impossível não nos remetermos para os moveis da avó, giríssimos por sinal. O Nude é uma palavra leve, moderna , que tem elegância, o beje acaba ela por gritar anos 80 á bruta, quando usávamos aquelas calças de bombazina, com os sapatinho carneirinhas e as camisola de lã com torcidos  cor de vinho, cujo o nome agora é Borgonha, na realidade continua ligada ao vinho tendo em conta a região vinícola francesa, mas não nos remete imediatamente para um  copo de três 






sábado, 1 de fevereiro de 2025

O Problema não é hijab - Artigo de opinião

Quando se rasga veste a falar do véu islâmico, do seu uso ou não, quando se diz que as pessoas são terceiro mundistas, digo-vos que cavem um pouco mais fundo, esgravatem com as unhas na terra.
Vamos recuar uns anos, as viúvas não usavam lenços a cobrir o cabelo? As bisas usavam lenços, e alguém criticava?
O problema não sãos os lenços, exatamente como no passado as mulher portugueses e não só, usavam lenços, tambem elas, não tinham voz, tambem elas tinham de ser apenas mãe, esposas, e de preferencia não falar muito, e ai de quem se atrevesse a comentar algo do marido, com sorte levava com um olhar de reprovação, mas o mais certo era levar uma sapa.

Pois bem ,aqui chegados 2025 e ainda há quem ache que o problema é o uso de uma simples hiajab, não criaturas, não é esse o problema.
O problema que se coloca aqui, é terem de usar, não porque querem ,mas sim porque são obrigadas, o problema é não poderem falar, o problema é não poderem cantar, o problema é não poderem dançar, o problema é não poderem estudar, enquanto andamos por aqui a debater miudezas de pequenos burgueses há crianças que não podem ir a escola só porque nasceram com pipi,  há crianças que são obrigadas a casar quando deviam andar a brincar com bonecas e não serem mulheres aos 11 anos de homens de 60, há mulheres aquém se negam direitos tão simples, como o poder cantar, o poder dançar , ou simplesmente falar.
Enquanto nós nos aborrecemos porque não há aquela camisola ou aqueles sapatos, há mulheres que não tem direito a sorrir, porque alguém achou que não são dignas, por isso o problema não é a hijab, o problema é muito mais profundo, é o terem de andar escondidas, é o não terem voz, é o não terem direitos de dizer Não, é o não terem direito a dizer Eu quero Estudar, Eu quero tocar um instrumento musical.

Enquanto continuamos a fechar os olhos a estes atropelos mais básicos, é toda uma sociedade cumplice. Como tal não digam que o  problema esta numa peça de vestuário, porque o problema está, em dirigentes medievais , em lideres religiosos fanáticos que obrigam muitas famílias a esconderem as suas filhas, pais que ajudam as suas meninas a fugir para poderem simplesmente sonhar.
Sonhar ,algo tão simples mas que é vedado a estas mulheres

Por isso o problema não é a hijab. 




É um artigo de opinião, podia ser publicado num qualquer outro sitio, mas uma vez que é escrito por mim, é publicado aqui no blog.


Alface com tudo, ou tudo com alface

Férias significa tudo a comer saladas à brutinha (aquela velha máxima de que andas um ano inteiro a mamar gelados, a beber gin's em fest...