Todos nós temos tivemos vários professores ao longo da nossa vida, cada um de nós se não entrou mais cedo no colégio, aos 6 anos começou essa vida de mochila as costa, deste a primaria até ao 12 ano depois faculdade, mais ano menos ano, pelo menos 17 anos de estudo não nos livramos, bem sei que há os dux que andam mais de 30 anos de mochilas e colher de pau de baixo do braço é gente de adora os ralis das tascas.
Os professores, Eram aquelas pestes, no fundo todos nós tivemos um ou mais que nos marcou, quer pela positiva, quer pela negativa. Ao longo da minha vida de estudante tive vários que recordo com carinho, outros que foram realmente umas bestas, obviamente que eu como o meu feitio rebelde, também não lhes facilitei a vida
Sou da geração rasca, dos que mostraram o rabo na Assembleia da Republica, não houve manifestação que eu tivesse ido, logo tive professores que foram uma comedia, obviamente que a malta não facilitava
Assim sendo vou falar de alguns, dos que mais me marcaram :
O prof Luis Oliveira: Este era o nosso compincha de aventuras, o prof que todos queríamos ter, aquele que nunca faltava a uma visita de estudo com a sua viola, ele resolvia qualquer conflito. Foi cedo de mais tinha tando para dar, aposto que adorou a nossa despedida
Prof Luis Rebelo : Nunca a eletrónica foi a mesma comigo a fazer ligações impossíveis, e lá vinha o professor com aqueles olhos a revirar e dizia, " faz lá isso como deve ser Kikas" e pumbas luz em baixo, quem nunca
O professor Rebelo era aquele gajo porreiro, muitas vezes vinha até associação de estudantes ou mesmo até ao pátio ver-nos tocar as violas, com a Maria Antónia a cantar, a ele juntava-se o prof Paulo que também ele trazia a viola e tocava, havia uma ligação entre alunos e professores muito saudável
O mesmo não se podia dizer em relação a Dona Assunção, raios partam a mulher, devia ser um alien tinha olhos em tudo o que era sitio, bastava nós estarmos só a pensar em fazer merda, já ela ali estava, sem nos dar hipótese. Recordo com carinho quando me apanhou a escrever nas paredes frases de intervenção politica e foi buscar um balde com agua e lá tive de limpar aquilo tudo, com a escola inteira a ver, eu doida como sempre levantei os braços tipo maestro e pedi aso meus colegas que tocassem Pink Floyd, enquanto limpava a parede, e lá passou o prof Rebelo que soltou uma gargalhada e disse "isso bem limpinho menina", no fundo era um sacana.
Também tive uma professora de Português que era uma besta, a Ana cabeleira, a mulher era insuportável, se por ventura nos atrasássemos já não nos deixava entra na aula, obviamente que cada vez que se atrasava havia logo levantamento de racho, enão íamos a aula, amor com amor se paga.
Nunca mais me vou esquecer, quando a outra turma lhe colocou uma fralda cheia de cocó em cima do seu Citroen 2 Cavalos, lindo (foram todos para casa 2 dias para refletir, quem nunca)
Tive um de matemática aquém chamávamos óculos de mergulhador, o homem era simplesmente um asqueroso, fumava dentro da sala de aula, andava sempre com uma vara para nos bater no rabo, no dia que tentou no meu, ficou sem ela, obviamente chumbei.( era no fundo um orgulho para os meus pais)
A professora de inglês vestia sempre a sua bata branca e parecia um pintassilgo, quando cantava, a professora de francês andava sempre de com um despertador dos antigos na sacola, nunca percebemos a panca
Depois havia o Professor Antonio Frazão, o primeiro professor que me mandou para a rua, este era o professor, tomara todos nós termos um Frazão na vida, eu tive e sem duvida foi dos melhores professores, que eu tive. A paixão com que ensina matemática era algo sublime. Ao inicio era um professor de poucos sorrisos, quem o vi pela primeira alto de óculos ,com aquele ar austero, era coisa para assustar.
Primeira aula e aqui a menina senta-se logo nas ultimas cadeiras, ele começa a fazer a chamada e trocar a malta de lugar, devo ter lançado aquele meu olhar de besta, tipo "como assim, eu não posso sentar onde quero?", ele muito calmamente disse "A menina Catarina não gosta do lugar que lhe reservei, mas a vida é feita de escolhas e nem sempre aquelas que julgamos serem más, são as piores por vezes reservam-nos as melhores alegrias", pensei logo foda-se um matemático e poeta, era só o que nos faltava, um Sócrates.
Mal eu sabia que este homem de cabelo grisalho, ia ensinar-me muito mais que matemática,( Durantes os 3 anos que nos acompanhou) que ao contrariar, este feitio do demónio, que era o meu (no fundo ainda o é) , foi dando armas para que hoje eu fosse o que sou, forte, apaixonada por cada projeto que abraço, este homem não nos ensinou só que, a matemática é a base de muitas das cosia do nosso dia a dia, ensinou-nos a olhar um pouco mais alem e a questionar o problema como um todo, não apenas como uma parte. Como ele dizia "não olhem para o dois mais dois são quatro, porque se repararem também pode ser 22" Este era o prof Frazão, o professor que me mandou para rua, disse "vá lá fora respirar fundo, conta até 20 catarina, até 20 se é que me estou a fazer entender" , depois voltou a chamar-me , obviamente que não voltei para aula, ehe eu era mesmo lixada. Lá fui chamada a sala de professores ,uma seca cada vez que tínhamos de lá ir. E aquele homem com um ar muito sereno, paternal a dizer " que eu tinha de conter este meu espirito selvagem, e que Roma e pavia não foram feitos num dia ( lá esta a parte socrática do gajo), que só me tinha mando respira fundo lá fora, para eu me acalmar, que não ia marcar falta, mas tinha de fazer 2 fichas de exercícios", não sei o que era pior fazer a ficha ou ouvir os meus pais, mas fiz a ficha, claro. Não havia no liceu quem não gostasse deste professor
Anos mais tarde na Av de Igreja , cruzei-me com ele, ou melhor ele é que se cruzou comigo, eu estava gravida do meu filho e já tinha uma barriga bem jeitosa, eu estava a falar ao telefone e ele disse que tinha reconhecido a minha voz, convidei-o para beber um a café e lá fomos, gostei de o ver, igual a ele proprio, a sua calça de fazenda, camisa arregaçada , cabelo mais branco que grisalho
Aquele sim foi o professor
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