Número total de visualizações de páginas

terça-feira, 15 de setembro de 2020

E tudo a laranja levou....

 Reza a historia que estávamos no ano da graça 2019, e que do país do sol nascente, terra de Mao, e de uma escadas que se vem do espaço (sempre tiveram a mania estes) surge um bicho sem olhos mas com muitas rastas ( aposto que fuma charros), que deram o nome de coronaVirus, corona de mãe, vírus de pai, que,com ele carrega uma doença, uma tal de Covid-19. Como não é de estranhar rapidamente se transforma num regabofe e surge um pandemia, que nos confina em Março.

Ora é nesta altura em que ficamos em casa,  a vida diária torna-se um BB(big brother) ou um BS(Big sister) Ou um BF(big seca)  sempre melhor que um BS(Big sogra) por isso não se queixem, que estiveram em casa a engordar que nem lontra enquanto trabalhavam. Aqui surge a ideia de eleger o rabo a património da UNESCO, não é um rabo qualquer. 

Vejamos como começa esta bela historia : estamos na época alta da pandemia, altura em todos batiam palmas a janela, outros eram padeiros, faziam massa mãe, trabalhavam de pijama, enfim.. o diabo,aqui a Je, ainda tinha esperança em ir comer leitão a Tocha com um grupo de doidivanas e respectivas famílias, pelo nosso querido mês de agosto, tal não foi possível, lá esta e tudo uma laranja levou. Esta grupeta de gente muito divertida começou a juntar-se na rede do demónio, onde do meio de tanto disparate acabamos por nos cruzar com gente muito boa, assim o João, o Ricardo, o Luís, o Paulo, a Liliana, a Manuela, e eu, lá combinamos um leitão, como surgiu a ideia já nem me lembro,sei que começou a ganhar forma, e no meio de tanto confinamento, pão, vinho a janelas e varandas lá íamos alimentando esta  o bicho para ficar bem gordinho.

Mais tarde e em boa hora, junta-se a Anabela e é aqui que a eleição do Rabo  a património da UNESCO começa a ganhar contornos dignos de um livro.

Um dos interveniente resolveu ter como foto um rabazoilo de porquinho Pepa, com aquele nozinho super fofuxo, ora para um grupo, que se uniu para combinar uma tertúlia de leitão, é a foto ideal. Vai da conversa puxa conversa, um dia diz algo do género" não há rabo melhor" estava dado o mote, para que estas mentes começassem a funcionar em cadeia, logo surgiu a ideia de eleger o rabo a património da UNESCO, em que nós somos a curadoras do mesmo, ele perdeu direito ao seu Rabo, nós decidimos sobre esta espécie preciosa e  rara, pois como património que é, tem de ser preservado. Vai dai ninguém toca, ninguém mexe, porque ver é com os olhinhos e não com os deditos.

Como temos tido muitos visitantes, e alguns pedido extras, estamos seriamente a pensar em colocar o dito numa redoma de acrílico , agora até está na moda devido ao covid, deixamos um buraquinho para introduzirem uma nota de boa aventurança

No fundo aquilo que estamos a fazer aqui é empreendedorismo , agarramos em algo bom e transformamos em algo maravilhoso, ao ponto de o elegermos a património, o próximo passo será a beatificação.

Nunca será antes do nosso leitão, que eu não vou abrir mão do meu porquinho tostado, como uma laranja na boca, enquanto assisto ao magnifico por do sol, ouço o Ricardo a tocar, o Paulo a cantar, nem tão pouco, de poder estar pessoalmente com este queridos, abraçar, e rir, que tantas gargalhadas nos arrancaram.


( qualquer semelhança com a realidade é fruto de da vossa mente que deve estar confinada algum tempo)



quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Cães de loiça quem nunca

 Sempre disse que a moda sou eu que a faço, e a verdade é que nem me tenho saído mal, nunca gostei de andar em carneirada.

Agora que todos deliram com o vitange, já eu vos dava de bandeira com relíquias dos meus avós.

São recordações que para muitos são o "ai korror, que feio", para as influecers da vida, são piquenos pedaços de uma vida passageira sem luz, porque hoje é a cueca da avó que é super bem e chique, como amanhã é uma napa reduzida enfiada nos entre folhos.

Quem não se recorda do naperon em cima do aparador da sala? Onde pousava elegantemente um relógio de madeira, que dava as horas sempre com um estrondoso badalo? Ou o quadro de natureza morta, quem nunca viu um quadro com uma cesta de fruta na parede com cores mortiças, onde predominavam os verdes escuros e vermelhos secos não sabe o que é viver no limiar do medo.

Aqueles almoços intermináveis de família, em que a loiça era toda ela rosa, com os motivos de charretes e árvores, a lembrar aquelas quintas inglesas, da fábrica da loiça de Sacavém, aqueles copos de pé alto com pétalas desenhadas no vidro. E sempre que o telefone tocava, aquele piqueno grande trambolho preto, já sabíamos que alguém se tinha atrasado para o almoço do cozido, como assim atrasados para almoçar cozido da avó...??? enfim tios…. 

Aquilo que outrora foi "fatela"(palavra muito anos 80, é assim sou idosa), hoje está na vanguarda da moda e a preços exorbitantes. Porquê? Porque alguém disse a esses influencers que a coisa afinal se dava mas tinha de ser caro para ser chique, minhas riquezas as casas das nossas avós e mães são todas elas um relicário de coisas boas, antigas e sempre actuais. Se não basta ver os cães de loiça? Onde enfiar um canidio de loiça? Em qualquer canto do quarto junto a uma mesinha adornado com uma Senhorinha, é óptimo para pendurar bikinis, depois de um dia de praia ou colares.

As travessas de servir o cozido ficam bem em qualquer mesa, com tolha aos quadrados de piquenique, que estão a ganhar mofo nas arcas das avós, mas como influencer da vida que são, vão  ao El corte Ingles compram por 70 euros e dizem que são do mais vintage que há, made in china  covid, enquanto a velhinha toalha está impecável mesmo com quase 100 anos de existência e foi feita numa qualquer fabrica de Barcelos com tecido 100% algodão, jaz solitária enquanto suspira sua "cabra saloia".

Nunca reneguem as arcas que as avós tem em casa, são tesouros.

Por isso digo a moda sou eu que a faço e sempre usei as toalhas bordadas pela minha mãe e pelas minhas tias avós, sempre gostei e usei as loiças do Bordalo, sou doida por cestas de vime, das caldas, e da sua loiça também , sempre muito educativa ao nível do intelecto.

Não há nada como uma sacola de pano para ir ao mercado, se a tudo isto juntarmos um pouco do moderno que existe temos uma junção explosiva de bom gosto com cheirinho a boas recordações. 

Esqueçam cabide de pé para pendurar roupa, são feios, frios,  usem os cães de loiça, não há nada mais fofuxo que um cão de loiça.

Diga não ao vintage saloio, a roçar a berjerice, do made in china, quando se olharmos para dentro temos o vintage mai lindo de sempre, os nossos . 

Quem não tem ide a Barcelos , às Caldas, ou a Viana, quiça Évora ou Reguengos, que lá encontram coisas bem giraças, e deixe Vila Real Santo António para os espanhóis, sempre tiveram péssimo gosto. 




Isto nem para coser meias esta bom...

A pessoa tenta colocar uma linha na agulha, e já não passa sem por os óculos, e pensa porra, não esta mesmo de feição. Sendo assim vamos lá ...