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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Só faltou Bola de Berlim


Reza a história que corria o ano 2020, tinha acabado de chegar da Serra Nevada, final de Fevereiro e fazíamos planos para as férias. Em Maio íamos à Alemanha comer salsichas, acabei por comer cozido à portuguesa cá em casa, por sinal bem bom, e no fundo é quase igual.


Falava dos planos, ora a ideia era levar os fatos de banho até Cabanas de Tavira para apanharem um ar diferente, acabei por ir bater com os ossos ao Alentejo. Três semanas que tinham tudo para correr menos bem e que acabaram por ser as minhas Cabanas de Tavira.

A casa era dos avós do Miguel e resolvemos transformar num cantinho mimoso, comprámos coisas essenciais, para podermos passar tantos dias ali, isto é bebidas, está dado o mote para que tudo corresse menos mal.

Eis que está tudo alinhavado para umas ferias a 4, sim o meu patudo também foi obviamente.

Deitar-me à meia noite com o estupor do galo a cantar, o animal andava desvairado, teve a dois passos de acabar na panela, a sorte dele foi eu não descobrir onde era o loft dele. Era à meia noite, às duas da manhã, às quatro, enfim o bicho estava possuído pelo demo, até as cinco da tarde ele cantava. 

Quem nunca acordou às 7 da manhã com a buzina da carrinha do peixe? ou do pão do Ciborro? o máximo que conseguem é ter alguém a berrar da praia olha a bolinha quentinha do sol.

Enquanto vocês andam a lambuzarem-se (seus lambões) com bolas de Berlim de Nutela, Alfarroba e afins na praia, aqui a menina recebe ovos de coderniz dos vizinhos, tomates e couves, chorem agora de inveja. sabem lá o que é estrelar um ovinho daqueles para o Brunch do meio dia, após unas horitas a dar um tom dourado à pele.


Este ano mais um elemento se juntou a família, o furação Marty, el Rey. Pois querem férias sossegadas, monótonas, sem um pingo de emoção, no género viver no limite ou no fio da navalha, não adoptem um cão louco, ou melhor não tenham cães ponto, deixem-se ficar nessa vidinha.


 Ele era buracos debaixo das laranjeiras, terra para o quintal dos vizinhos era mato, e sim temos muro, mas o que é isso para um rei? vai tudo à frente. Foi um tal de inspeccionar a qualidade do tomatal, tal foi a quantidade de tomates que esta besta comia por dia, que pensei em mudar-lhe o nome para compal , passo a publicidade do mesmo, que ainda por cima não me pagam um centavo.

Parecia um furação F5, sempre que se abria a porta do quintal a nuvem de pó que aquele pequeno pónei levantava do ar, estava capaz de fechar o espaços aéreo a nível europeu.

Como podem ver foi uma animação, principalmente quando a fera acha que pode por as patas em cima da mesa e roubar uma salsicha acabada de grelhar, que falta de noção do patudo... 


Houve também aqueles momentos que pensamos, são meios mortiços , estamos sentados a ler um livro ao sol, a beber aquela bebida fresca e quando dás por ela o teu cão está a comer o marcador do teu livro. Ou simplesmente estamos a beber um café nas chávenas que foram da nossa avó, têm mais de 100 anos, e olha em frente e tens o patudo no quintal do vizinho aliviar a bexiga, quase que me salta a centenária chávena da mão, soltei um impropério cabeludo e lá salto o muro para ir buscar o explorador.



O meu pequeno ermita, aparecia para almoçar, jantar, lá muito de vez enquando ia até a piscina, das 18 h as 20 h ,loucura de vida atarefada do moço, veio estafado...

No fundo este covid do demónio tirou-me muita coisa, entre elas o convívio com quem mais amo e gosto, tirou-me os sonhos, mas jamais me tirou o sorriso e alegria, do pouco se fez muito. E como não sou garota para baixar braços, matei saudades com videoconferências e transformei uma pequena casa algures no Alentejo, um lugar único, cheio de magia, numa pequena ilha paradisíaca, só faltou mesmo a bola de Berlim.








sábado, 8 de agosto de 2020

Quando a escolha pende em usar ou não gel

 

Em período de férias surge mais um webinar do demo, roupinha fofinha de ciclista.

Ora todos sabemos que nem só de selim vive o atleta, existe toda uma parafernália de roupas pomposas a escolher. Entre camisolas de alças à macho, tipo anos 70, à simples camisola com fecho até á testa.

Depois temos os chapéus ou bonés, os óculos, ciclista que seja ciclista tem de usar o belo do oclé  fashion, de preferência com aquela cor amarelo-torrado ou um azulão, a ideia é mesmo não ir contra um camião carregado de tomates, devido ao encadeamento. Não esquecer as luvas, sim por mais Adónis que sejam, mentalizem que vão atrombar e as luvas vão ser a vossa tábua de salvação para não ficarem com as mãos tipo chagas

Depois temos a parte da calcita, ora toda a vida de um ciclista se rege pela proteção dos entre folhos. Assunto delicado devido à zona ser adepta de criar assaduras, de fazer chorar um qualquer búfalo das savanas africanas.

Como podem ver, todo o tema se prende, não com a camisola, mas sim com a calça ideal para andar quilómetros com um espigão enfiado entre o rabo e os tubos seminíferos (ide ao Google ver o significado)

Aqui existe a lycra (Lycra e gajo na mesma frase… Enfim é o que temos) com esponja, acreditem é muito giro (na realidade não é), mas ao fim de 100 metros vocês já estão a pensar cortar pulsos.

Se deixarem de ser preguiçosos e andarem um pouco mais à frente nas lojas, vem que existe um calção, cuja proteção das assaduras e do vosso rabo real, é um pouco mais dura é feito de um material sintético, não faço ideia do que seja feito, apenas gostei das cores, ide ver, não posso fazer a papinha toda, vocês também tem de fazer alguma coisa.

Por fim, e no meu entender o melhor de todos é a lycra com forro em gel, lá está algo muito másculo, este gel tem memoria, e adapta-se a vossa forma, isto é ao vosso rabo e, meus queridos os vosso entre folhos vão agradecer. Este calção vai fazer com que parece estarem sentados a guiar um panamera, e não uma bicicleta, com um cestinho no guiador, sim porque nesta era da tecnologia, a malta tem de levar telemóvel, pau de selfie, umas sandes de presunto pata negra, com queijo da serra, e uma cevada.

Obviamente que está escolha é com vossemecês, podem sempre escolher não usar de todo e ficam livres de tamanho drama. 

A seguir há que escolher o espigão, vulgo selim, aconselho que estes também sejam de gel, porque meus amores, andar novo vão ter, assaduras também, daquelas que têm de barrar com halibut às colheradas.

Não julguem isto sexista,porque não é, nós as moças, também andamos em cima do selim, a diferença é que somos muito mais praticas na escolha da farpela, em que tudo tem de bater com tudo 

Por isso boas escolhas, só vos vai ficar mais fashion, porque bonitos lamento nem todos foram bafejados por Deus nosso Senhor.


Um agradecimento ao Rebeubeu pelas sugestões.

Isto nem para coser meias esta bom...

A pessoa tenta colocar uma linha na agulha, e já não passa sem por os óculos, e pensa porra, não esta mesmo de feição. Sendo assim vamos lá ...