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terça-feira, 19 de maio de 2020

Quando o melhor ainda pode estar para vir

Não há coisas boas nesta coisa do confinamento, lamento já dei 10 voltas à casa e não encontrei uma única coisa boa nisto, mas encontrei a caneta da tabuleta que andava perdida, uma bola de ping pong debaixo do armário, enfim... um mundo, no entanto coisas boas nada, por isso não venham com larachas dessas.

Não havendo nada de bom, não significa que seja tudo um mar de horror, não. Na realidade não é por andar sempre a caminho da cozinha a fazer bolos, tartes e afins que o torna mau, só nos torna mais gordos, mas os gordos são fofinhos, por isso aqui já está uma coisa boa.
Outra coisa bem porreira foram os directos do Nogueira, bem que delicia, uma lufada de boa disposição das 23h00 à 1 da manhã, numa altura de grande stress interior houve esta alminha que se lembrou de fazer algo para aliviar o próprio stress e o nosso também, só não conseguiu mandar o covid de "cona", porque há sempre uns conichas por ai neste mundo que se acham o melhor lá da aldeia e empesta tudo de bicho, porquê? porque é um conichas.. mas adiante.

Ouvi dizer que esta coisa das redes, um mundo cheio de lontras, arrisco a dizer abrunhos, que bem esmiuçado encontras gente com quem partilhas o confinamento em forma de escrita, onde as conversas cruzadas são do mais hilariantes possível (atenção é para esmiuçar bem, eu diria espremer tudo como se faz com a laranja naquelas máquinas de sumo natural), no meio disto acabas por ter uma mão cheia de encontros. Calma que não vai sair sirunba alguma (aposto que muitos bem queriam, são uns lambões), isto são alguns anos aqui e lá pelo meio já nos vamos conhecendo e estabelecemos pontos de referencia sobre os quais eu não me vou responsabilizar, pois vai ser um "querido, eu deitei o restaurante abaixo", ou "querido, eu perdi o abdominal de tanto rir".

Como sou uma pessoa que preza o anonimato dei cognomes a todos estes queridos que ao longo destes dias se juntaram neste mar de parvoíce, brindes, risos, até partilhas de receitas e juntos tornaram esta coisa estranha de estar fechado dentro da própria habitação um pouco mais leve e com grau de alcoolemia elevado.

Então temos a Dinastia Cheio:

 A cabeça surge na ida a uma vila feudal, onde nada faltará, confesso que estou a espera de ver por lá os saltimbancos animar e trovadores a cantar. Logo à cabeça temos o Dom. Berlineta também conhecido pelo pinguças, cognome dado carinhosamente pela Dama das Camélias enquanto ouviam trovas do andaime, juntamos o Visconde Trail, o Burguês Arábico, o Capelão cantor, a Viscondessa  do Douro. Aqui vamos degustar um manjar que inclui um bicho com uma laranja na boca, ou será maçã? Bem não sei o importante mesmo é eu comer o peito, o gajo até pode ter uma Manga sabe lá Deus onde, e acompanharemos com água pura das nascentes aquelas que têm parras nas margens, não interessa se são mono casta ou não, o importante é estar CHEIO

Depois vem a dinastia, a coisa vai rolar de qualquer forma:

Onde temos a nossa Alfa Romeu, a minha kika que sempre me acompanharam na luta feroz por não andar o dia todo de pijama, café combinadissimo, pós confinamento que temos de ajudar a restauração, junto o menino da cartola, de humor peculiar uma alegria pura.
Entre tantos outros tenho a Serra Nevada, miúda nortenha sem medo de dar o peito às balas que quando for ás neves faço questão de lá ir beber um café. Há o Voluntário que já conheço à algum tempo e a cerveja esta marcada tal como o strudell. Existe a Pintinhas 🐞sempre mimosa
Não faltou o melhor Sunset do mundo, by rede social, eram, sois aos magotes de vários pontos do país, do mundo, pois minha gente porque onde está um português juntam-se logo dois ou três, que nós não somos de casa meia cheia. Variadíssimos copos cheios de nectares e lá celebrávamos mais uma sexta feira, o famoso dia de soltar a franga, a chegada de mais um fim de semana louco como todos os outros em casa...


O que têm estas dinastias em comum? Apenas uma coisa, fazemos parte de um pequeno mundo onde coabitamos com outros mundos dentro dos mundos, perceberam? não? eu também não mas achei que ficava uma coisa bonita cheia de filosofia, e acaba por cair sempre bem num blog.

O hilariante vai ser descobrir, é como vamos fazer para comer e beber com aquele pedaço de pano na boca, vai daí assolou-me esta ideia maravilhosa, vamos estar 1.5 metros afastados, mas podíamos fazer um piqueno furo da máscara e começamos a beber o café, o vinho o que vier, por uma palhinha, mas não é uma palhinha qualquer, uma ecológica, no fundo vamos todos ser uns influencers e vamos acabar a fazer vários unboxing adaptando a palhinha, se isto não é desde já uma ideia vencedora, então vocês não percebem nada de influencers na rede, bem mas isso também não é novidade alguma....
O comer vai ser algo que irá implicar perícia manual, vá essas mentes porcas já a dançar o vira, é apenas tentar enviar a pata do bicho entre a boca sem sujar a mascar.

Por isso vos digo confinados, o melhor? opha esse ainda está para vir...






2 comentários:

  1. Estou encantada com o texto, porque tem tanto de divertido como de sensível e tocante. Obrigada por partilhares este dom.




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    1. Obrigada pelas palavra bonitas e por me leres e gostares Anabela. Um Beijinho

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Isto nem para coser meias esta bom...

A pessoa tenta colocar uma linha na agulha, e já não passa sem por os óculos, e pensa porra, não esta mesmo de feição. Sendo assim vamos lá ...