Decorria o ano da graça 1973, quando às 12.30 do dia 31 do 12, nascia uma princesa, de tez clara, lábio perfeitos e rosados, diz quem viu que que sorriu ao 2º dia, detentora de um coração enorme, amiga do seu amigo do qual jamais irá abrir mão.
Quis o destino que essa princesa, hoje intitulada de besta fofinha, mas besta, vivesse momentos únicos que jamais irá esquecer, mas que embirra solenemente com as pessoas que complicam a pedir um café, pois café é café, ou que acham que pastel de bacalhau é um bolinho, pff ou que ainda criticam por comer um nata com colher, tenham juízo, mas há lá coisa melhor? (Estou obviamente a falar de mim).
Se não, olhamos um pouco a trás neste filme que já leva 46 anos, os quais quis festejar com o melhor bolo de chocolate do mundo, junto dos meus amigos, tarefa que nem sempre é possível devido a data de merda e ao mesmo tempo especial em que nasci, como podem ver há aqui desde logo uma contradição.
Quando fiz 40 anos sonhei com um aniversario brutal, digno da data que era, pois deixem que vos diga, foi a pior festa que tive, que merda de aniversario, lá está sonho sempre com muito, ou melhor sonhava, nesse dia pensei "sempre aqui a tentar agradar a todos e eu?".
Agora festejo sim, como quero e organizado por mim, tem corrido lindamente.
Bem, mas falávamos do melhor bolo de chocolate do mundo que são as muitas peripécias, saltamos para aos 11 anos em que levar com um carocha pela fronha adentro, quando saía do colégio,é algo que não calha a todos. E a culpa foi de quem? Vocês gritam histéricos do automóvel, não filhos, da minha irmã, atravessa-me a estrada sem dizer nada, vai daí vou ter com ela e zás dou por mim a bater com o meu lindo cesto de verga no carro, de seguida entro eu por ele a dentro, no fundo quis ver de perto a qualidade dos estofos.
Disto fiz um pequeno lenho na cabeça de onde saiu metade do meu juízo, resultado cabeça rapada só de um lado, nova moda punk, 11 pontos numa cicatriz em forma de quarto crescente (chique), um joelho que passou a meteorologista, nunca me falha, o que é óptimo na escolha da roupa no meu dia a dia.
Uns anos mais tarde, na aldeia dos meus avós, andava eu aos pulos em cima dos muros, tão típico em mim, mesmo com 18 anos como era o caso, e dou um tralho monumental. Quem conhece bem as aldeias transmontanas, nomeadamente na zona de Mirandela, sabe que os muros são feitos de socalcos de xisto, pedra em cima de pedra, elas aguentam bem assim, só não aguentam é uma pernilonga de 18 anos, que se esqueceu que às vezes existem piquenos buracos entre as pedras, vai daí pumbas, corpinho danone em cima das silvas das amoras.
Toda eu era manchas das amoras, rasgos nas pernas, gargalhadas dos meus primos, estúpidos obviamente, fui retirada dali por um pastor que me pegou ao colo, eu até silvas tinha no meu cabelo, para verem a figura. Chegámos tarde a casa dos avós, eu naquele estado lastimável e a minha mãe diz: "Não sabem que na casa dos avós se janta as 19h30?"
eu : "Desculpe, caí e fiquei assim"
mãe: "Vão lavar as mão e mesa, Catarina troca de roupa e escova o cabelo, por Deus" quem nunca levou uma reprimenda da mãe, que atire o primeiro xisto ao seu próprio olho.
Uns bons anos mais tarde numas, férias no Carvoeiro, vou abrir a porta do terraço para ir para a piscina e cai-me em cima da cabeça uma daquelas chaminés algarvias que fazem de cadeireiro, para quem não conhece imaginem uma telha do telhado, foi basicamente isso que aconteceu levei com aquele barro branco em cima, só sei que em Julho descobri que estava grávida. É que nem vale a pena dizerem o contrário, ninguém me tira da cabeça, que houve ali uma conjugação de astros, nunca confiem totalmente e olhem com muita desconfiança para aqueles candeeiros lindos, mas muito demoníacos.
Se isto não é de ir as lágrimas, o mesmo já não acontece quando em Junho 2017, no tradicional fim de semana com amigos na Gestosa, em Castanheira de Pêra, enquanto passamos o dia da praia das Rocas, sem saber que dali a umas horas íamos viver o maior pesadelo das nossas vidas. Temperatura acima dos 40, trovoada seca, vários focos de incêndios pelas serras, nada nos fazia sonhar com uma das maiores tragédias que há memoria no país.
Estávamos sem rede, nem ligámos, achámos normal, ouvíamos expulsões ao longe, associámos sempre a pequenos barracões no meio da floresta, onde as pessoas guardam as suas alfaias, os meus amigos resolvem arrancar para a aldeia deles, que fica a 40 km dali, muito contra a nossa vontade, pois havia fogo à nossa volta e não estávamos confortáveis com eles a fazerem a viagem com os miúdos serra adentro. Teimosos arrancaram, combinámos que ás 23h íamos ao cimo da aldeia para ligar, naquela altura já só era o sitio onde tínhamos rede. Obviamente já não conseguimos mais falar com eles pois as comunicações foram todas abaixo. O resto bem o resto foi sair da aldeia em chamas em direção a Castanheira, erro enorme, sem sabermos que as explosões ouvidas horas antes mais não eram que os carros naquela nacional, que ficava apenas a 3 km. Só perto da meia noite é que nos lembramos "não temos comunicações mas temos carro e carro tem rádio" e foi assim que no porta da GNR, onde ficaram os miúdos enquanto tentávamos saber dos nosso amigos que ficaram na aldeia, já rodeados de fogo, soubemos da tragédia.
O nosso pensamento foi literalmente: foda-se, estamos sem comunicações, a nossa última publicação na redes foi por volta das 17h00 com imagens do fogo, isto está a dar nas televisões, temos de conseguir contactar Lisboa. Ao ouvir as noticias o Francisco só dizia em pânico que não queria morrer como se fosse um frango no churrasco, o meu pequeno Gui aflito sem saber dos pais e dos avós que ficaram para trás, só dizia vocês ficam comigo não ficam? A cabeça a mil, a gerir emoções e a pensar na família e amigos quem não sabiam se estávamos bem. Consegui que um chinês me emprestasse o telefone, não quis que lhe pagasse a chamada, liguei para casa da minha mãe, da minha sogra, num minuto disse que estávamos sem rede, rodeados de fogo sem poder sair, mas estamos bem. Menti com todos os dentes, estávamos tudo menos bem, apavorados, era um cenário de guerra aquele onde estávamos, com relatos de mortes a chegar, com fagulhas a cair do céu, todos nós éramos cinza. Sobrevivemos é um facto, mas as marcas daquela noite nunca vão ser apagadas da nossa memória.
E agora uma pandemia, se isto não é um bolo de chocolate em camadas não sei o que vos diga.
Mas uma coisa é certa, por mais camadas que este bolo tenha, será sempre o melhor bolo de chocolate do mundo, porque é o meu e raios e coriscos se eu não vou ter uma festa bem porreira pelos 50 anos, só não incluo piscina de espumas porque é coisa para fazer mazelas nos brônquios, afinal é no inverno e os convivas já não irão para novos.
Além do mais, depois disto tão cedo não quero ouvir falar em covid, ou coronas ou o camandro
Só em bolo de chocolate em camadas que espero possam crescer até aos 100.
Ficam aqui pequenos laivos de pura parvoíce, embrulhado em queijo amanteigado com, presunto em lascas de Figos pingo de mel. Pelo prazer de escrever Pode acontecer "Conversas de um Cão" no intervalo, dos laivos de parvoíce, não em figos com queijo mas embrulhados em biscoitos e bacon
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segunda-feira, 25 de maio de 2020
terça-feira, 19 de maio de 2020
Quando o melhor ainda pode estar para vir
Não há coisas boas nesta coisa do confinamento, lamento já dei 10 voltas à casa e não encontrei uma única coisa boa nisto, mas encontrei a caneta da tabuleta que andava perdida, uma bola de ping pong debaixo do armário, enfim... um mundo, no entanto coisas boas nada, por isso não venham com larachas dessas.
Não havendo nada de bom, não significa que seja tudo um mar de horror, não. Na realidade não é por andar sempre a caminho da cozinha a fazer bolos, tartes e afins que o torna mau, só nos torna mais gordos, mas os gordos são fofinhos, por isso aqui já está uma coisa boa.
Outra coisa bem porreira foram os directos do Nogueira, bem que delicia, uma lufada de boa disposição das 23h00 à 1 da manhã, numa altura de grande stress interior houve esta alminha que se lembrou de fazer algo para aliviar o próprio stress e o nosso também, só não conseguiu mandar o covid de "cona", porque há sempre uns conichas por ai neste mundo que se acham o melhor lá da aldeia e empesta tudo de bicho, porquê? porque é um conichas.. mas adiante.
Ouvi dizer que esta coisa das redes, um mundo cheio de lontras, arrisco a dizer abrunhos, que bem esmiuçado encontras gente com quem partilhas o confinamento em forma de escrita, onde as conversas cruzadas são do mais hilariantes possível (atenção é para esmiuçar bem, eu diria espremer tudo como se faz com a laranja naquelas máquinas de sumo natural), no meio disto acabas por ter uma mão cheia de encontros. Calma que não vai sair sirunba alguma (aposto que muitos bem queriam, são uns lambões), isto são alguns anos aqui e lá pelo meio já nos vamos conhecendo e estabelecemos pontos de referencia sobre os quais eu não me vou responsabilizar, pois vai ser um "querido, eu deitei o restaurante abaixo", ou "querido, eu perdi o abdominal de tanto rir".
Como sou uma pessoa que preza o anonimato dei cognomes a todos estes queridos que ao longo destes dias se juntaram neste mar de parvoíce, brindes, risos, até partilhas de receitas e juntos tornaram esta coisa estranha de estar fechado dentro da própria habitação um pouco mais leve e com grau de alcoolemia elevado.
Então temos a Dinastia Cheio:
A cabeça surge na ida a uma vila feudal, onde nada faltará, confesso que estou a espera de ver por lá os saltimbancos animar e trovadores a cantar. Logo à cabeça temos o Dom. Berlineta também conhecido pelo pinguças, cognome dado carinhosamente pela Dama das Camélias enquanto ouviam trovas do andaime, juntamos o Visconde Trail, o Burguês Arábico, o Capelão cantor, a Viscondessa do Douro. Aqui vamos degustar um manjar que inclui um bicho com uma laranja na boca, ou será maçã? Bem não sei o importante mesmo é eu comer o peito, o gajo até pode ter uma Manga sabe lá Deus onde, e acompanharemos com água pura das nascentes aquelas que têm parras nas margens, não interessa se são mono casta ou não, o importante é estar CHEIO
Depois vem a dinastia, a coisa vai rolar de qualquer forma:
Onde temos a nossa Alfa Romeu, a minha kika que sempre me acompanharam na luta feroz por não andar o dia todo de pijama, café combinadissimo, pós confinamento que temos de ajudar a restauração, junto o menino da cartola, de humor peculiar uma alegria pura.
Entre tantos outros tenho a Serra Nevada, miúda nortenha sem medo de dar o peito às balas que quando for ás neves faço questão de lá ir beber um café. Há o Voluntário que já conheço à algum tempo e a cerveja esta marcada tal como o strudell. Existe a Pintinhas 🐞sempre mimosa
Não faltou o melhor Sunset do mundo, by rede social, eram, sois aos magotes de vários pontos do país, do mundo, pois minha gente porque onde está um português juntam-se logo dois ou três, que nós não somos de casa meia cheia. Variadíssimos copos cheios de nectares e lá celebrávamos mais uma sexta feira, o famoso dia de soltar a franga, a chegada de mais um fim de semana louco como todos os outros em casa...
O que têm estas dinastias em comum? Apenas uma coisa, fazemos parte de um pequeno mundo onde coabitamos com outros mundos dentro dos mundos, perceberam? não? eu também não mas achei que ficava uma coisa bonita cheia de filosofia, e acaba por cair sempre bem num blog.
O hilariante vai ser descobrir, é como vamos fazer para comer e beber com aquele pedaço de pano na boca, vai daí assolou-me esta ideia maravilhosa, vamos estar 1.5 metros afastados, mas podíamos fazer um piqueno furo da máscara e começamos a beber o café, o vinho o que vier, por uma palhinha, mas não é uma palhinha qualquer, uma ecológica, no fundo vamos todos ser uns influencers e vamos acabar a fazer vários unboxing adaptando a palhinha, se isto não é desde já uma ideia vencedora, então vocês não percebem nada de influencers na rede, bem mas isso também não é novidade alguma....
O comer vai ser algo que irá implicar perícia manual, vá essas mentes porcas já a dançar o vira, é apenas tentar enviar a pata do bicho entre a boca sem sujar a mascar.
Por isso vos digo confinados, o melhor? opha esse ainda está para vir...
Não havendo nada de bom, não significa que seja tudo um mar de horror, não. Na realidade não é por andar sempre a caminho da cozinha a fazer bolos, tartes e afins que o torna mau, só nos torna mais gordos, mas os gordos são fofinhos, por isso aqui já está uma coisa boa.
Outra coisa bem porreira foram os directos do Nogueira, bem que delicia, uma lufada de boa disposição das 23h00 à 1 da manhã, numa altura de grande stress interior houve esta alminha que se lembrou de fazer algo para aliviar o próprio stress e o nosso também, só não conseguiu mandar o covid de "cona", porque há sempre uns conichas por ai neste mundo que se acham o melhor lá da aldeia e empesta tudo de bicho, porquê? porque é um conichas.. mas adiante.
Ouvi dizer que esta coisa das redes, um mundo cheio de lontras, arrisco a dizer abrunhos, que bem esmiuçado encontras gente com quem partilhas o confinamento em forma de escrita, onde as conversas cruzadas são do mais hilariantes possível (atenção é para esmiuçar bem, eu diria espremer tudo como se faz com a laranja naquelas máquinas de sumo natural), no meio disto acabas por ter uma mão cheia de encontros. Calma que não vai sair sirunba alguma (aposto que muitos bem queriam, são uns lambões), isto são alguns anos aqui e lá pelo meio já nos vamos conhecendo e estabelecemos pontos de referencia sobre os quais eu não me vou responsabilizar, pois vai ser um "querido, eu deitei o restaurante abaixo", ou "querido, eu perdi o abdominal de tanto rir".
Como sou uma pessoa que preza o anonimato dei cognomes a todos estes queridos que ao longo destes dias se juntaram neste mar de parvoíce, brindes, risos, até partilhas de receitas e juntos tornaram esta coisa estranha de estar fechado dentro da própria habitação um pouco mais leve e com grau de alcoolemia elevado.
Então temos a Dinastia Cheio:
A cabeça surge na ida a uma vila feudal, onde nada faltará, confesso que estou a espera de ver por lá os saltimbancos animar e trovadores a cantar. Logo à cabeça temos o Dom. Berlineta também conhecido pelo pinguças, cognome dado carinhosamente pela Dama das Camélias enquanto ouviam trovas do andaime, juntamos o Visconde Trail, o Burguês Arábico, o Capelão cantor, a Viscondessa do Douro. Aqui vamos degustar um manjar que inclui um bicho com uma laranja na boca, ou será maçã? Bem não sei o importante mesmo é eu comer o peito, o gajo até pode ter uma Manga sabe lá Deus onde, e acompanharemos com água pura das nascentes aquelas que têm parras nas margens, não interessa se são mono casta ou não, o importante é estar CHEIO
Depois vem a dinastia, a coisa vai rolar de qualquer forma:
Onde temos a nossa Alfa Romeu, a minha kika que sempre me acompanharam na luta feroz por não andar o dia todo de pijama, café combinadissimo, pós confinamento que temos de ajudar a restauração, junto o menino da cartola, de humor peculiar uma alegria pura.
Entre tantos outros tenho a Serra Nevada, miúda nortenha sem medo de dar o peito às balas que quando for ás neves faço questão de lá ir beber um café. Há o Voluntário que já conheço à algum tempo e a cerveja esta marcada tal como o strudell. Existe a Pintinhas 🐞sempre mimosa
Não faltou o melhor Sunset do mundo, by rede social, eram, sois aos magotes de vários pontos do país, do mundo, pois minha gente porque onde está um português juntam-se logo dois ou três, que nós não somos de casa meia cheia. Variadíssimos copos cheios de nectares e lá celebrávamos mais uma sexta feira, o famoso dia de soltar a franga, a chegada de mais um fim de semana louco como todos os outros em casa...
O que têm estas dinastias em comum? Apenas uma coisa, fazemos parte de um pequeno mundo onde coabitamos com outros mundos dentro dos mundos, perceberam? não? eu também não mas achei que ficava uma coisa bonita cheia de filosofia, e acaba por cair sempre bem num blog.
O hilariante vai ser descobrir, é como vamos fazer para comer e beber com aquele pedaço de pano na boca, vai daí assolou-me esta ideia maravilhosa, vamos estar 1.5 metros afastados, mas podíamos fazer um piqueno furo da máscara e começamos a beber o café, o vinho o que vier, por uma palhinha, mas não é uma palhinha qualquer, uma ecológica, no fundo vamos todos ser uns influencers e vamos acabar a fazer vários unboxing adaptando a palhinha, se isto não é desde já uma ideia vencedora, então vocês não percebem nada de influencers na rede, bem mas isso também não é novidade alguma....
O comer vai ser algo que irá implicar perícia manual, vá essas mentes porcas já a dançar o vira, é apenas tentar enviar a pata do bicho entre a boca sem sujar a mascar.
Por isso vos digo confinados, o melhor? opha esse ainda está para vir...
sábado, 16 de maio de 2020
Fui comer um croissant, e virei Ulisses
Ir ás compras hoje em dia é uma verdadeira aventura, arrisco a ir mais longe e afirmo é toda uma odisseia ou, no meu caso, uma tragédia grego/romana.
Após uma semana cinzenta, de chuva, (até nisto o nosso S,Pedro ajuda, a malta está em teletrabalho em casa, então toma lá com tempo igual a Dezembro, para não teres ideias, veste um casaquinho e trabalha sem pensares ai e tal que sol lindo e eu aqui a enviar email). Resolvi sair, sábado de manhã e lá vamos nós dar uma volta por Lisboa.
Começa logo aqui a saga, mala levo ou não? o covid anda em todo o lado , é melhor levar uma clutch. O Miguel pergunta;" já tens o álcool gel na carteira? Que sacos queres levar para as compras", como que sacos?? quero uns sacos, não interessa quais.
Portanto temos tudo, ah porra a mascara, e lá vamos nós quais guerreiros prontos para esguichar alcool gel pelas fuças do covid.
Chego à Av. da Liberdade máscara na fucinheira, e começo a descer, ou melhor a desfilar qual marchante em direcção aos Restauradores, vazia , silencio, se neste caminho me cruzei com 3 pessoas foi muito.
No Rossio lá havia mais pessoinhas, aqui filhinhos começa a saga das mascarilhas, sendo assim temos :
A Máscara pensante- é aquela máscara que é usada na testa, um sinal claro de pessoa inteligente quiça um ser pensante, usada aqui por algumas pessoas mas ainda com pouca aceitação
A Máscara pochete - é aquela máscara usada no pulso ou entre os dedos, qual malinha de baile, o publico alvo aqui são as pitas.
A Máscara bandolete- não é mais que usar a máscara em modo multifunção, tipo as impressoras, ora está na cara, ora está a segurar a franja, a malta das obras aposta tudo neste tipo.
A Máscara pinguça- é aquela que deixa a penca , vulgo nariz, de fora, muito usual na população mais idosa
A Máscara Airbag- Sem duvida a minha favorita, aquela que é usada nos queixos, como protector do mesmo, em bom rigor nunca sabemos se vem algum almariado em direcção ao carro e nada como protecção de airbag nos queixos, como nome diz, está é muito comum entre os condutores
E por fim a Máscara gola- não é mais que usar a máscara no pescoço, como uma gola, ou um cachecol, não vá fazer um fresco e ficarem com um covid espetado na maça de Adão, este tipo de peça é muito usada por quem fuma ou vai beber um café ou uma jola.
Hoje, no meu passeio matinal vi isto tudo, fiquei logo maravilhada, este novo mundo é motivo de uma análise mais profunda.
Entretanto estava um pouco atrasada já não fui à Guerra Junqueiro, passo por lá durante a semana, e arranquei para o Continente, não ia a essa superfície há mais de 2 meses, maldita hora que voltei.
Estava eu agarrada às cervejas e a puta da máscara rebenta.. presa numa só orelha larguei o saco no outro ombro do Miguel e sai logo daquele sitio, senti que por segundos era só covids à minha volta.
Vou para a fila da Wells, com a cara tapada com o vestido, isto estava ser digno de um filme de terror, a senhora da frente deu-me passagem. Imagino a minha cara de pânico, pois a assistente da farmácia passou-me à frente das outras pessoas e deu-me uma máscara social , toma lá 3€50, usei álcool gel e lá coloquei a dita, voltei a respirar, confesso que já estava em apneia, a hiperventilar mesmo, paguei e lá sai para ir ajudar o desgraçado com as compras.
Como não ajeitei a máscara, além de ter a cara magra e pequena já tinha a máscara enfiada no olho esquerdo, malta juro que vi covids a fazer a festa, primeiro foram uns minutos sem máscara num sitio fechado, se não entraram uns 10.000 covid pelas narinas adentro não sei não... agora digam lá se isto não é toda uma odisseia de Ulisses na minha vida?
Não tecer comentários sobre o nariz de Ulisses, todos sabemos que
existem efeitos secundários do corona
No meio disto consegui comer o croissant, no O Melhor Croissant da Minha Rua, Nutela para o Miguel, leitão para mim
terça-feira, 12 de maio de 2020
A Luta por um lugar ao sol
Hoje dia de fazer o Ponto da situação (aqui, se quiserem podem saltar logo para o resumo final, eu aviso, depois não venham dizer que tiveram insónias e culpar-me).
12 Maio, dia de procissão das velas, este ano vai ser épico, é a janela, quem nunca.. já a minha avó dizia, namorei com o teu avô sempre à janela, ele passava a cavalo pela porta da nossa casa em Alvalade e foi assim que me conquistou (aqui pensei como era feio que doía e a minha avó uma mulher linda, mas vá o coração quando envia mensagens não olha a trivialidades).
Hoje em dia fazemos tudo à janela, ele foi a Via Sacra, o Compasso Pascal, foi o cantar da Grândola, os parabéns a você, é o festejar o dia do trabalhador, como estavas em casa em tele-trabalho nem deste pela diferença, até fazemos da janela praia, quando simplesmente estás sentada na varanda sem camisa a apanhar sol. Hoje para não fugir à regra vamos ter a procissão das velas onde?
À janela pois claro, vai ser épico como todo este ano.
Portanto diferenças entre o Estado de Emergência (EE) e o Estado de Calamidade (EC) é zero, faço aqui um resumo:
EE:
- Todos em casa
- Tele trabalho x2
- Tele escola
- Tele cozinha
- Tele ginásio
- Tele telefonemas
- Tele copos com amigos
- Tele conferencias
- Lavo as solas dos sapatos com lixívia
- Toda roupa que sai à rua vai para zona contaminada e depois é lavada
Trabalho que me farto, numa mistura de horários, cozinho todos os dias, ele é almoços, jantares, à sexta tenho sempre um tele Sunset com a malta da rede do demónio, há sempre um pequeno lanche
já a pequena ovelha diz, " mãe é sexta hoje há lanchinho".
EC:
- Todos em casa
- Tele trabalho x2
- Tele escola
- Tele cozinha
- Tele ginásio
- Tele telefonemas
- Tele copos com amigos
- Tele conferencias
- Lavo as solas dos sapatos com lixívia
- Toda roupa que sai à rua vai para zona contaminada e depois é lavada
Trabalho que me farto, numa mistura de horários, cozinho todos os dias ele é almoços, jantares, à sexta tenho sempre um tele Sunset com a malta da rede do demónio, há sempre um pequeno lanche
já a pequena ovelha diz, " mãe é sexta hoje há lanchinho"
Como vemos mudança zero, continuo a não ter comido cozido à portuguesa, continuo sem data para o leitão, continuo a sair apenas para compras e sempre de máscara, continuo a tomar duas vezes banho por dia sempre que saio, agora imaginem usar duas vezes toda a parafernália de gel e gelinhos, sabão e sabãozinho, vamos ver se não passo a usar sabão macaco neste corpinho, num estalar de deditos
E o pós duche? uma trabalheira
Continuo a ter de chamar 10x para a mesa, (apesar do apetite voraz do moço), cada vez que olho para a mesa após o lanche da criatura, pergunto onde errei, é incapaz de arrumar as coisa no sitio, os horários deste miúdo é de levar o próprio do Papa Chico à insanidade, e quando à uma da manhã se levanta e vai fazer uma tosta eu desisto de tentar compreender este metabolismo, e entro na fase da mãe chata, isto é.. vai tudo a frente.
Nesta luta por um Lugar ao sol entre o EE e o EC, (e não, ainda não estamos a falar da praia), quem perde é a minha sanidade mental, se não vejamos o simples facto de implicar com o café mal tirado, o achar normal o cheiro a lixívia nas minhas mãos, mesmo depois de já ter esfregado as mesmas com pedra pomes, quase até ver cartilagem...
Os CTT continuam apostar tudo nas minhas rugas ao não entregarem as coisas a tempo e horas, ainda só não soltei o cão em cima deles, porque não tenho, e como moro num apartamento nunca vejo o gajo chegar, e este não bate duas vezes como o de Pablo Neruda.
No fundo continua tudo igual, só que cada vez mais cansada, com a paciência na rua da amargura, cada vez com menos filtro, este então foi pela ralo abaixo em direcção ao rio, se houver praia tenho esperança de o encontrar na Comporta.
Salvemos o facto de o cão ser ponto assente nesta casa, já tem nome, só falta chegar, as obras vão mesmo avançar no Alentejo, já foi encomendado material de jardim, vai ser a loucura, Bikini no meio dos limoeiros e laranjeiras, portanto não viro agricultora mas sim jardineira, é todo um novo mundo.
Resumo de tudo isto:
Estou farta desta porcaria, quero a minha vida de volta e acima de tudo quero saber quêm foi o desgraçado que não passou aquela corrente aos 10 amigos no facebook e deu esta merda, mais parece as 7 pragas do Egipto.
12 Maio, dia de procissão das velas, este ano vai ser épico, é a janela, quem nunca.. já a minha avó dizia, namorei com o teu avô sempre à janela, ele passava a cavalo pela porta da nossa casa em Alvalade e foi assim que me conquistou (aqui pensei como era feio que doía e a minha avó uma mulher linda, mas vá o coração quando envia mensagens não olha a trivialidades).
Hoje em dia fazemos tudo à janela, ele foi a Via Sacra, o Compasso Pascal, foi o cantar da Grândola, os parabéns a você, é o festejar o dia do trabalhador, como estavas em casa em tele-trabalho nem deste pela diferença, até fazemos da janela praia, quando simplesmente estás sentada na varanda sem camisa a apanhar sol. Hoje para não fugir à regra vamos ter a procissão das velas onde?
À janela pois claro, vai ser épico como todo este ano.
Portanto diferenças entre o Estado de Emergência (EE) e o Estado de Calamidade (EC) é zero, faço aqui um resumo:
EE:
- Todos em casa
- Tele trabalho x2
- Tele escola
- Tele cozinha
- Tele ginásio
- Tele telefonemas
- Tele copos com amigos
- Tele conferencias
- Lavo as solas dos sapatos com lixívia
- Toda roupa que sai à rua vai para zona contaminada e depois é lavada
Trabalho que me farto, numa mistura de horários, cozinho todos os dias, ele é almoços, jantares, à sexta tenho sempre um tele Sunset com a malta da rede do demónio, há sempre um pequeno lanche
já a pequena ovelha diz, " mãe é sexta hoje há lanchinho".
EC:
- Todos em casa
- Tele trabalho x2
- Tele escola
- Tele cozinha
- Tele ginásio
- Tele telefonemas
- Tele copos com amigos
- Tele conferencias
- Lavo as solas dos sapatos com lixívia
- Toda roupa que sai à rua vai para zona contaminada e depois é lavada
Trabalho que me farto, numa mistura de horários, cozinho todos os dias ele é almoços, jantares, à sexta tenho sempre um tele Sunset com a malta da rede do demónio, há sempre um pequeno lanche
já a pequena ovelha diz, " mãe é sexta hoje há lanchinho"
Como vemos mudança zero, continuo a não ter comido cozido à portuguesa, continuo sem data para o leitão, continuo a sair apenas para compras e sempre de máscara, continuo a tomar duas vezes banho por dia sempre que saio, agora imaginem usar duas vezes toda a parafernália de gel e gelinhos, sabão e sabãozinho, vamos ver se não passo a usar sabão macaco neste corpinho, num estalar de deditos
E o pós duche? uma trabalheira
Continuo a ter de chamar 10x para a mesa, (apesar do apetite voraz do moço), cada vez que olho para a mesa após o lanche da criatura, pergunto onde errei, é incapaz de arrumar as coisa no sitio, os horários deste miúdo é de levar o próprio do Papa Chico à insanidade, e quando à uma da manhã se levanta e vai fazer uma tosta eu desisto de tentar compreender este metabolismo, e entro na fase da mãe chata, isto é.. vai tudo a frente.
Nesta luta por um Lugar ao sol entre o EE e o EC, (e não, ainda não estamos a falar da praia), quem perde é a minha sanidade mental, se não vejamos o simples facto de implicar com o café mal tirado, o achar normal o cheiro a lixívia nas minhas mãos, mesmo depois de já ter esfregado as mesmas com pedra pomes, quase até ver cartilagem...
Os CTT continuam apostar tudo nas minhas rugas ao não entregarem as coisas a tempo e horas, ainda só não soltei o cão em cima deles, porque não tenho, e como moro num apartamento nunca vejo o gajo chegar, e este não bate duas vezes como o de Pablo Neruda.
No fundo continua tudo igual, só que cada vez mais cansada, com a paciência na rua da amargura, cada vez com menos filtro, este então foi pela ralo abaixo em direcção ao rio, se houver praia tenho esperança de o encontrar na Comporta.
Salvemos o facto de o cão ser ponto assente nesta casa, já tem nome, só falta chegar, as obras vão mesmo avançar no Alentejo, já foi encomendado material de jardim, vai ser a loucura, Bikini no meio dos limoeiros e laranjeiras, portanto não viro agricultora mas sim jardineira, é todo um novo mundo.
Resumo de tudo isto:
Estou farta desta porcaria, quero a minha vida de volta e acima de tudo quero saber quêm foi o desgraçado que não passou aquela corrente aos 10 amigos no facebook e deu esta merda, mais parece as 7 pragas do Egipto.
quarta-feira, 6 de maio de 2020
Será um tele trabalho? Uma tele reunião? não é uma folhado de legumes em Tele cozinha
Quando o tele-trabalho se mistura com a tele-cozinha no meio de uma tele-reunião e ainda arranjas tempo para um tele-telefonema e tens uma tele-escola a deambular esfaimada pelas 4 paredes.
Entras numa espiral em que já dizes fácil a um cliente é uma noz de manteiga e uma pitada de sal.
Entre horários apertados tentamos arranjar solução e vai daí numa hora tens um pargo no forno, arroz branco ao lume, porque a criatura pequena não quer brócolos, já fazes um estrugido de legumes e tens um massa folhada estendida na nini bancada da cozinha, já estão cansados? Também eu e nem um copo de vinho tenho para acompanhar, enquanto ando recheada num avental cheio de smiles, numa relação amorosa com alho francês e cenoura ralada.
No meio de tudo isto, já tenho em fila de espera nesta linha de montagem uma panela de sopa para ir ao lume, atendo mais duas chamadas enquanto se bate uma claras em castelo, se isto não é pro-actividade no trabalho, então não sei.
Entra o Miguel na cozinha e diz humm cheira bem, queres ajuda? A vontade é dizer NÃO, mas vá sou uma fofinha e digo podes virar o peixe.
Já coloquei os legumes na massa folhada estendida, dobrei a mesma e é pincelada com uma gema de ovo, sai o legume do fogão entra a sopa, sai o pargo do forno entra o folhado de legumes e já estou a preparar a tarte de limão, mexe aqui, amassa ali a bolacha, espalha acolá e pumbas, mais uma em fila de espera, com as devidas distancias de segurança, não vá um bicho entrar por ai, nesta linha de montagem de fazer inveja a qualquer CEO da Autoeuropa.
Sai o folhado entra a tarte, o arroz fica pronto e pergunto :
- Alguém pôs a mesa?
Silencio real, aquele silencio fofinho sabem tipo opsss, um porque estava em tele-escola, tele-ps4, tele-amigos e o camandro outro porque estava de volta da estatística e esqueceu-se completamente e a princesa aqui?? Também estou em tele trabalho... a mesa apareceu posta, foi assim num milagre das rosas.
Comida na mesa e entre uma garfada e outra, lá saio a correr em direcção ao forno para apagar a tarte, se são 15 minutos, não são 16 nem 17 e eu sou muito cumpridora destas coisas.
Fui beber um café à esplanada, o mesmo quer dizer dei 2 passos e fui até à minha varanda onde tenho um loft chiquerrimo, com cadeirões e uma mesa, dou uma espreitadela na rede do demónio e toca o telefone, confesso que tive vontade de o mandar borda fora, sem bóia de salvamento, mas apenas disse um vernáculo cabeludo e lá atendi com um sorriso na voz.
Arranco para o tele-trabalho novamente, como se alguma vez tivesse saído de lá, entre e-mails, respostas, solto um "aii a sopa" e lá vou a correr em direcção ao fogão, agarro na varinha e dá-se a cereja do topo do bolo, ao moer o creme de abóbora tudo salpica para cima de mim, sim era sopa a voar e eu já não estava de avental, isto deve ser a forma de cospe e não engole da culinária, juro que ouvi a sacana da sopa a rir do facto de eu ter pedaços de sopa nas pestanas.
Agora digam lá onde está o tal tempo livre?
Das duas uma ou eu sou muito desorganizada ou alguém me vendeu um confinamento errado, e como consumidora de tal vou fazer queixa a DECO.
domingo, 3 de maio de 2020
Eu só queria um Croissant, acabei por comprar plantas, é quase igual
Acabou o Estado de Emergência mas entra pelos nossos olhos o Estado de Calamidade montado num cavalo branco com 32 graus, para nos esfregar nas fuças um cheirinho a verão, no entanto se queres vestes o bikini e vais para a varanda dar com a fotossíntese nas narinas, porque as praias só a partir de 1 Junho e sob regras sabe Deus quais.
Lembram-se daquele colega chato, que sempre que tinha algo novo, dizia "eu tenho, e vocês" o Estado de Calamidade é esse colega, chega com o calor e diz "toma, toma, está calor e vocês não podem ir para a praia", se isto não dá vontade de mandar tudo para o escabeche então não sei, mas adiante.
No meio disto já podemos sair e assim, mas temos o dever de recolhimento, o que isto quer dizer? isso mesmo só mudam as moscas...
- Na realidade podes sair?
Podes , mas não deves (ora ide..)
- Na verdade podes ir ao Jardim?
Podes, mas tens o dever de recolhimento (o mesmo quer dizer sai, mas não abuses da sorte).
Parece que os restaurantes vão poder abrir, ahh tão bom poder sair e almoçar fora, não, não vai acontecer para já, como comer fora? O homem cegava se isso acontece, ontem pensei na ínfima possibilidade de comprar um croissant no "O Melhor Croissant da minha Rua" quase espumou, ah e tal ainda não tenho confiança em estar a comprar essas coisas fora, oh valha-me santa dos bolos, deve haver alguma, como confiança?? Oh senhores aquilo vai ao forno, e não era para ti, era para mim pensei eu, mas vá cedi não fosse entrar um covid pela cavidade bucal...
Não entrei na pastelaria, mas entrei na Romeira da Av Roma, sim porque o bicho pode andar nos bolos mas nas flores não, porque o gajo é um vírus não uma abelha.
Comprei uma flores que a minha avó sempre teve em Alvalade, já andava para comprar à muito, fazem sempre uma varanda muito bonita e colorida, não me perguntem o nome, que isso era com a Sra. Maria Milocas, eu apenas comprei.
Mas atenção assim que chego à viatura o que ouvi?
Desinfestaste as mãos?
Tocaram no saco ou foste só tu?
Ah pois, vocês queriam era ter um Lorde como eu, sempre em cima do acontecimento, sim eu sei não queriam, mas deixem-me sonhar ok.
Como é que eu posso pensar em bolas de Berlim na praia? Não posso vai dai espetei-lhe com a receita nas fuças, isto é como quem diz faz que eu sou uma lambona.
Só falta chegar Agosto ou Setembro e dizer ah leitão não sei...
Não, ai vai amarrado, é que nem quero saber se lhe doí o dedo grande do pé ou o único cabelo castanho que tem na cabeça, vai fazer os 212 km a sorrir, se não estiver confortável para comer leitão, e atenção que o bicho é assado e bem assado, levo uma saladinha de tomate e requeijão fácil, eu enfardo a carne, o meu lorde come uma salada a la Ki tomate, requeijão, presunto,azeite virgem, um toque de balsâmico e oregãos, fome não passa, e eu sem o leitão não fico.
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Lembram-se daquele colega chato, que sempre que tinha algo novo, dizia "eu tenho, e vocês" o Estado de Calamidade é esse colega, chega com o calor e diz "toma, toma, está calor e vocês não podem ir para a praia", se isto não dá vontade de mandar tudo para o escabeche então não sei, mas adiante.
No meio disto já podemos sair e assim, mas temos o dever de recolhimento, o que isto quer dizer? isso mesmo só mudam as moscas...
- Na realidade podes sair?
Podes , mas não deves (ora ide..)
- Na verdade podes ir ao Jardim?
Podes, mas tens o dever de recolhimento (o mesmo quer dizer sai, mas não abuses da sorte).
Parece que os restaurantes vão poder abrir, ahh tão bom poder sair e almoçar fora, não, não vai acontecer para já, como comer fora? O homem cegava se isso acontece, ontem pensei na ínfima possibilidade de comprar um croissant no "O Melhor Croissant da minha Rua" quase espumou, ah e tal ainda não tenho confiança em estar a comprar essas coisas fora, oh valha-me santa dos bolos, deve haver alguma, como confiança?? Oh senhores aquilo vai ao forno, e não era para ti, era para mim pensei eu, mas vá cedi não fosse entrar um covid pela cavidade bucal...
Não entrei na pastelaria, mas entrei na Romeira da Av Roma, sim porque o bicho pode andar nos bolos mas nas flores não, porque o gajo é um vírus não uma abelha.
Comprei uma flores que a minha avó sempre teve em Alvalade, já andava para comprar à muito, fazem sempre uma varanda muito bonita e colorida, não me perguntem o nome, que isso era com a Sra. Maria Milocas, eu apenas comprei.
Mas atenção assim que chego à viatura o que ouvi?
Desinfestaste as mãos?
Tocaram no saco ou foste só tu?
Ah pois, vocês queriam era ter um Lorde como eu, sempre em cima do acontecimento, sim eu sei não queriam, mas deixem-me sonhar ok.
Como é que eu posso pensar em bolas de Berlim na praia? Não posso vai dai espetei-lhe com a receita nas fuças, isto é como quem diz faz que eu sou uma lambona.
Só falta chegar Agosto ou Setembro e dizer ah leitão não sei...
Não, ai vai amarrado, é que nem quero saber se lhe doí o dedo grande do pé ou o único cabelo castanho que tem na cabeça, vai fazer os 212 km a sorrir, se não estiver confortável para comer leitão, e atenção que o bicho é assado e bem assado, levo uma saladinha de tomate e requeijão fácil, eu enfardo a carne, o meu lorde come uma salada a la Ki tomate, requeijão, presunto,azeite virgem, um toque de balsâmico e oregãos, fome não passa, e eu sem o leitão não fico.
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